segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Porto de Santos terá teleférico para transporte de contêineres.



Transportar contêineres entre os terminais do Porto de Santos e a Região Metropolitana de São Paulo não mais em caminhões ou trens, mas por um sistema de trilhos suspensos, reduzindo o impacto ambiental da operação e melhorando as condições de tráfego nas estradas que atendem o complexo marítimo. O projeto, que será apresentado na concorrência que o Governo do Estado abrirá nas próximas semanas, para selecionar um estudo sobre modelos de transporte de cargas entre o cais santista e o Planalto, foi revelado a empresários e autoridades do complexo marítimo na tarde de ontem, em Nova Iorque, nos Estados Unidos.

O empreendimento foi desenvolvido pela empresa de tecnologia norte-americana Eaglerail Container Logistics e anunciado por seu proprietário e chefe-executivo de Marketing, Mike Wychocki.

A reunião com o empresário foi um dos compromissos da comitiva brasileira ontem, durante sua visita ao Porto de Nova Iorque e Nova Jersey, o principal da costa leste dos Estados Unidos. A viagem ao complexo integra a programação da edição deste ano (a 14ª) do Santos Export – Fórum Internacional para a Expansão do Porto de Santos. O seminário foi realizado pelo Grupo Tribuna e pela Una Marketing de Eventos no mês passado, no Mendes Convention Center, em Santos.

Segundo Wychocki, o projeto de um sistema de transporte de contêineres por trilhos suspensos, uma espécie de teleférico de cargas, será apresentado na concorrência que a Dersa, empresa de transportes do Governo do Estado, abrirá nas próximas semanas para contratar um estudo sobre como melhorar a movimentação de cargas entre a Região Metropolitana de São Paulo e os terminais do Porto de Santos. A licitação é financiada pelo Banco Mundial. A EagleRail, explicou o executivo, participará do certame em parceria com o grupo brasileiro de engenharia Promon.

O empreendimento prevê a implantação de um terminal no Planalto, nas proximidades do Rodoanel e do Ferroanel de São Paulo, onde haverá a integração intermodal do sistema teleférico com rodovias e ferrovias. Desse ponto, sairá a malha de trilhos aéreos (suspensos por pilares) que descerá a Serra do Mar até chegar a Cubatão e à Área Continental de Santos. O trajeto a ser percorrido a partir desse ponto ainda será definido. Uma opção é ele entrar na região portuária pela Ilha Barnabé e, então, se subdividir, com um ramal indo para a Margem Esquerda (Guarujá) e outro para a Margem Direita (Santos), atravessando o canal do estuário por uma ponte.

Acesso aos terminais

Conforme Wychocki, o sistema deve chegar até cada um dos terminais de contêineres do complexo, percorrendo ramais distintos para cada instalação. De acordo com o executivo, a ideia já foi discutida com instalações e operadores ferroviários que atuam no Porto de Santos.

O estudo preparado pela Eaglerail engloba um sistema que transportará 500 contêineres por hora, a uma velocidade de 24 quilômetros por hora, indo do cais santista até o Planalto em cerca de duas horas. O projeto ainda prevê que as cargas de importação sejam retiradas sem serem alfandegadas. O processo de liberação da Alfândega ocorreria apenas no terminal do Planalto, que seria autorizado pela Receita Federal para esse tipo de operação.

O projeto visa facilitar a movimentação de contêineres no cais santista, que deve crescer nos próximos anos, mesmo com a atual crise financeira do País afetando o comércio internacional, prevê o executivo.

“A operação de contêineres vai crescer e Santos terá de se preparar para isso. Qual a solução? Podemos construir mais rodovias, ampliar as malhas ferroviárias até o cais. Ou então podemos inovar e melhorar. E é essa nossa proposta: oferecer um sistema de transporte mais limpo, veloz, automatizado e que reduzirá os congestionamentos nas estradas e aumentará a capacidade dos portos”, afirmou Mike Wychocki perante os empresários e as autoridades, reunidos em uma sala em um dos prédios de escritório da Sexta Avenida em Mahattan, Nova Iorque.

A apresentação foi acompanhada por representantes do Consulado dos Estados Unidos em São Paulo e da Administração Marítima do Departamento de Transportes do Governo dos Estados Unidos, além de demais dirigentes da Eaglerail.


Ainda durante a exposição à comitiva de empresários e autoridades do Santos Export, o proprietário e chefe-executivo de Marketing da Eaglerail Container Logistics, Mike Wychocki, destacou que o sistema apresentado por sua empresa visa preencher uma lacuna ainda ignorada pelo mercado.

Segundo ele, o setor de transportes marítimo tem avançado na ampliação de navios, equipamentos de movimentação de cargas nos portos e nas tecnologias adotadas em trens e caminhões, mas não desenvolve sua intermodalidade. E também não tem encontrado respostas para o transporte dos contêineres vazios – que têm Intermodalidade

O transporte por trilhos aéreos é utilizado em países como China e Japão, para a movimentação de passageiros, há mais de 100 anos, lembrou o empresário. E tem sido aproveitado para o mesmo fim, recentemente, nos Estados Unidos e em Israel. Como vantagem, explora um espaço não aproveitado (a parte aérea de rodovias, por exemplo), é movido à eletricidade (sem emissão de poluentes na atmosfera) e automatizado, destaca o empresário. E, segundo ele, sua utilização para o deslocamento de cargas é viável.

“É um sistema positivo. Mas seu principal ganho é o baixo impacto ambiental. Só precisamos instalar os pilares e a carga passa sobre a vegetação, sem quaisquer danos. E o mesmo modelo pode ser utilizado sobre rios, canais e o mar, podendo atender terminais offshore”, explicou o executivo da Eaglerail.

A empresa de tecnologia também está em negociações para implantar o modelo de transportes em outros portos do Brasil – em Itaguaí (RJ), há conversas com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) – e de outros países.

Há ainda tratativas avançadas no complexo de Nova Iorque e Nova Jersey, em Durban, na África do Sul, em Rizhou, no norte da China. Aliás, o porto asiático, que opera 3 milhões de TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), deverá ser o primeiro a contar com esse modelo de movimentação de contêineres. Uma carta de intenções com sua administração para a elaboração do projeto inicial já foi assinada.

Agenda

Também na quinta-feira (27), empresários e autoridades da comitiva do Santos Export se reuniram com executivos da empresa de engenharia Aecom. Na pauta do encontro, os impactos do aumento do nível do mar nas regiões costeiras e, principalmente, nos portos marítimos.

Atualmente, a Aecom elabora planos de resiliência costeira para a ilha de Manhattan, em Nova Iorque, regiões de Nova Jersey e o Porto de Long Beach, na costa oeste dos Estados Unidos. No início do mês, a empresa foi contratada pelo Porto de Los Angeles (vizinho ao de Long Beach) para desenvolveu sua estratégia de proteção.

Fonte: Tribuna online/LEOPOLDO FIGUEIREDO

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Os desafios da gestão para o atual cenário brasileiro.

Quais são os projetos do governo para gerir e adaptar a gestão pública para a nova realidade global? Como as organizações e empresas tanto do Brasil como ao redor do mundo estão enfrentando o ambiente altamente competitivo? Essas e outras questões permearam o debate durante o Fórum de Boas Práticas, edição internacional, promovido pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), no dia 18 de outubro, em São Paulo.

Durante o evento, representantes do Global Excellence Model (GEM) da Índia, Europa, Iberoamérica, México, Japão e Singapura, participaram de um painel, apresentando os modelos de gestão implementados em seus respectivos países e blocos comerciais. Em Singapura e na Iberoamerica, as organizações nasceram para ajudar o governo a implementar processos para aumentar a competitividade. Na Europa, quase todos os países adotaram o modelo de gestão, que excedeu as expectativas e foi perpetuado ao redor do mundo. Todos foram unânimes em citar a inovação, processos, liderança, foco cliente e sustentabilidade como principais atributos para buscar a excelência das organizações.

O Brasil também foi tema das análises dos participantes. Na palestra do Dr. Gleisson Cardoso Rubin, Secretário de Gestão do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento, um recado ficou claro. A adaptabilidade do governo é para ontem. Não podemos mais permitir tamanha burocratização dos serviços prestados à população. Os cidadãos estão cada vez mais críticos e grande parte dos órgãos públicos não possui uma gestão eficiente. Não é aceitável que as pessoas durmam em filas de hospitais só para agendar uma consulta médica", exemplifica.

Entre os macro desafios do Ministério está a qualidade dos serviços, as políticas públicas efetivas e eficazes e aumentar a eficiência dos gastos públicos. “É a primeira vez de vários anos trabalhando no governo que observo um esforço de todas as esferas para desenvolver um programa integrado. Em breve, teremos a implementação da plataforma “Brasil 100% Digital”, onde o cidadão poderá solicitar e acompanhar os serviços públicos em um único canal, com uma única senha e login”.

Jairo Martins, presidente executivo da FNQ comenta que para obter a retomada de crescimento do País é necessário resgatar a confiança do empresariado, dos cidadãos e de órgãos internacionais. “Observamos durante a história de 25 anos de atuação da fundação, de que não é possível ser produtivo e competitivo sem uma boa gestão e uma liderança transformadora. Seremos sempre do tamanho da confiança que transmitimos e, neste momento de instabilidade e incerteza, se faz necessário um trabalho em conjunto, pois o Brasil é a tarefa de todos.

Escrito por Assessoria de Comunicação.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Marinha informa sobre nova convenção de controle da água de lastro.




A partir de 8 de setembro de 2017 passa a vigorar mundialmente a Convenção Internacional para o Controle e Gerenciamento da Água de Lastro e Sedimentos dos Navios. Com esta medida, os navios enquadrados na Convenção precisarão instalar um Sistema de Tratamento de Água de Lastro para cumprir as normas estabelecidas nas Regras constantes desta Convenção.


A Convenção Internacional para o Controle e Gerenciamento da Água de Lastro e Sedimentos dos Navios teve sua adoção internacional em 13 de fevereiro de 2004, com o propósito de prevenir, minimizar e, por fim, eliminar os riscos da introdução de organismos aquáticos nocivos e agentes patogênicos existentes na água de lastro dos navios que entram nos portos.

No Art. 18 da Convenção está estabelecido que essa regra só passe a vigorar 12 meses após a data em que, pelo menos, 30 Estados, cujas frotas mercantes combinadas constituam 35% ou mais da arqueação bruta da frota mercante mundial, assinem a Convenção sem reservas no que tange à ratificação, aceitação ou aprovação, ou tenham entregue na Organização Marítima internacional (IMO) o instrumento de ratificação, aceitação, aprovação ou adesão em conformidade com o Artigo 17.

Sendo assim, no dia 8 de setembro de 2016, com a adesão da Finlândia, foi atingida a arqueação bruta da frota mercante mundial necessária para provocar a entrada em vigor da Convenção 12 meses a partir desta data.




Escrito por Assessoria de Comunicação25 Outubro 2016

Antaq apresenta Sistema Eletrônico de Informações a autoridades portuárias.



A ANTAQ realizou em sua sede, em Brasília, em 17 e 18 de outubro último, a apresentação do Sistema Eletrônico de Informações (SEI) para as autoridades portuárias. O evento contou com a participação do secretário-geral da ANTAQ, Joelson Miranda, do coordenador de Gestão de Documentos da ANTAQ, Vinícius Lima, da coordenadora-geral do Departamento de Normas e Sistemas de Logística, do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPDG), Eleidimar Silva, da coordenadora de Projetos de Sistemas de Informação e representante do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Liliane Pereira, do diretor do Departamento de Gestão e Logística Portuária da Secretaria de Portos, Luiz Stanley, e do gerente de Informações e Biblioteca da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), Andre Farias, além de representantes de 17 autoridades portuárias (companhias docas, portos delegados e administrações hidroviárias).

Segundo o secretário-geral da ANTAQ, Joelson Miranda, o objetivo da apresentação é aumentar a cooperação com os demais órgãos públicos a fim de obter mais eficiência e menos burocracia: “A ideia é cooperar para que esses órgãos façam a implementação (do SEI!) e, com isso, possam aumentar sua eficiência administrativa, reduzir o tempo na tramitação de processos e diminuir custos”, contou. E prosseguiu: “A nossa participação é ser um ator mais proativo, atuando como um facilitador dessa melhora do uso dos recursos públicos”.

Para Eleidimar Silva, representante do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, o sistema traz grandes benefícios para quem o utiliza: “O nosso Ministério é responsável pelo Processo Eletrônico Nacional (PEN), que tem várias iniciativas, sendo uma delas o SEI. A nossa meta no governo federal é que em outubro de 2017 todas as instituições públicas federais já estejam utilizando o sistema e aproveitando todos os benefícios e resultados positivos que nós já constatamos com a utilização da ferramenta, como a redução do uso do papel, a diminuição do tempo de espera e o aumento da produtividade”, disse. O SEI foi desenvolvido pelo Tribunal Regional Federal da 4° Região (TRF4) e é cedido gratuitamente para instituições públicas.

Para o representante da Codesa e diretor de Infraestruturas e Operações do Porto de Vitória, Guilherme Magalhães, que assistiu à apresentação, a implementação do sistema traria mais praticidade nas gestões e na administração dos portos brasileiros: “A aplicação do SEI nas autoridades portuárias está de acordo com o programa de modernização de gestão portuária. A expectativa é dar mais agilidade nas tomadas de decisão, bem como na análise dos processos portuários, garantindo assim a competitividade do setor”, afirmou Guilherme.

A ANTAQ passou a usar o sistema de gestão de processos e documentos eletrônicos (SEI) em janeiro de 2016, após firmar acordo com no Ministério do Planejamento. Hoje, no âmbito do governo federal, cerca de 90 órgãos e entidades federais já aderiram ao SEI. Desses, pelo menos 30 já estão utilizando o sistema e outros 60 estão em processo de implantação.

Fonte: Antaq

Uma chance para o setor naval.






Após um longo período de crise, o setor naval se prepara para entrar numa perspectiva de retomada no próximo ano, a partir de mudanças do mercado como as propostas para a política de conteúdo local e para a exploração do pré-sal.

O próprio aquecimento da economia nacional também abre novas perspectivas para o setor, que já chegou a ter 82 mil pessoas empregadas em 2014 e, agora, chega a pouco mais de 40 mil no País.

Com dois estaleiros de terceira geração, mais modernos, Pernambuco pode sair na frente para conquistar encomendas de grande porte. É o que defende o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Thiago Norões. De acordo com o gestor, os empreendimentos, apesar de relativamente jovens, já atingiram um bom padrão de competitividade e, com o fechamento ou sucateamento de muitas plantas navais no País, os estaleiros Atlântico Sul (EAS) e Vard Promar, em Suape, sairiam na frente. “A produtividade deles está aumentando. Temos notícias de que as últimas entregas atingiram um desempenho muito positivo”, argumentou o secretário.

Os dois principais estaleiros do Estado são bastante diferentes em porte e em objetivo. O EAS é um estaleiro de grande porte para a construção de navios petroleiros. Já o Vard Promar está dedicado à construção de navios gaseiros e agora começou a apostar no setor de reparos. Ambos foram construídos recentemente. Considerando essas diferenças, o presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Naval (Sinaval), Ariovaldo Rocha, considerou que há boas perspectivas. “A demanda atual aponta para a necessidade de navios petroleiros e navios gaseiros, exatamente o tipo de construção naval que os estaleiros de Pernambuco vêm aperfeiçoando nos últimos anos”, disse.

De modo geral, o Brasil tem uma base industrial satisfatória para a construção naval, capaz de atender um futuro crescimento da demanda, na visão do representante do setor. A competitividade ainda é, entretanto, um desafio. “Os equipamentos de última geração necessitam de operadores qualificados e processos produtivos testados”, lembra.

Rocha ainda argumenta que a crise naval não está totalmente superada no Brasil e no mundo. “A carteira atual prevê obras até 2018, em média, mas o planejamento deveria contemplar pelo menos quatro anos à frente porque o ciclo de produção é longo”, avalia. “No próximo ano devemos ter mais definidos os impactos das mudanças vivenciadas pelo setor nos últimos anos”, acrescenta.

Estaleiros dão sinais de melhora

Mesmo antes de uma recuperação geral do setor naval no Brasil, os estaleiros pernambucanos já começaram a mostrar sinais de melhora. No começo deste mês, depois de perder várias encomendas desde 2014, o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) fechou um novo contrato para a construção de cinco navios petroleiros a partir de 2019, garantindo atividades até 2022. Os navios Suezmax para a South American Tankers Company (Staco) estão orçados em US$ 1,67 bilhão (R$ 5,4 bilhões). A notícia foi um alívio para os cerca de três mil funcionários, que temiam demissões.

Este ano, o Vard Promar também fechou dois novos contratos no valor de R$ 415,5 milhões. As embarcações de apoio marítimo Plataform Supply Vessel - PSV 4500 trouxeram alívio para a empresa, do grupo italiano Fincantieri, que havia perdido dois contratos dos oito navios gaseiros encomendados pela Transpetro, um prejuízo de quase R$ 300 milhões.

Fonte: Folha de Pernambuco

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

PIANC, ANTAQ e CEPAL realizam workshop sobre navegação interior em países em desenvolvimento.



O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários - ANTAQ, Adalberto Tokarski, o presidente da PIANC, Geoffroy Caude e a representante da Divisão de Infraestrutura e Recursos Naturais, da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe – CEPAL, Azhar Jaimurzina, abriram quinta-feira (19), no Rio, o workshop Navegação interior e um uso mais sustentável dos recursos naturais: redes, desafios e oportunidades para a América do Sul. O evento reuniu, além dos dirigentes da PIANC, representantes de sete países da América Sul para debater a questão das hidrovias interiores sul-americanas de importância internacional.

O workshop aconteceu dentro da estrutura da Conferência PIANC-COPEDEC, que está sendo realizada esta semana, no Rio de Janeiro. O workshop teve por objetivo promover o debate entre especialistas regionais e internacionais e tomadores de decisão nos países latino-americanos que compartilham significativa rede de navegação interior. O interesse comum é compartilhar experiências e trocar pontos de vista sobre os desafios e o potencial de desenvolvimento da navegação interior no continente.

A estrutura do workshop foi ancorada em três grandes temas: Infraestrutura hidroviária – que busca a identificação do potencial econômico da classificação de hidrovias interiores nacionais e regionais; Regimes de financiamento para o desenvolvimento de vias navegáveis interiores, cujo foco são as tendências e desafios no investimento público e privado em vias navegáveis interiores; e Políticas e Governança para a navegação interior, voltada aos pilares de uma política nacional e regional sobre o desenvolvimento da navegação interior.

Os pontos de vista apresentados durante o encontro definirão interesses comuns e iniciarão atividades de redes de trabalho. A rede de especialistas resultante será utilizada pela PIANC, ANTAQ e CEPAL na criação de um Grupo de Trabalho da América do Sul e diálogo político regional para dar continuidade às recomendações políticas do workshop e auxiliar na sua implementação a curto e médio prazos.

Encaminhamentos do Workshop

Ao final do workshop, verificou-se que as discussões sobre “financiamento das hidrovias” foram muito ricas e trouxeram importantes elementos para construção de modelos alternativos de financiamento, considerando aspectos de sustentabilidade (fiscal, econômica, ambiental) e integração de projetos industriais com infraestrutura, evidenciando que modelos convencionais de PPP e concessões têm-se mostrado insuficientes para dar conta da viabilidade dos empreendimentos no longo prazo. Como encaminhamentos, ficou o indicativo de se dar continuidade aos estudos e discussões sobre o tema.

Quanto ao arranjo institucional dos países sul-americanos para fortalecimento da integração regional em torno das hidrovias, foi constatada a existência de várias iniciativas dos países participantes (Uruguai projeta ampliação da navegação do Rio Uruguai até o Km 800; Plano Mestre de Transporte Intermodal da Colômbia; Plano Mestre de Transportes do Paraguai; Plano Hidroviário Estratégico do Brasil; Plano de Desenvolvimento Estratégico da Bolívia), evidenciando a necessidade de se promover a integração das iniciativas e planos, através de uma maior articulação com as organizações bilaterais e multilaterais. Sobre esse aspecto, Adalberto Tokarski lembrou que deve ser levado em consideração a conformação de eixos de integração específicos e distintos, em que os países que compõem a Amazônia não se relacionam com os integrantes da bacia do Paraguai-Paraná.

A CEPAL, em conjunto com os demais organismos regionais (Banco de Desenvolvimento da América Latina - CAF, a Comissão Administrativa para o Rio Uruguai – CARU, IIRSA-COSIPLAN e outros) e as instituições governamentais de cada país, devem intensificar o diálogo com vistas à promoção da integração sul-americana por meio das hidrovias.

Em relação às discussões sobre a classificação internacional das hidrovias, ficou definido que, nos próximos seis meses, sob coordenação da CEPAL, os países interessados deverão levantar informações sobre suas hidrovias, incluindo mapas e documentos técnicos, além de indicarem representantes para participar das próximas reuniões. A data e o local da primeira reunião serão informados pela representante da CEPAL, Azhar Jaimurzina. A PIANC deverá apoiar a iniciativa, mobilizando especialistas com experiência no tema para participar das reuniões, além de, eventualmente, disponibilizar espaço na programação dos seus encontros periódicos dedicados a essa discussão.

Fonte: Antaq

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Presidente do Sindopar na Conferência IX PIANC COPEDEC.


O presidente do SINDOPAR, Sr. Alexandre Carvalho, presente na Conferência IX PIANC COPEDEC, onde se discute até sexta-feira, questões importantes de Portos e Hidrovias, notadamente da América Latina.

Na foto um dos precursores da Conferência e uma das autoridades principais do evento Dr. Adalberto Torkarski, Diretor Geral da ANTAQ - Agência Nacional de Transporte Aquaviários, agência reguladora do setor portuário e aquaviário.

Normas da Pianc são diretrizes para criação de projetos.



Há normas específicas para a elaboração de projetos de terminais portuários, quer eles estejam em Santos ou em Roterdã, nos Países Baixos, para a definição das dimensões de um berço de atracação e determinar a altura mínima que deve existir entre o fundo do canal de navegação e o casco de um navio. E essas regras seguem os estudos elaborados pela Associação Mundial de Infraestrutura de Transporte Marítimo (conhecida pela sigla Pianc).

Essa entidade, com sede em Bruxelas, na Bélgica, e criada em 1885, reúne profissionais para estudar melhores técnicas para obras portuárias, hidroviárias e costeiras e processos de gestão do setor. Esse material é elaborado e colocado à disposição de todos os países. No Brasil, as regras estabelecidas pela Pianc servem de base para as diretrizes de obras portuárias, definidas oficialmente pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Uma dessas regras é o cálculo do calado máximo que um navio pode apresentar ao trafegar por um canal de navegação. Em Santos, atualmente, a via estuarina apresentar cerca de 15 metros de profundidade na maioria de seus trechos. E, com base nas orientações da Pianc, ao trafegar, os cargueiros devem manter uma folga de, pelo menos 1,8 metro com o leito. Assim, o casco do navio pode atingir a profundidade máxima de 13,2 metros – seu calado.

A definição dessa medida não é aleatória. As normas estabelecidas pela entidade levam em consideração o tipo e as dimensões do navio, o nível do mar, o sedimento encontrado no leito do estuário e a densidade da água (onde a água é mais densa, como no mar, o navio flutua mais). Outro fator analisado é o squat, fenômeno causado pela velocidade de deslocamento do navio. Quanto mais rápido, mais ele afunda. A oscilação pode variar de 0,3 a 0,9 metro. Também se estuda a dragagem realizada e as irregularidades do leito da via de navegação. Cada detalhe ajuda no cálculo do calado máximo.

A Pianc também busca desenvolver o setor portuário e aquaviário em países em desenvolvimento, como o Brasil. Para isso, realiza, de quatro em quatro anos, a Conferência Internacional de Engenharia Costeira e Portuária em Países em Desenvolvimento (Copedec).

O evento reúne especialistas de vários países para debater os desafios desse segmento. Neste ano, a nona edição do Copedec é realizado no Rio de Janeiro. A programação teve início do último domingo e terminará na sexta-feira. Em 2020, será no Irã.

Fonte: A TRIBUNA ON-LINE

Porto do Pecém se prepara para receber megacargueiros.






Principal equipamento de infraestrutura logística no Estado, o Porto do Pecém vem recebendo sucessivos investimentos voltados para o aumento de sua capacidade de operação. Com a recente ampliação do Canal do Panamá, a expectativa é que, em breve, o porto cearense se torne um ponto de parada dos maiores cargueiros do mundo, tornando-se um hub (centro de conexões) de contêineres do País. Os investimentos nas obras de expansão do Porto do Pecém somam cerca de R$ 650 milhões, oriundos do Tesouro do Estado e do BNDES.

As obras, cuja conclusão está prevista para julho de 2017, incluem pavimentação e ampliação do quebra-mar, e uma nova ponte de acesso ao quebra-mar, que vai permitir o trânsito de caminhões para movimentação de placas da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), além da instalação de uma correia transportadora para minério de ferro para abastecer a usina. Segundo o governo, a ampliação irá quintuplicar a capacidade de movimentação de cargas do Porto.

Hoje, o Porto aguarda a homologação de dois berços de atracação, que terão capacidade para receber os maiores cargueiros de contêineres em operação, chamados de Post-Panamax. A expectativa é de que os berços estejam aptos a operar em novembro. "Com a homologação, vamos buscar operadores. Já estamos com negociações avançadas com algumas empresas. Para 2017, a gente tem uma expectativa de entrar na rota de um grande armador", disse Rebeca Oliveira, diretora comercial da Cearáportos, empresa que administra o Porto do Pecém.

Para Heitor Studart, presidente do conselho temático de infraestrutura da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), a abertura do novo Canal do Panamá gerou grandes oportunidades para o Estado, mas a infraestrutura logística cearense, que vai além do Porto, está aquém do que deveria. "A abertura do (novo) Canal do Panamá vai transformar o Pecém, que está entre os terminais com as melhores tarifas do Brasil, no maior hub de transbordo do País", ele diz.

Entretanto, considerando a infraestrutura do Estado, Studart avalia que é preciso retomar os investimentos no curto prazo, principalmente nos eixos rodoviário, ferroviário, de energia e saneamento. "Caso contrário, o Estado perderá novos investidores e mercados". Para ele, não adianta o Porto ganhar eficiência sem investimentos nas vias de acesso que permitam o escoamento da produção do Ceará e de outras regiões do País.

Gargalos

Na avaliação de Studart, o maior obstáculo para o desenvolvimento e para a competitividade do setor industrial do Ceará é o anel viário, que ainda não foi concluído. "Quando se fala de anel viário, estamos falando da ligação entre os portos do Pecém e do Mucuripe", diz. "Sabemos que o governo federal não tem recursos para esse investimento. Então a Fiec quer unir forças com o Governo do Estado e a CNI (Confederação Nacional da Indústria) para solucionar esse problema. Queremos definir o marco jurídico para conseguir investimentos, porque não adianta esperar pelo governo federal".

Outro gargalo é a ferrovia Transnordestina, tida como fundamental para integração regional do Porto do Pecém, e a transposição do Rio São Francisco e do Cinturão das Águas. "Essas obras precisam ser concluídas. Esses são os grandes eixos que a gente tem de solucionar no curto prazo", diz Studart. (BC)

Fonte: Diário do Nordeste (CE)

Tokarski destaca potencial do transporte aquaviário brasileiro em palestra na IX PIANC-COPEDEC.





O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ, Adalberto Tokarski, proferiu ontem (17) uma das palestras principais da IX PIANC/COPEDEC (Conferência Internacional de Engenharia Costeira e Portuária em Países em Desenvolvimento), que está sendo realizada de 16 a 21 de outubro, no Rio de Janeiro.

O evento reúne 450 profissionais da área de infraestrutura portuária e marítima, fornecedores de equipamentos, especialistas ambientais, pesquisadores e estudantes de 37 países. A ANTAQ coordena a realização do evento no país, cujo tema é Aperfeiçoando o Transporte Aquaviário e o Desenvolvimento Costeiro – O desafio de alcançar soluções integradas.Ao falar do potencial do transporte aquaviário nacional, o diretor-geral da ANTAQ lembrou que os 37 portos organizados e os 180 terminais de uso privado (TUPs) brasileiros movimentaram um bilhão de toneladas de cargas no ano passado. Segundo Tokarski, além disso, o país conta com cerca de 8 mil quilômetros de costa e possui 22 mil quilômetros de rios navegados, que podem atingir 40 mil quilômetros no futuro.

O diretor-geral da ANTAQ destacou as mudanças na Lei dos Portos para aumento da infraestrutura portuária, como a que trouxe o fim das restrições à movimentação de cargas de terceiros pelos TUPs, “o que vem permitindo um aumento significativo dos investimentos privados no setor, com ganhos na corrente de comércio brasileira”. Tokarski informou que a intenção do governo brasileiro é oferecer mais áreas para o investimento privado nos portos organizados, aumentando a concorrência no setor. “E não é só investimentos privados internos não. Queremos investimentos externos também”, salientou.

Como instrumento de planejamento portuário, o diretor da ANTAQ observou que o país precisa retirar os gargalos que reduzem a eficiência do seu setor aquaviário e defendeu um maior diálogo com instituições análogas de outros países para promover a melhoria da gestão dos portos brasileiros. “Nós precisamos buscar a experiência de fora, para aperfeiçoarmos o nosso modelo e, com isso, aumentarmos a nossa competitividade”, apontou.

As duas outras palestras principais da Conferência foram proferidas pelo senador Wellington Fagundes (PR-MT) e pelo gerente do Programa de Pesquisas Ambientais sobre Operações de Dragagens (DOER) e líder do Programa de Engenharia com a Natureza (EWN), do Corpo de Engenheiros do Exército dos Estados Unidos (USACE), Todd Bridges. O palestrante norte-americano discorreu sobre os grandes desastres naturais ocorridos na costa dos Estados Unidos e as medidas tomadas em seu país para prevenir os impactos de catástrofes naturais, como furacões, com uso da engenharia e aproveitamento da geologia local.

A programação

A programação da IX PIANC-COPEDEC estende até sexta-feira (21) com a apresentação dos 150 artigos selecionados pela organização, distribuídos em quatro sessões técnicas simultâneas.

Hoje (19), serão realizadas as cinco visitas técnicas da programação, entre as quais à Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) da Marinha do Brasil, ao Porto do Sudeste e à Sepetiba Tecon. Paralelamente a essas visitas técnicas, haverá o Workshop PIANC-ECLAC (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) - ANTAQ sobre navegação interior e um uso mais sustentável dos recursos naturais: redes, desafios e oportunidades para a América do Sul, que acontece no local principal do evento, em São Conrado.

Fonte: Antaq

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Brasil conclui acordo com Moçambique para exportar bovinos vivos.






O Brasil abriu mais um mercado para as exportações de bovinos destinados à reprodução. É a República de Moçambique, que deve começar a comprar os primeiros lotes de gado brasileiro ainda em 2016. De acordo com estimativas do setor produtivo, o país africano tem potencial para importar até 50 mil animais por ano para essa finalidade.

Por meio de comunicado enviado ao Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar de Moçambique informou que havia aceito o certificado sanitário proposto pelo Brasil.

De acordo com o DSA, Moçambique tem enorme demanda por bovinos com excelente desempenho zootécnico, de aptidão de corte e de leite, capazes de contribuir com o melhoramento de seus rebanhos.

A conclusão do acordo sobre o protocolo sanitário com Moçambique reforça as ações desenvolvidas pelo Mapa para ampliar mercados às exportações de bovinos vivos. Desde 2014, o Departamento de Saúde Animal estabeleceu 14 dos 26 acordos sanitários vigentes para venda de gado vivo.

Exportadores tentam ganhar novos mercados.



A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) continua investindo na venda de carne certificada halal para países de religião muçulmana. No dia 19, em Paris, a entidade promoverá, com a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, um evento de divulgação da carne bovina halal. O Arab Day ocorrerá durante a Sial, uma das principais feiras de alimentos do mundo, e contará com churrasco para visitantes do Oriente Médio e do Norte da África.

Além da carne "commodity", o País vem se especializando também na produção de carne gourmet halal, por intermédio da Associação Brasileira de Angus. Embora não disponha de números consolidados o gerente do Programa Carne Angus, Fabio Medeiros, comenta que o principal importador da proteína mais valorizada é a Arábia Saudita.

Subsidiárias

Com a crescente aceitação da carne voltada ao público muçulmano, a brasileira BRF aprovou recentemente a criação de uma subsidiária no Egito. "O halal é a categoria no setor de proteína animal que mais cresce no mundo", disse na semana passada o CEO da BRF, Pedro Faria. A empresa também aprovou a criação, em junho, da subsidiária Sadia Halal, que já nasceu com um faturamento anual de US$ 2 bilhões. No Oriente Médio, a marca Sadia é líder de mercados halal, com 38% do market share na Arábia Saudita, 59% nos Emirados Árabes Unidos e 40% em Omã. A BRF, dona da marca, dispõe, no Brasil, de 20 unidades habilitadas a realizar o abate halal, de um total de 35.

Outra grande empresa exportadora de proteína animal do País, a Marfrig Global Foods, informa que as vendas externas de carne bovina para o Oriente Médio representaram 30% do total embarcado pela divisão Beef Brasil da companhia. Todas as unidades no País são habilitadas a produzir carne halal.

O frigorífico informou ainda que os principais destinos dos produtos halal são Egito, Irã, Arábia Saudita e Malásia - sendo este o principal país de religião muçulmana fora do Oriente Médio. "Recebemos também demandas da China e da Europa", afirmou a empresa.

A Minerva Foods, também exportadora de carne bovina, avalia instalar mais escritórios de distribuição na Arábia Saudita, seguindo seu plano de expansão e na esteira da parceria com a Salic UK, subsidiária do fundo soberano da nação árabe. A companhia brasileira já conta com escritórios comerciais em Beirute (o primeiro da empresa no exterior, inaugurado em 1998); no norte da África; na Argélia; no Egito; no Irã e na própria Arábia Saudita. Esses países representam cerca de um terço das exportações do frigorífico, que destina 80% da produção total ao mercado externo. A Minerva não abre dados específicos sobre proteína halal.

Fonte: Diário de Pernambuco(PE)

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Dr. Fernando Fonseca visita O SINDOPAR.

Registro da visita do Dr. Fernando Fonseca à COP - Casa do Operador Portuário - SINDOPAR.

FOTO: Alexandre Carvalho (Presidente do SINDOPAR) ; Fernando Fonseca (Diretor da ANTAQ).

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Marinha do Brasil promove XIV Simpósio de Segurança do Navegador Amador.



Entre os dias 20 e 23 de outubro, o Colégio Naval, em Angra dos Reis (RJ), sediará a XIV edição do Simpósio de Segurança do Navegador Amador. Promovido pela Marinha do Brasil, por intermédio da Diretoria de Portos e Costas, o simpósio tem como propósito transmitir experiência e conhecimentos de segurança, difundir a mentalidade marítima e divulgar os procedimentos previstos nas Normas da Autoridade Marítima para Amadores, Embarcações de Esporte e/ou Recreio e para Cadastramento e Funcionamento das Marinas, Clubes e Entidades Desportivas Náuticas (NORMAM-03/DPC).

Autoridades militares e navegadores experientes estarão presentes no evento. A abertura da programação será realizada pelo Comandante da Marinha e autoridade marítima brasileira, Almirante de Esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira.

Entre os palestrantes convidados, destaca-se a presença do medalhista olímpico de vela, Torben Grael, bem como do velejador ucraniano radicado no Brasil, Aleixo Belov, que passará um pouco de sua experiência adquirida em diversas travessias ao redor do mundo.

Além do ciclo de palestras, o evento contará com a realização de aulas práticas de moto aquática para a capacitação na categoria Motonauta, bem como a execução de atividades embarcadas visando a qualificação dos participantes para a categoria de arrais-amador contendo instruções importantes como a utilização de equipamentos e sistemas de combate a incêndio, balsas, coletes salva-vidas, noções de primeiros socorros, meteorologia, assim como a realização de exercício de abandono e de resgate de homem ao mar. O evento encerra-se com a realização de exames escritos para as categorias de amadores.

O Simpósio de Segurança do Navegador Amador teve sua primeira edição realizada no ano de 2000, na Escola Naval, sempre focado no objetivo de informar e instruir os navegadores sobre sua responsabilidade como comandantes e conscientizar a comunidade náutica não só para a importância de se promover uma navegação mais segura, como também prezar pela prevenção da poluição hídrica e a salvaguarda da vida humana no mar.

Para mais informações acesse o site: www.simposio.net.br

Custo logístico consome 12,7% do PIB do Brasil.






O custo logístico – soma dos gastos com transporte, estoque, armazenagem e serviços administrativos – consome 12,7% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, que corresponde ao total das riquezas produzidas pelo país. O índice cresceu no ano passado, frente aos 12,1% registrados em 2014, e equivale a R$ 749 bilhões. Os números são elevados e impactam na competitividade da produção brasileira. Para se ter uma ideia, nos Estados Unidos, o custo logístico corresponde a 7,8% do PIB. Os dados são do estudo Custos Logísticos no Brasil, do Ilos (Instituto de Logística e Supply Chain).

A maior parte do custo é formada pelo transporte, que equivale a 6,8% do PIB (R$ 401 bilhões). Depois vêm estoque (4,5% do PIB, ou R$ 268 bilhões); armazenagem (0,9% do PIB ou R$ 53 bilhões); e administrativo (0,5% do PIB, ou R$ 27 bilhões).

Conforme o sócio-diretor da entidade, Maurício Lima, a principal origem do aumento entre 2014 e 2015 foi a elevação das despesas com estoques em 0,6 ponto percentual, resultado da crise econômica. O cenário é diferente do observado em anos anteriores. Ele explica que, entre 2010 e 2014, o país viu o custo logístico aumentar porque a economia expandiu, mas a infraestrutura estava aquém do necessário. “Por exemplo, uma carga que poderia ir por ferrovia ou hidrovia, ia por rodovia, que é mais caro, porque não havia capacidade nos outros modais”, explica. Entretanto, a partir de 2014, com a queda da demanda, a pressão sobre os sistemas de transporte diminuiu, e o problema passou a ser a queda do PIB, que enfraqueceu a demanda e elevou a quantidade de produtos estocados.

Agora, a economia começa a dar sinais, ainda que tímidos, de recuperação. Por isso é necessário planejar e viabilizar projetos para melhorar a logística no país, a fim de evitar as dificuldades já vivenciadas. Maurício Lima destaca que o Brasil deve oferecer um ambiente seguro para investidores, porque há disponibilidade de recursos internacionais para infraestrutura. Ele analisa que os primeiros passos já foram dados, com a criação do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos). Mas sustenta que, agora, são necessárias ações concretas: “viabilizar formatos que deem mais segurança ao investimento, mais agilidade com as concessões e que as modalidades de concessões privilegiem mais investimento que tarifa, para ampliar capacidade.”

De acordo com o levantamento do Ilos, uma infraestrutura mais adequada de transporte, que permita uma proporção de modais similar ao dos Estados Unidos (onde o custo logístico é de 7,8% do PIB), viabilizaria uma redução de R$ 80 bilhões no custo com transporte. No Brasil, 65% da produção é deslocada em caminhões; 20% por trens; 12% pelo transporte aquaviário; 3% pelo dutoviário; e 0,1% pelo aéreo. Nos EUA, o rodoviário responde por 43%; o ferroviário, por 32%; o aquaviário, por 8%; o dutoviário, por 17%; e o aéreo, por 0,2%.

› FONTE: Agência CNT de Notícias

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Ibama libera funcionamento do Porto de Manaus.






Manaus - O Porto Privado de Manaus está funcionando, normalmente, desde a última sexta-feira (7), quando o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) liberou o funcionamento da estação portuária, um dia após a autarquia ter embargado as atividades no local. Conforme o Ibama, o desembargo aconteceu após as empresas operadoras do porto apresentarem soluções para os problemas de regularidade ambiental detectados durante a operação Ajuricaba, realizada pelo Ibama, na quinta-feira (6).

Na operação Ajuricaba, a Estação Hidroviária do Amazonas Ltda. e a Empresa de Revitalização do Porto de Manaus foram multadas, em R$ 412 mil, por não apresentarem licença ambiental atualizada nem plano de emergência em caso de acidentes com vazamento de óleo.

No entanto, de acordo com Geandro Pantoja, chefe da Divisão Técnico Ambiental do Ibama Amazonas, um dia depois do embargo, as empresas apresentaram um contrato com uma terceira empresa que presta serviço de emergência, caso haja derramamento de óleo. Segundo Geandro, a medida é preliminar até que haja o plano de emergência em caso de possíveis acidentes envolvendo derramamento do líquido nas águas do Rio Negro.

O chefe da Divisão Técnico Ambiental do Ibama Amazonas explicou que o plano de emergência faz parte da licença ambiental, expedida pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), que também já foi solicitada pelas empresas.

“As empresas protocolaram o pedido de renovação da licença que estava desatualizada. Nós não queríamos parar o porto, mas sim que as empresas procurassem a regularização”, afirmou Geandro. Em nota, o Ipaam confirmou, por meio de assessoria de imprensa, que as empresas operadoras do porto acionaram o órgão para renovação da licença ambiental.

Embargo
O Porto Privado de Manaus foi embargado, na última quinta-feira (6), pelo Ibama, e um dos motivos da suspensão das atividades é que a licença ambiental apresentada pelas empresas operadoras do porto era de 2013. No dia da operação, Pantoja classificou a atuação do porto como de ‘alto risco’.

Essa foi a primeira operação do Ibama em Manaus com o objetivo de verificar a regularidade ambiental de grandes instalações portuárias localizadas na orla da cidade e fiscalizar o transporte fluvial de derivados de petróleo e outros produtos perigosos.

Fonte: portal@d24am.com/Girlene Medeiros

Setor empresarial vai propor mudanças em Lei dos Portos.



Após a entrega das propostas ao Governo Federal para reduzir a participação do poder público no setor, o grupo que reúne entidades portuárias iniciou a segunda etapa dos trabalhos que têm como objetivo criar um ambiente de negócios mais atrativo no segmento portuário. Agora, a intenção é sugerir mudanças na Lei nº 12.815, a Lei dos Portos. 

A Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), a Associação Brasileira de Terminais de Contêineres de Uso Público (Abratec), a Associação Brasileira dos Terminais Líquidos (ABTL), a Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra), a Associação de Terminais Portuários Privados (ATP) e a Federação Nacional dos Operadores Portuários (Fenop) foram as entidades idealizadoras das propostas. Todas têm como objetivo garantir maior segurança jurídica à iniciativa privada para seus investimentos. 

Na última quarta-feira, os executivos entregaram propostas de alteração de marcos infralegais, entre eles, o Decreto nº 8.033, que regula a exploração de áreas portuárias. O material oi apresentado ao ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil (MTPA), Maurício Quintella, e ao diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Adalberto Tokarski, em Brasília. 

As entidades avaliaram os principais gargalos enfrentados no setor e indicaram melhorias, que serão avaliadas por um grupo de trabalho criado pela União para destravar investimentos no segmento. Nessa equipe, estão representantes do MTPA, da Casa Civil, do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), da Antaq e de outros órgãos do Governo. 

“O nosso entendimento é de que porto é serviço público e uma interferência estatal muito intensiva engessa a atividade. O que nós queremos é garantir o respeito à competitividade e à livre iniciativa”, destacou o presidente da ABTP, Wilen Manteli. 

Os empresários pedem que o Governo Federal não mais imponha teto para a taxa interna de retorno e valor da tarifa nos novos leilões e nem para os atuais contratos de arrendamento de áreas portuárias. Esses instrumentos, em vários casos, requerem adaptações e antecipação do prazo de prorrogação, além de extensão de prazo de contratos de arrendamento em decorrência do equilíbrio econômico-financeiro dos empreendimentos. 

Para o presidente da ATP, Murillo Barbosa, a intenção dos empresários é garantir segurança jurídica nos contratos de adesão e arrendamento. “O investidor não pode ser surpreendido com novas legislações que atinjam os seus negócios”, explicou. 

Barbosa destacou a dupla regulação como um dos principais problemas do setor. Segundo ele, processos que poderiam tramitar em seis meses levam mais de um ano para serem concluídos por conta de inúmeras e repetidas análises técnicas e jurídicas da Antaq e da Secretaria de Portos (SEP), que, no semestre passado, foi extinta e teve suas atividades incorporadas pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. 


Empresários defenderam que o Governo deixe de impor taxas de retorno para a concessão de terminais
(Foto: Carlos Nogueira/A Tribuna)
Gatilhos

“Posso destacar o artigo em que nós colocamos que a realização dos investimentos vão estar atrelados a gatilhos que medem a movimentação efetiva e demanda projetada. Com isso, não terão que fazer investimentos que são obrigatórios, mas estão atrelados à questão da movimentação e da demanda. Isso dá ao arrendatário portuário uma flexibilidade e uma previsão maior do que ele vai ter que fazer investimentos”, destacou o secretário-executivo da Abtra, Matheus Miller. 

O representante da Abtra destacou ainda a garantia mundial de renovação de arrendamentos portuários. Com a certeza da prorrogação, os empresários passam a ter segurança para a realização de obras, além da compra de equipamentos, com o retorno de investimentos.

Cinco semanas

Na segunda fase dos trabalhos das entidades empresariais, Miller destaca a realização de reuniões para a definição das adaptações necessárias no marco regulatório. A previsão é de que, em cinco semanas, os executivos tenham uma definição da segunda proposta que será enviada ao Governo Federal. 

Segundo o secretário-executivo da Abtra, o grupo de trabalho da União se comprometeu a analisar as propostas e chamar as entidades portuárias para discuti-las. “Agora, o nosso feedback será o agendamento de reuniões”, explicou. 

Dragagem

Entre as propostas apresentadas pelas entidades portuárias ao Governo Federal na última quarta-feira, está a permissão para que arrendatários façam investimentos em áreas comuns dos portos brasileiros. Neste caso, podem ser contemplados os serviços de dragagem ou ainda obras viárias. 

“A gente entende que o canal (de navegação) é uma área comum. Não está dedicada à operação de um arrendatário. Então traz benefícios a todos. Por esse dispositivo, a gente até incluiu que entende como área comum o canal de acesso, que é uma forma de a gente buscar dar aplicabilidade aos investimentos que o poder público não tem condição de fazer”, destacou o secretário-executivo da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra), Matheus Miller. 

A permissão para que empresários realizem obras em áreas comuns pode ser uma saída para a contratação da dragagem do canal do Porto de Santos. Há anos o Governo Federal tenta contratar a obra, mas esbarra em problemas financeiros ou questões judiciais para a conclusão dos processos licitatórios.

Diante disso, a iniciativa privada cobra a concessão da obra. Assim, os próprios empresários poderão executá-la. E as contrapartidas podem ser o reequilíbrio econômico-financeiro dos contratos ou ainda o não pagamento ou redução de tarifas portuárias. 

“É um destaque importante em um momento que a gente vive, em que você tem um governo descapitalizado, uma escassez de recursos do poder público”, afirmou Miller.

A concessão da dragagem divide opiniões, principalmente pelo reflexo nas finanças das administrações portuárias, que não realizariam mais essas obras e teriam de reduzir o valor das tarifas de manutenção da infraestrutura aquaviária. Com isso, sua receita seria diminuída sensivelmente. 

O representante da Abtra explica que a medida não se limita à dragagem do canal de navegação. Ela também pode ser aplicada à dragagem dos berços de atracação e a obras viárias que facilitem o acesso aos terminais que operam no Porto de Santos. 

Fonte: A Tribuna

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Marinha e DNIT recebem recomendação para que fiscalizem e autuem dragas no Madeira.






Porto Velho, RO – O Ministério Público Federal de Rondônia (MPF/RO) e o Ministério Público do Estado (MP/RO) expediram duas recomendações conjuntas para que a Marinha do Brasil e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) fiscalizem e autuem a ação de dragas no Rio Madeira. Os alvos específicos dos órgãos são as embarcações que estejam promovendo ou apoiando atividade minerária no rio.

Assinaram os documentos: Gisele Dias de Oliveira Bleggi Cunha, Procuradora da República e as promotoras de Justiças Aidee Maria Moser Torquato Luiz e Flávia Barbosa Shimizu Mazzini.

O documento encaminhado à Marinha ainda foi rubricado pelo delegado fluvial de Porto Velho Félix Carlos Gramajo Junior; já o endereçado ao DNIT foi subscrito pelo superintendente regional Sérgio Augusto Mamanny.

Fonte: Rondônia Dinâmica

Movimentação de contêineres da Wilson Sons cai em setembro.




A Wilson Sons, conglomerado de logística portuária e operações de apoio offshore, movimentou 86,9 mil Teus (contêiner de 20 pés) no mês de setembro, queda de 9,3% em relação ao mesmo mês de 2015, segundo relatório operacional divulgado pela empresa.

No acumulado de nove meses, a companhia registrou alta de 1,1% na operação de contêineres, para 770 mil Teus.

O terminal Tecon Rio Grande (RS), um dos principais do país dedicados ao segmento de contêineres, escoou 55,9 mil Teus em setembro, queda de 14,8%. O Tecon Salvador operou 31 mil Teus, alta de 2,6%.

A operação de rebocagem subiu 4,1% em setembro, para 4.854 manobras. No acumulado dos nove meses, caiu 2,4%, para 43.254 manobras.

Fonte: Valor

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Brasil será castigado se não investir mais em logística e transporte, adverte Renan.





O Brasil será castigado se continuar insistindo na "imprevidência" de aplicar apenas 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em transporte e logística. O alerta é do presidente do Senado, Renan Calheiros, que participou, na manhã desta terça-feira (4), da abertura do painel “Infraestrutura de transporte e logística: desafios e perspectiva”, realizado no Instituto Legislativo Brasileiro (ILB).

Renan observou que a média mundial de investimento na área é de 1,2% do PIB. O Brasil investe somente metade disso, lamentou. O resultado, segundo ele, é que a "aritmética cobrará seu preço a médio e longo prazos", gerando prejuízos irrecuperáveis à economia do país.

O senador disse que o transporte de soja brasileira via porto de Santos para Shangai, na China, custa US$ 180 por tonelada. Os Estados Unidos conseguem exportar para aquele país asiático o mesmo produto por US$ 108 a tonelada.

Atuação do Senado

Renan Calheiros disse que o Senado tem atuado para melhorar o setor. Citou como exemplo o trabalho da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) que, no ano passado, avaliou o Plano Nacional de Logística e Transporte. O resultado, segundo ele, foi um diagnóstico preciso, além de 19 propostas enviadas ao Poder Executivo e outras cinco encaminhadas para tramitação no Legislativo.

A Agenda Brasil, conjunto de propostas legislativas para contribuir com a retomada do crescimento do país, também foi lembrada pelo presidente do Senado, que defendeu a desburocratização, o aumento da segurança jurídica dos contratos e a simplificação dos processos de licenciamento ambiental.

Participantes

Além de Renan Calheiros, participam do debate o ministro dos transportes, Maurício Quintella; o secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco; e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes. Os senadores Wellington Fagundes (PT-Mt), que é presidente da Frente Parlamentar de Logística de Transportes e Armazenagem, e Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), presidente da Comissão de Infraestrutura, também estão presentes no painel de debates.

Fonte: Agência Senado

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Setembro tem o maior superávit em dez anos.


Em setembro, com 21 dias úteis, as exportações brasileiras superaram as importações em US$ 3,803 bilhões. Este é o melhor resultado para o período desde 2006. Pela média diária (US$ 181,1 milhões), o saldo comercial do mês foi 29,1% superior ao alcançado em setembro de 2015 (US$ 2,946 bilhões, média de US$ 140,3 milhões). Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (3) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Indústria, Comércio exterior e Serviços (MDIC).


Setembro teve exportações de US$ 15,790 bilhões e importações de US$ 11,987 bilhões. Na comparação feita pela média diária, as vendas externas tiveram crescimento de 1,8% em relação a agosto de 2016 e caíram 2,2% se comparadas a setembro do ano passado. No mesmo comparativo, as compras no exterior apresentaram crescimento de 2,2% em relação ao mês anterior e queda de 9,2%, em relação ao mesmo período de 2015.


Na entrevista coletiva para comentar os números, o diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação da Secex, Herlon Brandão, destacou que, no mês, foi registrado aumento de 2,3% nos preços dos produtos exportados .“Isto não ocorria desde agosto de 2014. É um fenômeno pontual, mas importante porque tivemos crescimento nos preços de produtos como soja em grão, minério de ferro, farelo de soja e café em grão”.


Exportação


Em setembro de 2015, as exportações por fator agregado alcançaram os seguintes valores: básicos (US$ 6,548 bilhões), manufaturados (US$ 6,136 bilhões) e semimanufaturados (US$ 2,728 bilhões). Sobre o ano anterior, aumentaram as vendas de semimanufaturados (+19,8%) e houve queda nas exportações de básicos (-8,6%) e produtos manufaturados (-3,1%).


Brandão ressaltou o crescimento de 90,9% das quantidades de açúcar em bruto embarcadas, em comparação com o mesmo mês do ano passado. “Este produto também teve aumento de preço (29,4%), contribuindo para o bom desempenho dos semimanufaturados no mês”.


No grupo dos básicos, quando comparadas com setembro de 2015, decresceram as vendas principalmente de soja em grão (-57,6%), fumo em folhas (-50,2%), milho em grão (-15,3%), farelo de soja (-14,1%), e carne bovina (-11%). Entre os manufaturados, em relação ao mesmo período do ano anterior, diminuíram as vendas principalmente de óxidos e hidróxidos de alumínio (-38,5%), motores para veículos e partes (-21,3%), polímeros plásticos (-21%), autopeças (-20,5%) e tubos flexíveis de ferro e aço (-11%). Por outro lado, cresceram as exportações de suco de laranja não congelado (+99,2%), óleos combustíveis (+86,8%), açúcar refinado (+83,8%), veículos de carga (+68,3%), chassis com motor (+66,7%), automóveis de passageiros (+41,5%), e aviões (+31,3%). No grupo dos semimanufaturados, quando comparadas com setembro de 2015, cresceram as vendas principalmente de açúcar em bruto (+147%) e ouro em forma semimanufaturada (+76,7%).


Em relação aos mercados compradores, foi registrado aumento nas vendas para Oceania (+60%), Oriente Médio (+20%), Estados Unidos (+8,3%), União Europeia (+2%) e África (+1%). Caíram as exportações para a Ásia (-9,6%), sendo que apenas as vendas para a China tiveram queda de 29,6%, influenciadas por soja em grão, plataforma para extração de petróleo, fumo em folhas, e catodos de cobre.


Para o Mercosul, também houve queda de 6,3%, sendo que as exportações para o principal mercado comprador de produtos brasileiros, a Argentina, cresceram 4,6% por conta de veículos de carga, automóveis de passageiros, energia elétrica, tratores, máquinas para terraplanagem, e chassis com motor.


Importação


Em setembro, as importações caíram 9,2% e, por fator agregado, houve queda nas aquisições de bens de capital (-28,3%), combustíveis e lubrificantes (-23,7%), bens de consumo (-10,1%) e bens intermediários (-2,3%).


“Estamos percebendo uma diminuição dos índices de queda das importações. Desde junho, o desempenho mensal das compras externas tem sido melhor do que o registrado no acumulado do ano. Isso pode indicar uma melhora da atividade industrial, uma vez que o setor é muito demandante de importações de insumos”, avaliou Brandão.


Por mercados fornecedores, na comparação pela média diária com o mesmo período do ano anterior, caíram as compras originárias de África (-56,7%), América Central e Caribe (-34,9%), Ásia (-18,6%) e União Europeia (-6%). Já em relação ao Mercosul, as exportações tiveram crescimento (+13,8%), assim como para Oriente Médio (+10,5%), Oceania (+10%) e Estados Unidos (+9,7%). No mês, os cinco principais fornecedores de produtos para o Brasil foram: Estados Unidos (US$ 2,213 bilhões), China (US$ 2,086 bilhões), Argentina (US$ 789 milhões), Alemanha (US$ 723 milhões) e Coreia do Sul (US$ 368 milhões).


Acumulado do ano


Nos nove primeiros meses de 2016, o saldo comercial acumulou superávit de US$ 36,175 bilhões (média diária de US$ 191,4 milhões), valor que supera em 249% o alcançado em igual período de 2015 (US$ 10,252 bilhões, com média diária de US$ 54,8 milhões). Este foi o maior superávit comercial já registrado para os nove meses do ano, desde o início da série histórica.









De janeiro a setembro de 2016, as exportações foram de US$ 139,361 bilhões. Sobre 2015, as vendas tiveram retração de 4,6%, pela média diária. No período em análise, as importações somaram US$ 103,186 bilhões, o que representa queda de 23,9%, pela média diária, sobre o mesmo período anterior (US$ 134,244 bilhões, com média de 717,9 milhões por dia).

Cabotagem de refrigerados tem grande potencial no mercado brasileiro.


Se na carga seca a cabotagem é um serviço bem estabelecido no Brasil, na área de refrigerados o serviço tem potencial para quadruplicar sua atuação. Quem afirma é o gerente comercial de Cabotagem da Aliança Navegação e Logística, Jaime Batista. Segundo ele, a carga reefer corresponde a 5% da operação, mas tende a ampliar sua participação, especialmente no mercado de congelados – frangos e refeições prontas – e de produtos com maior durabilidade, como é o caso da margarina.


Batista explica que a adesão ao serviço depende de alguns fatores como viabilidade do percurso, transit time e validade do produto (shelf life). “Cada caso é um caso, mas produtos com mais durabilidade (em torno de 180 dias) podem se beneficiar da cabotagem”, explica o executivo.

Além da redução de custos em relação ao transporte rodoviário – de 10% a 15% -, a cabotagem configura-se em um autêntico transporte porta a porta, que une rapidez e economia por meio de um planejamento de operações multimodais, resultando em um meio de transporte sustentável, com baixa emissão de CO2.

Cerca de 70% de todo o volume transportado pela Aliança é na modalidade “porta”, ou seja, a empresa gerencia o fluxo de transporte desde a fábrica do embarcador até a entrega ao destinatário final. O índice de pontualidade nessas entregas e coletas supera os 95%, na média nacional. Por ano, a cabotagem elimina cerca de 300 mil viagens de longa distância das estradas brasileiras, mantendo, no entanto, curtas viagens nas pontas – entre o embarcador e o porto, na origem, e entre o porto e o cliente final, no destino.

Para quem utiliza o transporte marítimo, outras vantagens são a rastreabilidade em qualquer ponto, a integração dos modais para otimização da cadeia logística, a redução do número de caminhões na estrada, menor índice de avarias e a facilidade de contar com empresas que cuidam de todas as etapas do processo.

De acordo com Jaime Batista, o segmento de frutas é outro que pode se beneficiar bastante da estrutura reefer. Estamos avaliando novas possibilidades para ampliar a utilização da cabotagem refrigerada neste segmento, buscando alternativas logísticas de redução de custo terrestre, considerando também a longa distância das fazendas até os portos”, avalia Jaime Batista.






Assessoria de Comunicação

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Governo altera novamente cronograma da Consulta Pública sobre adaptação da área do Porto Organizado de Belém.




O Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (MTPAC) publicou, no Diário Oficial da União (DOU) desta 2ª feira (03/10), a Portaria nº 597, de 30 de setembro de 2016, que alterou novamente o cronograma da Consulta Pública referente à adaptação da área do Porto Organizado de Belém/PA.

As datas tinham sido recentemente alteradas por intermédio da Portaria nº 440/2016, publicada no DOU do dia 06/09/2016.

Abaixo, o cronograma com as novas datas:

Consulta Pública - Porto Organizado de Belém 

Data 
Descrição do Evento 

25/06/2016 a 27/11/2016 

Prazo para a Secretaria de Portos sistematizar as contribuições feitas na consulta pública. 


28/11/2016 

Divulgação das respostas às contribuições no sítio www.portosdobrasil.gov.br, no link “Assuntos-Gestão-Poligonais”. 


29/11/2016 a 08/12/2016 

Prazo para interposição de recurso contra o exame das contribuições, que deverá ser dirigido à Secretaria Executiva do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, por meio do endereço eletrônico poligonais.belem@portosdobrasil.gov.br


09/12/2016 a 07/01/2017 

Prazo para avaliação e encaminhamento das respostas aos recursos, podendo ser prorrogado por mais 30 dias, na forma do art. 59 da Lei n.º 9.784/1999. 


Informações adicionais sobre a referida Consulta Pública podem ser obtidas na Portaria SEP/PR nº 273/2016.


Veja a íntegra da Portaria nº 597/2016.

União Europeia no Brasil.

A Low Carbon Business Action in Brazil (LCBA) é uma ação financiada pela União Europeia, cujo objetivo, informa a empresa, é contribuir com a redução das emissões de carbono. Nesse sentido, promove neste mês de outubro duas novas missões de matchmaking – Gestão de Resíduos Sólidos (GRS, de 3-6 outubro) e Biogás e Biometano (17-20 outubro). O projeto reunirá em São Paulo pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras e europeias para estimular a troca de tecnologias e processos inovadores.


A primeira da série de missões empresariais patrocinadas pela UE foi realizada em agosto, em São Paulo. Reuniu 53 pequenas e médias empresas (38 brasileiras e 15 europeias) e abordou a eficiência energética em edificações. Foram registrados 83 acordos de cooperação e parcerias como resultado das interações. Estes acordos poderão se efetivar na adoção e replicação das tecnologias de baixo carbono no Brasil. As parcerias serão monitoradas e apoiadas pela União Europeia.

Ao todo, a Low Carbon Business Action in Brazil realizará até o final de 2017 um ciclo de 8 eventos com foco em economia de baixo carbono, engajando 720 pequenas e medias empresas do Brasil e dos 28 estados membros da União Europeia. Em 2017, serão discutidas soluções para Atividades Florestais, Agricultura e Processos Industriais, setores responsáveis por elevados índices de emissões de gases de efeito estufa.

Editor Portogente

Cisne Branco atraca no Porto de Natal e abre visitação pública.




O Porto de Natal recebe nesta sexta-feira (30/09), o Navio-Veleiro “Cisne Branco” da Marinha do Brasil. A embarcação atracará no porto às 14h, e estará aberto à visitação pública nos dias 1º, 2 e 3 de outubro, das 14h às 17h. A entrada é gratuita. Devido às características, limitações do local (banheiros e bebedouros) e peculiaridades do Navio (como existência de escadas para acesso aos compartimentos), devem ser evitadas, na visitação, crianças abaixo de 5 anos e pessoas com dificuldades de locomoção.


O Veleiro representa o país em eventos náuticos nacionais e internacionais, divulgando a mentalidade marítima na sociedade civil, preservando as tradições navais. O Navio-Veleiro esteve no Rio de Janeiro no dia 11 de setembro, e além de Natal, visita os portos de Recife, São Luís, Belém, Fortaleza, Maceió e Vitória.

O “Cisne Branco” foi construído em Amsterdã, Holanda, sob a supervisão da Marinha do Brasil, baseado nos projetos dos últimos "Clippers" do século XIX e incorporado à Marinha do Brasil em 4 de fevereiro de 2000. Possui 76 metros de comprimento, 32 velas e 51 tripulantes. Ele possui todos os sistemas de tecnologia avançada, realizandos manobras de convés e vela exatamente como ocorria no século XIX, mantendo assim as mais antigas tradições da marinharia.






Assessoria de Comunicação