quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Conheça o Porto: O planejamento de um terminal.


Para planejar a construção de um terminal portuário (a instalação onde a carga será embarcada ou desembarcada em navios), deve se levar em conta vários fatores. Esses critérios vão desde o tipo de mercadoria a ser movimentada (produtos industrializados, granéis agrícolas ou granéis químicos, por exemplo), o que demandará equipamentos e espaços para armazenagem específicos, até mesmo a oferta de modais (os meios de transporte que irão acessá-lo) e a projeção de movimento.

Pesquisador do setor, o engenheiro e professor universitário Aluísio Moreira, doutor em Engenharia Civil-Hidráulica, explica que esses fatores ainda englobam a origem e o destino da carga ou dos passageiros, os acessos ao terminal (tanto terrestres como aquaviários), a própria localização, as melhorias planejadas e as previsões de expansão, além dos ambientes exigidos para a gestão da instalação, como escritórios e espaços para atividades de apoio. Com isso, projeta-se a unidade de modo a garantir operações “eficientes, harmônicas e a custos razoáveis”, lembra o especialista.

No Brasil, de acordo com o marco regulatório do setor, a Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013, os portos e os terminais acabam divididos conforme a área onde são instalados. Há os públicos, que são construídos em áreas públicas e explorados por empresas privadas (os operadores portuários), por tempo determinado, a partir de concessões. E há os de Uso Privado (TUP), que ocupam terrenos particulares e são construídos e operados por empresas autorizadas pelas autoridades. Esse aval ocorre mediante a assinatura de um contrato de adesão com o poder público.
As empresas que exploram os TUP são responsáveis pela abertura e pela conservação de seus acessos e por toda a infra e a superestrutura (edifícios e equipamentos). Já nos públicos, a infraestrutura é uma responsabilidade das autoridades. É por isso, no caso do Porto de Santos, que a dragagem tem sido realizada pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, a Autoridade Portuária) e pelo Governo. 

Conheça o Porto

Neste ano, além de abordar questões do cotidiano do complexo marítimo, a coluna Conheça o Porto abrirá espaço aos alunos que participam das visitas técnicas ao cais santista. Agora, a cada semana, é publicada uma foto feita pelos estudantes durante a ida ao Porto. Ela será escolhida entre as postadas nas redes sociais com a hashtag (#) conhecaoporto. A imagem desta edição é da supervisora de Marketing de A Tribuna, Deborah Lewindon, feita na visita da semana passada e publicada em sua página no Facebook.

Fonte: A Tribuna

Importadoras de diesel ameaçam abandonar mercado.


Representante das empresas importadoras de combustíveis, a Abicom afirma que suas associadas vão se retirar do mercado de óleo diesel até o fim do ano. Elas consideram insuficiente o preço do produto definido pelo governo em seu cálculo da subvenção ao consumo. “Todo mundo que importar vai ter prejuízo”, disse o presidente da entidade, Sérgio Araújo. Sem a participação dos importadores, há risco de desabastecimento, afirmou. O alerta já havia sido dado pela Petrobrás em audiência pública da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no dia 17. 

A partir de sexta-feira passa a valer nova metodologia de cálculo da subvenção do diesel. A fórmula passará a considerar os custos de frete para trazer o combustível até os portos brasileiros, de tancagem para manter o produto armazenado e de transporte rodoviário até o mercado consumidor. Com isso, o governo esperava atrair importadores para o mercado, para torná-lo mais competitivo. Mas, segundo Araújo, a cotação utilizada como referência para o preço do litro não condiz com a realidade, porque está abaixo da paridade internacional. 

Fonte: Estadão

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Companhias buscam navios para depender menos de caminhões.



Em busca de saídas para diminuir a dependência da contratação do frete de caminhoneiros, segmentos que dependem do transporte de longa distância — como os de eletroeletrônicos, petroquímicos e alimentos e bebidas, — intensificaram as consultas a operadores de cabotagem, modal historicamente subaproveitado no país. Dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) mostram que a navegação cresceu 4,5% no segundo trimestre, quando ocorreu a greve dos caminhoneiros, na comparação com o mesmo período de 2017. Esse percentual corresponde a 1,6 milhão de toneladas a mais transportadas em navios.

Angelo Baroncini, diretor-presidente da Norsul, diz que a companhia de navegação foi procurada para manter rotas de transporte marítimo com regularidade para produtos siderúrgicos, que eram transportados por caminhões entre Sudeste e Sul do país.

— Esse processo de conversão da carga rodoviária já vem ocorrendo há algum tempo, mas a procura aumentou após a greve — confirma Márcio Arany, diretor da Log-In.

A navegação é mais barata, mas o setor ainda enfrenta dificuldades estruturais para deslanchar, como excesso de burocracia, falta de dragagem de portos e alto custo de armazenagem.

Maurício Lima, especialista da consultoria Ilos, explica que a cabotagem é o modal que tem mais capacidade de absorver cargas das rodovias porque houve expansão recente de terminais, hoje com capacidade ociosa. Mas observa que a contratação da modalidade é mais complexa e precisa ser combinada com o transporte rodoviário, para chegada e saída dos portos.

Os móveis feitos em São Caetano do Sul (SP) pela Bartira, da Via Varejo, começaram a ser transportados para o Nordeste por via marítima. A prática adotada após a greve já representa uma economia de 30% a 35%, segundo Diclei Remorini, diretor da empresa:

— Ainda não há tantos horários de navios disponíveis.

O gerente de infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Wagner Cardoso, também observou mais empresas estudando planos de cabotagem, mas destaca que só vale a pena para longas distâncias. Até 600 quilômetros, o caminhão continua a melhor solução.

Para o presidente da Associação Brasileira de Cabotagem, Cleber Cordeiro, a greve dos caminhoneiros representou uma “crônica de uma morte anunciada”. Para ele, é inevitável a redução da concentração da matriz brasileira de transporte no modal rodoviário. Hoje, o país escoa 63% da produção por rodovias, 21% por ferrovias e só 13% em transporte aquaviário. Na China, mais de 50% da produção viajam de navio.

Fonte: O Globo

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

EVTEA da Hidrovia do Tapajós será apresentado em Brasília no próximo dia 8.



O estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental da Hidrovia do Tapajós será apresentado em Brasília no próximo dia 8, a partir das 10h, na sede do DNIT em Brasília. O trabalho prospecta possibilidades para elevar os corpos hídricos da categoria de rios navegáveis à de hidrovia e visa incrementar as condições para a navegação comercial. Serão necessárias intervenções para ampliação de capacidade, além de serviços de manutenção do canal navegável, instalação de sinalização, bem como a confecção de cartas náuticas.

O evento visa continuar as ações de publicidade do estudo a todos os interessados na hidrovia. Com a mesma intenção, houve apresentações em Cuiabá, Belém e Santarém/PA. As principais características do estudo foram expostas para os principais atores do setor, como armadores, operadores logísticos, produtores do agronegócio, instituições de ensino e representantes do governo.