quinta-feira, 8 de agosto de 2013

CSN prevê duplicar Casa de Pedra até o fim de 2014.

Um dos maiores projetos em andamento dentro da Cia Siderúrgica Nacional (CSN), a mina Casa de Pedra deverá ter sua duplicação concluída até o fim de 2014, atingindo 40 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, informou ontem a empresa na teleconferência com analistas. "A obra já está bem avançada", afirmou um dos diretor da siderúrgica. Ao mesmo tempo, a siderúrgica está ampliando linhas de produção e de beneficiamento da Namisa, na qual tem 60% do capital, controlada em parceria com sócios asiáticos. "Temos duas linhas já na fase final, quase prontas para entrega, que duplicarão sua produção atual", informou. Além disso, vai iniciar a recuperação de material em barragens de rejeitos. Com os atuais preços, na faixa de US$ 110 a US$ 130 a tonelada no mercado internacional, esse produto que era descartado ganha competitividade, afirmou. O terminal portuário, em Itaguaí (RJ), também teve a expansão para embarque de 45 milhões de toneladas por ano completada recentemente, segundo a empresa. Em 2014, a CSN quer iniciar uma nova fase, que elevará a capacidade a 60 milhões de toneladas por ano. Concluídas as expansão de Casa de Pedra e Namisa, mais a expansão do porto, a CSN espera a partir de 2015 estar produzindo minério nesse patamar. A produção atual é de pouco mais de 30 milhões de toneladas. Segundo a empresa, o preços do minério de ferro deverão ficar estáveis nos próximos três a cinco anos, flutuando entre US$ 100 e US$ 130 a tonelada. "A queda de preço do minério será bem mais lenta que o estimado pelo mercado", afirmou um diretor. A avaliação é que a China, maior consumidor da matéria-prima no mundo, continuará ampliando sua produção de aço (hoje no ritmo de quase 800 milhões de toneladas ao ano) e perdendo competitividade nas suas próprias minas de ferro, com reservas se exaurindo e empobrecendo (perda de teor metálico) A empresa informou também que as negociações com seus sócios asiáticos na Namisa estão em fase avançada. A empresa busca um novo modelo para o negócio, no qual uma tradings siderúrgicas do Japão, Coreia do Sul e Taiwan têm 40% de participação. Os sócios ameaçaram exercer cláusula de saída do capital da mineradora, na qual aportaram US$ 3,1 bilhões em 2008, porque a CSN não teria cumprido compromissos de investimentos. A CSN prevê investir R$ 3 bilhões no ano, informou o diretor financeiro, David Salama. A maior parte - R$ 1,9 bilhão - vai ser alocada no segundo semestre. De acordo com o diretor, neste semestre cerca de R$ 800 milhões serão destinados ao projeto da ferrovia Transnordestina, que cruza Pernambuco, Ceará e Piauí. No ano, está previsto R$ 1 bilhão na ferrovia.Um investimento complicado, a Transnordestina deverá ter em breve novo modelo societário e de investimentos, disse Salama. Há negociações na reta final com o governo federal, dependendo de assinatura de documentação. Sobre as negociações para assumir o controle da siderúrgica CSA, da ThyssenKrupp, no Rio, e de uma laminadora nos EUA, a empresa informou que não há nenhum acordo firmado.

Fonte: Valor Econômico/Ivo Ribeiro | De São Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário