quarta-feira, 28 de outubro de 2015

CAMINHONEIROS MARCAM NOVA PARALISAÇÃO PARA 9 DE NOVEMBRO

Um grupo de caminhoneiros que participou da greve realizada no início do ano promete retomar as paralisações a partir do próximo mês. Em nota distribuída pela internet no último domingo (25), o Comando Nacional do Transporte, que se declara independente de sindicatos, diz que fará protesto no dia 9 de novembro. Os trabalhadores informam no comunicado que a manifestação tem apoio do Movimento Brasil Livre e do Vem Pra Rua.
“Essa decisão do nosso movimento se ampara principalmente no fato de que o governo não atendeu reivindicações fáceis de serem atendidas, como, por exemplo, a anulação das multas referentes à manifestação passada”, disse na nota Ivar Luiz Schmidt, líder do comando.
Greve dos bancários pode acabar nesta segunda-feira (26)
Em Curitiba, trabalhadores se reunirão em assembleia no fim da tarde
O grupo mantém a mesma pauta de reivindicação de março, quando a maioria das estradas do país teve o fluxo interrompido por bloqueios de caminhoneiros.
Entre as demandas do segmento estão a redução do preço do óleo diesel, criação do frete mínimo e anulação das multas por causa das manifestações anteriores. Eles também pedem liberação de crédito com juros subsidiados no valor de R$ 50 mil para transportadores autônomos, aposentadoria com 25 anos de contribuição e salário unificado em todo território nacional.
“Somos a única categoria nesse país que trabalha, hoje, pelo mesmo valor há 10 anos”, afirmou Schmidt.
Fonte: Gazeta do Povo (PR)/ESTADÃO CONTEÚDO

PORTO DE ILHÉUS VOLTA A EXPORTAR CACAU EM LARGA ESCALA APÓS 20 ANOS.

Após 20 anos, o Porto de Ilhéus, sul do estado, vai voltar a exportar amêndoas de cacau em larga escala. A região viveu altos índices de produção e exportação no século passado. Nesta semana, os produtores de cacau ilheenses devem exportar seis mil toneladas para a Europa.
O retorno da exportação acontece após a safra encerrada em maio, que entrou no estoque em junho. Os produtores ainda encaram o movimento de retorno como pontual. Eles esperam que a volta da venda do cacau para o exterior seja contínua e que traga retornos financeiros, principalmente com a alta do dólar.
Por enquanto, os produtores ainda não são pagos, com base na nova relação do dólar com o real. A arroba do cacau gira em torno de R$ 150. Os produtores também investem na melhoria da amêndoa, o que tem atraído produtores de chocolate da Europa.
No ano passado, o Brasil produziu 280 mil toneladas de cacau, sendo que todas as indústrias juntas consomem 250 mil toneladas. Ou seja, o mercado operou com cerca de 30 mil toneladas de superávit e apenas parte desse superávit é que está sendo exportado.
Fonte: Do G1 BA, com informações da TV Santa Cruz

GOVERNO INICIA LEILÕES DE ARRENDAMENTOS PORTUÁRIOS.

O leilão dos primeiros arrendamentos portuários previstos na segunda fase do Programa de Investimento em Logística (PIL) está marcado para o próximo dia 9 de dezembro, informa o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Serão ofertadas quatro áreas do primeiro lote: três localizadas em São Paulo, no Porto de Santos, e uma no Porto de Vila do Conde, no Pará.
A operação será realizada na sede da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e as empresas vencedoras terão direito a explorar os terminais por 25 anos. Os editais de licitação dos arrendamentos foram publicados, na última segunda-feira (26), nos sites da Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP) e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
Os investimentos estimados nas quatro áreas são de R$ 1,1 bilhão. Em Santos, o investimento previsto soma cerca de R$ 640 milhões, sendo R$ 297 milhões no terminal de Ponta da Praia (cargas de grãos), R$ 200 milhões em Paquetá (celulose) e R$ 144 milhões em Macuco (celulose). Nesses dois últimos, a movimentação de celulose deverá atingir 3,6 milhões de toneladas. Em Ponta da Praia, espera-se a movimentação de 6,5 milhões de toneladas de grãos.
Também voltado ao transporte de grãos, o Porto de Vila do Conde tem investimento estimado em R$ 501 milhões. O Ministério do Planejamento aponta que nos quatro terminais a serem leiloados, o aumento da capacidade de movimentação virá acompanhado de ganhos econômicos e sociais nas respectivas regiões de influência. "Serão gerados novos empregos e haverá ganhos de produtividade a partir da utilização de equipamentos modernos e eficientes, que também minimizarão o impacto no meio ambiente", cita nota sobre a operação.
Investimentos no setor
No início de outubro, o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, havia confirmado a intenção do governo de leiloar os primeiros arrendamentos de terminais portuários ainda em 2015. Em 30 de setembro, o Tribunal de Contas da União (TCU) liberou os leilões das oito primeiras concessões, pela modalidade de outorga. Além dos quatro terminais cujos editais foram publicados nesta segunda-feira (26), outros quatro terminais de grãos – três em Outeiros e um em Santarém, no Pará – passaram pelo aval da corte de contas e devem ser lançados em breve.
A nova Lei dos Portos, em vigor desde junho de 2013, permitiu o aumento do investimento em terminais privados sem exigência de carga própria. Também estabeleceu as diretrizes para a licitação de novos arrendamentos e a renovação dos já existentes, com o objetivo de modernizar e aumentar a capacidade dos terminais portuários, conferir escala competitiva e reduzir os custos para atender a demanda por movimentação de carga.
Já foram investidos mais de R$ 19 bilhões sob a nova lei, na autorização, construção e expansão de Terminais de Uso Privado (TUP) e em prorrogações antecipadas de arrendamentos existentes. Desde o anúncio da segunda fase do PIL, em junho de 2015, foi autorizada a construção de cinco novos TUPs e uma expansão de TUP existente, que somam R$ 2,9 bilhões em investimentos.
A etapa de concessões portuárias do PIL prevê um total de R$ 37,4 bilhões em investimentos e inclui 50 novos arrendamentos (R$ 11,9 bilhões), 63 novas autorizações para TUPs (R$ 14,7 bilhões) e renovações antecipadas de arrendamentos (R$ 10,8 bilhões).
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério do Planejamento

MINISTRO HELDER BARBALHO DÁ ENTREVISTRA SOBRE OS EDITAIS DE LICITAÇÃO DE TERMINAIS PORTUÁRIOS.

O ministro da Secretaria de Portos, Helder Barbalho, concedeu entrevista ao Broadcast, na última segunda-feira (27). O tema foi o primeiro leilão de terminais portuários, que ocorrerá em 9 de dezembro, e o roadshow que realizará pelo País a fim de atrair investidores para o certame que envolverá três terminais em Santos e um terminal em Vila do Conde (PA).
Fonte: Ascom - SEP/PR

terça-feira, 27 de outubro de 2015

MINISTRO HELDER RECEBE REPRESENTANTES DO SETOR PORTUÁRIO PRIVADO.

Ao receber a Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), o ministro Helder Barbalho, da Secretaria de Portos (SEP), garantiu, ontem, segunda (26), a continuidade das ações que já estão em andamento pela SEP e a análise das demandas do setor. “Entendemos que não podemos falhar no que está planejado e estamos muito entusiasmados com o momento de crescimento e de oportunidade do setor portuário brasileiro”.
A ATP acredita na capacidade dos investimentos portuários privados como a solução para o desenvolvimento do setor. Dessa forma, a desburocratização, a celeridade nos processos de outorga e a redução do tempo de tramitação dos processos administrativos foram os principais temas apresentados ao ministro. Por sua vez, Barbalho, enfatizou a importância do diálogo e frisou que a ideia não é proporcionar um embate entre o público e o privado mas sim, achar a melhor solução para o crescimento e fortalecimento do setor portuário brasileiro.
Durante o encontro, o ministro garantiu que os assuntos tratados serão analisados. Ao finalizar, Barbalho lembrou que no dia seguinte, terça (27), participará da abertura do 2ª Encontro ATP Eficiência e Produtividade dos Terminais Privados.
Fonte: Ascom/Secretaria de Portos - SEP/PR

PUBLICADOS AVISOS DE LICITAÇÃO PARA ARRENDAMENTO DE QUATRO ÁREAS PARA TERMINAIS PORTUÁRIOS EM SANTOS E EM VILA DO CONDE (PA).


O leilão de arrendamento de quatro áreas para terminais portuários em Santos e em Vila do Conde (PA) será realizado em 9 de dezembro de 2015. Essa informação consta do aviso de licitação publicado nesta segunda-feira (26), no Diário Oficial da União, na seção 3, página 2 pela ANTAQ.
O arrendamento de áreas e infraestruturas públicas para movimentação e armazenagem de granéis sólidos vegetais e de papel, celulose e carga geral, nos Portos Organizados de Santos, em São Paulo, e Vila do Conde, no Pará, será feito via leilão nas dependências da BM&FBOVESPA em São Paulo/SP.
Clique e consulte o edital e seus anexos.
Fonte: Ascom/Secretaria de Portos - SEP/PR

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

EDITAIS PARA NOVOS PROJETOS EM PORTOS SERÃO DIVULGADOS HOJE.

Detalhes sobre investimentos em portos, previstos no Programa de Investimento em Logística (PIL), poderão ser consultados em editais que serão hoje, segunda-feira (26).
Segundo o secretário do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Maurício Muniz Barretto, o investimento total de R$ 37,4 bilhões para arrendamento na área de portos envolve 21 terminais em fase de projeto, em análise pelo Tribunal de Contas da União. Desses, oito foram aprovados e dois deles seguem para publicação do edital na próxima semana.
Lançado em 9 de junho pelo governo, o PIL prevê investimento de R$ 198,4 bilhões, no período de concessão, para rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. A nova etapa de concessões trata de projetos lançados entre 2015 e 2018. Os investimentos em logística, assim como em energia, social e urbano, integram também o PAC, que investirá R$ 1,05 trilhão até 2018. Do total de projetos, 11% foram executados até junho 2015.
Fonte: Portal Brasil, com informações da Agência Brasil

LEILÃO DO 1° LOTE DE ARRENDAMENTO PORTUÁRIO SERÁ NO DIA 9/12.

Foi marcado para o dia 9/12 o leilão para a oferta dos 4 primeiros terminais portuários do chamado lote 1. A operação será realizada na sede da Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA).
Os editais de licitação dos arrendamentos serão publicados na próxima segunda-feira, dia 26 de outubro. Serão licitadas 3 (três) áreas localizadas em São Paulo, no Porto de Santos, e 1 (uma) área localizada no Porto de Vila do Conde, no Estado do Pará.
Estimam-se investimentos, nessas quatro áreas, da ordem de R$ 1,1 bilhão, dos quais R$ 640 milhões em São Paulo e R$ 501 milhões no Pará. Esses investimentos trarão relevantes aumentos da capacidade de movimentação de cargas.
A movimentação de celulose nos dois terminais de Santos que serão destinados a essa carga deverá atingir 3,6 milhões de toneladas. No terminal de grãos que será licitado no Porto de Santos espera-se movimentação de 6,5 milhões de toneladas. O aumento da capacidade de movimentação nesses terminais virá acompanhado de ganhos econômicos e sociais nas regiões de influência desses terminais.
Serão gerados novos empregos e haverá ganhos de produtividade a partir da utilização de equipamentos modernos e eficientes, que também minimizarão o impacto no meio ambiente.
Os quatro terminais a serem licitados agora em outubro serão apenas os primeiros de um total de 29 que serão licitados no Bloco 1 do Programa de Investimento em Logística portuária.
O Bloco 1 contemplará, além do terminal de grãos em Vila do Conde, outros 19 terminais no Estado do Pará e mais 6 terminais em Santos, além dos 3 terminais já citados, totalizando R$ 4,7 bilhões em investimentos. Dos R$ 4,7 bilhões de investimentos, R$ 3,2 bilhões serão destinados ao Estado do Pará e R$ 1,5 bilhões ao Estado de São Paulo.
Fonte: Ascom/Secretaria de Portos - SEP/PR

ALIANÇA AMPLIA OPERAÇÃO NO BRASIL E ENTRA EM REBOCAGEM.

A Aliança Navegação e Logística está entrando no negócio de rebocagem, serviço que auxilia a atracação e desatracação de navios nos portos. A empresa acabou de encomendar três rebocadores ao estaleiro Detroit, em Itajaí (SC), por R$ 90 milhões.
As embarcações serão entregues durante o ano de 2017 e o contrato prevê a opção de construção de um quarto rebocador.
Ainda não está definido o porto em que os rebocadores serão empregados. Eles serão de última geração. Terão propulsão azimutal, comprimento de 32 metros e 70 toneladas de tração estática. Poderão empurrar os maiores navios em atividade no Brasil.
Líder no Brasil no transporte marítimo doméstico (cabotagem) de contêineres, a Aliança movimentou 673 mil Teus (contêiner de 20 pés) na cabotagem em 2014, com um faturamento de R$ 3,3 bilhões.
A decisão de investir na rebocagem está ligada às mudanças na navegação mundial, com a construção de navios cada vez maiores e que já estão chegando ao Brasil. Essas embarcações exigirão rebocadores mais potentes para garantir a segurança nas manobras.
"Não vamos atender exclusivamente nossos próprios navios, vamos atender o mercado. É um produto competitivo", afirma Julian Thomas, diretor-superintendente no Brasil da Aliança e da Hamburg Süd, ambos armadores de contêineres do grupo alemão Oetker.
A Aliança terá um departamento dedicado ao novo serviço. "Temos um monte de sinergias, não precisamos criar outra estrutura", disse o executivo.
O contrato com o estaleiro foi assinado no fim de setembro. O investimento será custeado 100% com recursos advindos da conta vinculada do Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM), que é gerida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Uma segunda fase do projeto contempla a construção de mais rebocadores, mas sua efetivação dependerá da aprovação de liberação de mais recursos.
"Se o negócio cumprir nossas expectativas, vamos continuar investindo. O momento pode estar ruim, mas nós acreditamos no Brasil e por isso vamos continuar investindo também em outras frentes", disse Thomas, sem, contudo, indicar quais. Além da navegação, o grupo tem participação em um terminal portuário para movimentação de contêineres, o porto Itapoá (SC).
Durante pelo menos cinco anos a Aliança tentou construir navios no Brasil, mas os estaleiros estavam lotados de encomendas do mercado offshore e não conseguiam atender a demanda para fabricar os porta-contêineres do grupo, que, por isso, recorreu a estaleiros chineses.
O executivo explica que com o aumento de disponibilidade de espaço nos estaleiros nacionais, a partir do início deste ano, foi retomado o projeto de construir os equipamentos no Brasil
Fonte: Valor Econômico/Por Fernanda Pires | De Santos

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Justiça derruba garantia de avulsos no Porto de Santos

Com isso, terminais de contêineres poderão adotar mão de obra 100% vinculada de estivadores no cais

Por Matheus Müller 
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) derrubou ontem (19), em Brasília, uma sentença do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP) que garantia 50% da mão de obra avulsa de estivadores nos principais terminais de contêineres do Porto de Santos até 2018.
Isso deve permitir às operadoras portuárias a diminuição gradativa da convocação de avulsos até 2019.
Os ministros do TST aprovaram a decisão por 4 votos a 1. Agora, as empresas e o Sindicato dos Estivadores de Santos e Região (Sindestiva) precisam aguardar a publicação do acordão (sentença)para que a determinação passe a valer.
Segundo o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp), a medida que deve ser adotada consiste na contratação de 50% da mão de obra avulsa e 50% com carteira assinada até 30 de junho de 2016.
De 1º de julho a junho de 2017, as empresas estariam autorizadas a ter 66% de profissionais vinculados.
Esse número subiria para 75% entre 1º de julho de 2017 e fevereiro de 2019. Em março de 2019, as empresas estariam livres para a requisição de avulsos quando entenderem ser necessário.
O departamento jurídico do Sindestiva, por sua vez, diz não ter entendido a decisão do TST da mesma forma que o Sopesp.
“Não tivemos a mesma leitura da sentença. O julgamento não diz que elas (empresas) têm a livre decisão de contratação após 2019”, informa o advogado Marcelo Vaz, que só irá se manifestar sobre o caso após a publicação do acordão.
Histórico
O impasse sobre a contratação dos estivadores pelas operadoras portuárias começou em fevereiro, quando terminou o acordo coletivo entre Sopesp e Sindestiva, que garantia 50% de avulsos e 50% de vinculados no cais.
A partir desse momento, as empresas poderiam contar apenas com profissionais registrados, mas optaram pela manutenção do acordo que havia vencido, até que um novo fosse firmado.
Isso não aconteceu porque, em todas as propostas, a classe patronal apresentava a redução da participação de avulsos.
Esse foi o estopim para o Sindestiva entrar com uma ação no TRT-SP e, consequentemente, conseguir prorrogar o sistema misto de contratação até 2018.
O Sopesp recorreu da sentença, que foi suspensa em 26 de agosto e derrubada ontem, por 4 votos a 1. A nova decisão deve permitir às empresa contratarem estivadores para operações que podem ser livremente feitas com avulsos ou vinculados.

Fonte: www.atribuna.com.br

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

OPERADORES LOGÍSTICOS LUTAM POR RECONHECIMENTO OFICIAL.

Os operadores logísticos brasileiros – empresas que atuam no transporte e na armazenagem de mercadorias – lutam pelo reconhecimento de seus serviços como uma atividade econômica específica. Para isso, pretendem negociar, no Congresso, a criação de um projeto de lei para oficializar a categoria.
A informação é do diretor-executivo da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol), César Meireles. Segundo ele, o País conta com 159 companhias que podem receber essa classificação. Trata-se de um grupo estratégico para a economia nacional e que deve investir, nos próximos três anos, R$ 608,2 milhões.
A classe também batalha pela criação do Relog, um programa de isenção tributária para a aquisição de equipamentos destinados a suas atividades, explica Meireles. Será semelhante ao Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária (Reporto), voltado aos terminais e recintos do setor portuário.
A revisão de um decreto de 1903 também está entre os pedidos dessas empresas, afirma o diretor-executivo. O texto institui regras, direitos e obrigações para o estabelecimento de armazéns gerais e nunca foi revisado ou atualizado.
“É preciso trazer para a realidade de hoje essas regras. Esse é um trabalho que deve ser feito em parceria com outras associações, como a Abtra (Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados), a ABTTC (Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Transportadoras de Contêineres) e a Abclia (Associação Brasileira dos Centros Logísticos e Industriais Aduaneiros), por exemplo”, destacou César Meireles.
Os projetos do setor foram definidos a partir de um estudo encomendado pela Abol ao consórcio formado pela empresa de consultoria KPMG Brasil e os escritórios Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr e Quiroga Advogados, com a participação da Fundação Dom Cabral, que também atua na consultoria de firmas. O trabalho teve como objetivo ordenar e regulamentar o segmento, a fim de garantir um planejamento estratégico para suas ações. Questões econômicas, fiscais, tributárias, previdenciárias, trabalhistas e sindicais das empresas foram analisadas nessa pesquisa.
O levantamento mostrou que “os operadores logísticos investem entre 5% e 6% de sua receita bruta todos os anos. São pessoas jurídicas capacitadas a prestar, através de um ou mais contratos, por meios próprios ou intermédio de terceiros, serviços de transporte, armazenagem e gestão de estoque”, explicou Meireles.
Também foi apurado que as empresas do setor têm um faturamento anual médio de aproximadamente R$ 278,6 milhões cada uma. No total, contam com pelo menos 177.521 funcionários diretos e outros 532.563 indiretos. Suas atividades geram uma arrecadação tributária de R$ 7,2 bilhões.
“Somos intensivos na contratação e na formação de mão de obra, já que muitos operadores logísticos oferecem o primeiro emprego a jovens. Eu tenho certeza que, neste momento, algum operador está entregando um remédio no interior do Amapá, uma carga em algum lugar de Rondônia ou ainda uma TV no centro de Santos. A atividade não para”, explicou Meireles.
O estudo foi pedido pela Abol (criada em 2012) quando ela decidiu identificar quais as diretrizes da atividade do operador logístico no Brasil e no exterior. No entanto, nunca existiu um marco regulatório específico para o serviço.
A categoria também não tem uma Classificação Nacional de Atividade Econômica (Cnae). Por isso, quando as operadoras logísticas desempenham suas atividades – transporte, armazenagem e gestão de estoques –, cada uma acaba sendo classificada separadamente para a definição de regras e tributos.
Essas demandas foram apreciadas na pesquisa, que identificou o melhor caminho a ser trilhado para a criação de um marco regulatório próprio.
Diante da representatividade do setor e da necessidade de elaboração de normas, a Abol enviou técnicos para países com tradição nesses serviços , como Alemanha, Holanda e Bélgica. O objetivo foi identificar leis e procedimentos que pudessem ser aplicados no mercado brasileiro.
Essas ações levaram a associação a definir as medidas necessárias para garantir o reconhecimento da categoria, como a negociação junto ao Congresso para a apresentação de um projeto de lei com esse objetivo.
A Abol também planeja envolver outros órgãos federais, como ministérios e agências reguladoras, para regularizar o papel do operador logístico. “Será um trabalho contundente e pragmático pelo reconhecimento do setor, que é importante e gera divisas imprescindíveis para o mercado”, afirmou o diretor da entidade.
Fonte: A Tribuna online.

DEFENSORIA DO PARÁ SE REÚNE COM MINERVA E CDP PARA DISCUTIR NAUFRÁGIO DE NAVIO.

A Minerva e a Companhia Docas do Pará (CDP) vão se reunir com a Defensoria Pública do Pará nesta quarta-feira, 21, para discutir a situação do naufrágio do navio Haidar, que carregava cinco mil bois e adernou no Porto de Vila do Conde há duas semanas. Em nota, o diretor do Interior da instituição, Daniel Lobo, diz que o encontro será de ordem prática e que pretende assinalar as atribuições e responsabilidades de cada empresa envolvida no caso.
A Defensoria espera também que sejam definidos prazos e cronogramas para que as famílias prejudicadas pelo naufrágio sejam atendidas. As medidas definidas na reunião devem ser encaminhadas à Justiça Federal, onde já corre uma ação civil pública contra as empresas, movida pela entidade juntamente com o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA).
No processo, as instituições pedem que sejam paralisadas as atividades no Porto de Vila do Conde, o que afetaria embarques de grãos e minérios. A exportação de gado vivo já está suspensa por determinação da Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas).
Ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado), o novo ministro da Secretaria Especial de Portos (SEP), Helder Barbalho, caracterizou a ação como "absolutamente inconveniente" e disse que não há sentido em paralisar todo o porto devido a problemas em um píer que já foi interditado. Nesse sentido, o encontro entre as empresas e a Defensoria pode vir a minimizar as chances de a suspensão das operações ocorrer.
Nesta terça-feira, 20, a coordenadora da força-tarefa da Defensoria para atender o caso, Aline Rodrigues, visitou as ilhas atingidas pelas carcaças de bois que morreram no naufrágio e que escaparam às barreiras de contenção instaladas na zona portuária. Estima-se que 200 carcaças foram parar em praias turísticas da região, ocupadas por famílias ribeirinhas. Parte dos 650 mil litros de óleo do navio Haidar também se espalhou pela região, impossibilitando a pesca - fonte de renda para parte dos habitantes.
Na semana passada, a prefeitura de Barcarena disponibilizou um ginásio de esportes para acolher moradores, devido ao mau cheiro no local, mas muitas famílias optaram por não deixar a região atingida com medo de possíveis furtos em suas residências.
Para minimizar os impactos sociais, a SEP anunciou na última sexta-feira a distribuição de cinco mil cestas básicas à comunidade de Vila do Conde e se comprometeu a garantir um salário mínimo mensal por família atingida, até que a remoção do navio seja concluída.
O processo de salvatagem é conduzido pela holandesa Mammoet Salvage e deve levar quatro meses. Já a retirada do óleo do navio deve ser concluída no início de novembro. A Minerva também presta suporte às famílias afetadas e teria distribuído outras cinco mil cestas básicas.
Fonte: Diário do Grande ABC/Estadão Conteúdo.

RONDÔNIA EXPORTA CARNE BOVINA E MADEIRA PARA A EUROPA VIA PORTO DE BELÉM.

Pela primeira vez, ontem, terça-feira (20), Rondônia exportou 18 contêineres de carne bovina e 14 de teca (madeira de reflorestamento de origem asiática) para a Europa, via porto de Belém (PA), economizando tanto em distância quanto em valor de frete com relação aos portos de Manaus (AM) e Paranaguá (PR), rotas usadas até o momento. Os destinos finais são os portos de Rotterdam e Tiel na Holanda.

Numa parceria do governo de Rondônia com os Frigoríficos Friboi, Minerva, Tangará e JBS de Rondônia e as empresas de transporte Atlântica Matapi de Belém e CMA CGM da França (terceiro maior armador do mundo), está sendo experimentada pela primeira vez a rota porto fluvial de Porto Velho, porto fluvial e marítimo de Belém, até os portos marítimos da Holanda.

O trecho fluvial, entre Porto Velho e Belém, fica a cargo da empresa Atlântica Matapi que fará o transbordo no dia 28 de outubro para o maior navio de carga do mundo, CMA CGM Jules Verne (com capacidade para 18 mil contêineres de seis metros de comprimento), que fará o trecho marítimo, via Oceano Atlântico, até os portos de Rotterdam e Tiel, conforme o diretor comercial da empresa francesa no Brasil, Márcio Assis.

“Inicialmente estamos levando uma pequena carga de carne bovina, em 18 contêineres refrigerados (510 toneladas), a fim de verificar a viabilidade da rota via Belém. Sabemos que o transit time (tempo de trânsito) será menor e o valor do frete fluvial muito mais competitivo”, disse Carlos Pinto Júnior, diretor comercial da Atlântica Matapi.

Em comparação com a rota via Porto de Paranaguá, quando o exportador somente pode faturar a mercadoria 70 dias depois de enviada, via Porto de Belém, agora o faturamento pode ser feito em 30 dias, segundo Carlos Pinto.

Dário Lopes, da empresa BDX Florestas, especializada em comercialização de teca explicou que a adaptação da teca em Rondônia é surpreendente, com rendimento superior a 25% a qualquer outro lugar do planeta, e com menos de 15 anos já atinge a maturidade e pode ser comercializada. “Nossos principais mercados consumidores são Índia, Vietnam, Singapura e vários países da Europa”, assinalou.

A BDX Florestas já comercializa a teca desde 2013, ano em que exportou 35 containeres, contendo 600 m³ (metros cúbicos). Em 2014 a exportação aumentou para mais de 1.090 containeres, contendo 19.100 m³, gerando uma renda líquida de U$ 9.2 milhões (R$ 27,6 milhões em câmbio da época) para o estado. “Desde o início tivemos a ajuda da Seagri [Secretaria de Estado da Agricultura] nos trâmites legais. Este ano a previsão de envio para o exterior é de ao menos 2.600 containeres, contendo 45.000 m³, mais do que dobrando o volume exportado e a arrecadação para Rondônia”, afirmou Dário Lopes.

Outros produtos que já possuem certificação para exportação (Sistema de Inspeção Estadual – SIE – e Sistema de Inspeção Federal – SIF), como os peixes tambaqui e pirarucu, o café clonal e o cacau, já estão nos planos das parceiras Atlântica Matapi e CME CGM. “Isso porque somos especialistas em logística fluvial e marítima, dispomos de containeres dry (para cargas secas) e refrigerated (cargas que necessitem de refrigeração) e também os maiores e melhores navios que garantem rapidez e segurança”, afiança Márcio Assis.

O secretário da Agricultura de Rondônia, Evandro Padovani, disse que os projetos que visam exportação dos produtos de Rondônia são prioridade no governo Confúcio Moura, e a abertura de novas rotas que reduzam o custo e o tempo entre os mercados consumidores da Europa, Estados Unidos e Ásia, aumentam a rentabilidade das empresas e antecipam a arrecadação de impostos são vitais para a economia do estado.

Fonte: Secom - Governo de Rondônia

terça-feira, 20 de outubro de 2015

SITE REÚNE OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTOS EM LOGÍSTICA NO BRASIL.

Informações sobre o Brasil, oportunidades de investimento em logística, o mercado doméstico, macroeconomia e demandas de infraestrutura são alguns dos dados estratégicos apresentados no site Logística Brasil, uma das ferramentas de comunicação do Programa de Investimento em Logística (PIL), promovido desde 2012 pelo governo federal.
No site, os investidores interessados podem conferir o passo a passo das concessões, como os documentos publicados, processo geral e estágio atual, além de detalhes dos estudos e documentos publicados.
O Logística Brasil apresenta também as condições de financiamento do PIL, que incluem um importante papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ampla participação dos bancos e do mercado de capitais, emissão de debêntures de infraestrutura e oportunidades para investidores nacionais e internacionais.
Outro ponto importante é um canal direto de atendimento ao investidor, pelo e-mailinvestimentosbrasil@planejamento.gov.br, atendido pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP). Também estão disponíveis informações relevantes, como dados sobre agências reguladoras, abertura de empresas, incentivos e isenções fiscais, o sistema legal brasileiro e vistos de trabalho. O conteúdo do site também está disponível em inglês.
SOBRE O PIL
A etapa 2015-2018 do PIL foi lançada em junho, para dinamizar a economia nacional e desenvolver uma infraestrutura mais integrada e moderna. Os objetivos são aumentar a competitividade do país, escoar com eficiência sua crescente produção agrícola, reduzir os custos de logística para a indústria, atender ao crescimento das viagens nacionais e internacionais e ampliar as exportações.
Essa nova fase de concessões tem investimentos projetados em R$ 198,4 bilhões, sendo R$ 66,1 bilhões em rodovias, R$ 86,4 bilhões em ferrovias, R$ 37,4 bilhões em portos e R$ 8,5 bilhões em aeroportos. Desde o seu lançamento, quatro meses atrás, diversos resultados já foram alcançados.
No setor rodoviário, destacam-se a homologação do leilão da Ponte Rio-Niterói, o recebimento de estudos referentes a quatro rodovias (atualmente um está em análise no TCU e os outros 3 em começo ou fim de audiência pública) e a autorização para realização de 301 estudos de 11 Procedimentos de Manifestação de Interesse (PMI)
Em relação à malha ferroviária, foram recebidos e estão em andamento estudos ligados à trechos distintos da Ferrovia Norte-Sul e uma audiência pública já foi realizada (sobre a concessão do trecho Rio de Janeiro-Vitória, cuja modelagem econômico-financeira está sendo desenvolvida).
Na área de portos, foram prorrogados os contratos de 3 arrendamentos, autorizados 6 terminais de uso privado (TUP) e os primeiros editais de licitação referentes a arrendamentos de terminais portuários serão publicados no dia 26 de outubro. Esse primeiro grupo de concessões é composto por quatro terminais, no Porto de Santos (SP) e em Vila de Conde (PA).
Há, ainda, estudos em andamento para quatro aeroportos, em Fortaleza, Salvador, Porto Alegre e Florianópolis. Em relação aos aeroportos regionais, já foram autorizadas oito concessões e realizados dois leilões (em Araras/SP e Caldas Novas/GO).
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério do Planejamento

NOVOS TERMINAIS FAVORECEM OPERAÇÃO DE CABOTAGEM NO PORTO DE SANTOS.

A chegada de dois novos terminais de contêineres no Porto de Santos, o da Brasil Terminal Portuário (BTP) e o da Embraport, acabou ampliando o espaço para armazenagem de cargas no complexo e aumentando a competitividade pela melhor tarifa - fatores que se mostraram decisivos para o crescimento das operações de cabotagem nos oitos primeiros meses do ano. A opinião é de executivos do cais santista, que enxergam na navegação costeira uma oportunidade em meio à crise econômica.
A consolidação das novas instalações, que iniciaram suas operações há dois anos, encerrou a briga por espaço entre a carga de longo curso e aquela que é distribuída pela costa do País. A primeira é mais lucrativa (de duas a três vezes a mais que a outra opção) na cadeia logística e, naturalmente, era a prioridade das instalações portuárias. Agora, o cenário mudou.
A Libra Terminais reiniciou suas operações de transbordo em Santos este mês. O gerente comercial da empresa, Marlos Tavares, estima que o crescimento previsto de 20% na movimentação, para este ano, ocorra em razão da retomada do serviço. “O Porto tinha um problema de restrição de espaço que foi eliminado. Hoje, todo o mercado está de olho nessa carga”.
A redução de tarifas foi uma das estratégias adotadas para firmar o novo acordo, admite o diretor. “É consequência. Resultado da concorrência”.
Vislumbrando essa disputa, a Santos Brasil, administradora do Terminal de Contêineres (Tecon), consolidou, neste semestre, quase um terço de suas operações na cabotagem. O plano foi traçado há três anos, quando se decidiu diversificar a prestação de serviços na unidade, não atendendo apenas às necessidades das cargas de longo curso.
“O segmento (navegação costeira) tem crescido dois dígitos nos últimos anos. E tem uma projeção de demanda que vai se manter aquecida nos próximos cinco anos”, antecipa o diretor comercial da Santos Brasil, Marcos Tourinho.
Cadeia logística
Para o diretor comercial da Brasil Terminal Portuário (BTP), Cláudio Oliveira, o serviço é um importante “elo” para a cadeia logística. A carga de navegação costeira representou, nos primeiros oito meses do ano, 35% (171.008 TEU) da movimentação da empresa, três pontos percentuais a mais do que no mesmo período de 2014.
Oliveira tem opinião semelhante à do colega Fabio Siccherino, diretor de Novos Negócios da Embraport. Ambos defendem a existência de terminais capazes de concentrar cargas de longo curso para que elas possam ser distribuídas pela costa. Para eles, o fato estimula o mercado.
“A maior competitividade e o consequente aumento da produtividade das instalações são grandes aliados dessa expansão, pois proporcionam ao modal maior agilidade, melhores condições de atendimento e menor custo”, diz o diretor da BTP.
Posição semelhante defende o diretor de Logística e Supply chain da Rodrimar, Willy Maxwell. Apesar de o terminal da empresa não operar mercadorias de navegação costeira, a companhia, como operadora logística, incentiva o uso da modalidade, principalmente para reduzir gastos de clientes acostumados a usar as rodovias como única alternativa de escoamento. “A cabotagem, sem dúvida, é uma vantagem muito grande, diante dos caminhões, para grandes distâncias. É preciso acreditar nela e criar meios para que se desenvolva verdadeiramente”.
Fonte: A Tribuna online/JOSÉ CLAUDIO PIMENTEL

OPERAÇÕES DE CABOTAGEM TÊM ALTA RECORDE NO PORTO DE SANTOS.

A movimentação de cargas de cabotagem – aquelas transportadas em navios ao longo da costa – no Porto de Santos teve um crescimento recorde de 30% nos oito primeiros meses do ano, na comparação com o mesmo período do exercício anterior. O dado é da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, a Autoridade Portuária) e comprova a expansão do transporte marítimo na logística brasileira. Redução de custos operacionais e maior competitividade são as justificativas para a alta nesse serviço.
Os números da Docas incluem tanto as mercadorias especificamente de cabotagem como as de transbordo – as que, transportadas em navios de longo curso, são descarregadas no Porto para posterior embarque em linhas de cabotagem, ou vice-versa.
Conforme o levantamento da Codesp, a carga geral é a principal responsável pela alta nessa movimentação, com um crescimento de quase 20%. Em seguida, estão os granéis líquidos (combustíveis e compostos químicos), com 15% a mais.
Nessas operações, as mercadorias contêinerizadas cresceram 30%: saltando de 381.350 TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), em 2014, para 495.294 TEU, neste ano. Do total de 2015, 238.009 TEU foram pontualmente de transbordo.
Para o presidente da Docas, Angelino Caputo e Oliveira, os dados mostram mais do que o crescimento da cabotagem propriamente dito. Os números evidenciam a consolidação do Porto de Santos como um hub port (porto concentrador), onde as cargas chegam do mundo e são distribuídas pelo modal hidroviário, por outros cargueiros, pelo País.
“É a vocação do Porto”, fala o executivo, ao destacar os investimentos no cais santista – como a manutenção da dragagem, que garante as condições de navegação no complexo e permite a vinda de navios maiores, com maior quantidade de carga. “São esses cargueiros que trazem o contêiner de transbordo, a ser levado para outros portos brasileiros por navios menores, capazes de serem recebidos por lá”.
O levantamento da companhia também mostra maior movimentação de embarcações de cabotagem em Santos. Nos oito primeiros meses do ano, houve 3.269 escalas de navios no cais. Dessas, 564 eram de embarcações com atuação pela costa. A participação é de 17%, superior aos 14% registrados no mesmo período em 2014, quando aconteceram 488 dessas escalas.
Esse resultado também é motivado pela maior oferta de espaço para recepção e armazenagem das cargas de cabotagem no Porto, aponta Caputo, que vê uma retomada da navegação costeira em Santos. Entre 2011 e 2013, houve uma queda de 30% no comparativo com o período 2008-2010.
“Eu acredito que a competição para a atividade econômica é positiva. Enquanto uns terminais forem mais eficientes que outros e oferecerem um custo melhor, os clientes serão beneficiados”. Para o presidente da Codesp, a chegada de dois novos terminais de contêineres ao complexo santista possibilitou isso: mais espaço para carga, mais competição e menores tarifas.
O aumento da cabotagem ainda reflete a atual crise econômica, uma vez que esse tipo de transporte é mais barato, proporcionalmente, do que o rodoviário, diz Caputo, “É, certamente, um aumento acima das expectativas. Crescer nessa conjuntura já é um grande ganho”, afirma.
Fonte: A Tribuna online/JOSÉ CLAUDIO PIMENTEL

PARA ARMADORES, NAVEGAÇÃO COSTEIRA ATRAI MAIS CARGAS E CLIENTES.



Dois dos três principais armadores que operam linhas de cabotagem na costa brasileira registram crescimento na movimentação de cargas e ainda aumento na cartela de clientes que utilizam o serviço. A confiabilidade ao sistema, que hoje segue rígida programação, e a redução de custos diante da economia em crise são avaliadas como fatores responsáveis pela alta.
A Aliança Navegação, empresa do grupo alemão Hamburg-Süd e que atualmente opera 12 navios de cabotagem capazes de transportar, juntos, até 78 mil TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) pelo Atlântico Sul, viu a cartela de clientes crescer 15% no ano, mesmo diante da crise. Em consequência, a empresa teve alta de, ao menos, 14% no número de escalas realizadas em Santos, na comparação com 2014.
O gerente de vendas para cabotagem da armadora, Jaime Batista, explica que os índices positivos são decorrência da procura pela redução de custos entre as companhias que operam no Brasil. “O custo logístico é um item importante que pode onerar mais ou menos na cadeia produtiva das empresas ou na competitividade de venda do produto em determinadas regiões”, afirmou.
Para transportar mercadorias por distâncias acima de 1 mil quilômetro, entre o norte e sul do País, é mais vantajoso utilizar a navegação costeira, conforme o presidente da Mercosul Line, Roberto Rodrigues. Ele calcula que a economia para o cliente pode ser de pelo menos 25% no frete total da carga, além de até 40% no valor do seguro aplicado ao serviço.
Hoje, a Mercosul, do grupo dinamarquês Maersk, possui três cargueiros com linhas semanais pelos portos brasileiros. Juntos, podem transportar até 7,5 mil TEUs. Neste ano, a armadora também registrou aumento de 25% na cartela de clientes, que tornou-se mais variada, assim como a de sua concorrente. Atualmente, a armadora atende empresas dos ramos de higiene e limpeza, alimentos industrializados, bebidas, embalagens, papel e celulose, além dos setores de saúde e farmacêutico.
94 por cento das escalas dos navios de cabotagem da armadora Mercosul Line ocorreram no prazo
A ampliação na quantidade de clientes se deve ao custo mais baixo do modal e, em especial, à confiabilidade que o sistema hoje possui. Jaime Batista, da Aliança, afirma que a cabotagem oferece alternativas em frequência, tempo de trânsito e abrangência nacional, “com alto grau de aderência às demandas e necessidades logísticas”, inclusive no que se refere ao comércio varejista.
O presidente da Mercosul, Roberto Rodrigues, destaca o percentual de chegada de navios da armadora no prazo determinado nas escalas: 94% no balanço deste ano. “Este é um ótimo índice de confiabilidade. Os 6% referem-se a mau tempo, fechamento de portos, por exemplo. São fatores externos que fogem do nosso controle, mas são mínimos".
O respeito aos prazos acordados é estratégico para ampliar a confiança do mercado no serviço, destaca Rodrigues. “Existia um preconceito na cabotagem, criado lá atrás pelas empresas, quando ainda não existia uma oferta regular. Hoje é diferente e o mercado está comprovando”, afirma, ao referir-se à regularidade e à redução de custos.
Fonte: A Tribuna online/JOSÉ CLAUDIO PIMENTEL

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

CÂMBIO CRIA OPORTUNIDADE DE EXPORTAÇÃO PARA A ÁFRICA.

O real desvalorizado frente ao dólar cria oportunidade para exportadores brasileiros no continente africano. Há demanda para setores como vestuário, alimentos, construção civil e oportunidade de investimentos em segmentos como infraestrutura e saúde, entre outros, segundo Rui Mucaje, presidente da Câmara de Comércio Afro-brasileira (Afrochamber).
Para Mucaje, os olhos dos exportadores brasileiros ainda estão muito voltados à Europa e Ásia, mas há grande interesse em estreitar relações com países africanos. Nesse sentido, diz ele, há vários esforços dos países para conhecer melhor o Brasil e também facilitar o comércio, com medidas como redução do tempo de transporte entre América do Sul e África. Ele destaca que, atualmente, a Ásia representa cerca de 33% dos embarques brasileiros, enquanto os mercados africanos ficam com apenas 4,3%.
Em 2014, o comércio bilateral entre Brasil e o continente africano fechou com déficit de US$ 7,3 bilhões, pouco mais que os US$ 6,3 bilhões de 2013. No acumulado de janeiro a setembro deste ano, o saldo negativo é bem menor (US$ 228,6 milhões, resultado influenciado pela queda na importação de petróleo e nafta. Na pauta de exportação brasileira aos africanos predominam alimentos, entre produtos agrícolas e carnes.
Mucaje defende, porém, que as relações comerciais sejam alongadas. Ele conta que há muitas empresas interessadas em exportar para países africanos. "Não há dúvida que o ambiente está propício, mas a relação comercial precisa ser avaliada no médio e longo prazo." Há mercados na África, diz Mucaje, nos quais predominam os produtos asiáticos mas, com o câmbio atual, é possível que o produto brasileiro ganhe competitividade.
"Há muitas empresas interessadas em fazer somente uma operação", diz. "A ideia é mudar isso. Propiciar que uma empresa exporte agora, crie fidelização e mais tarde tenha uma unidade na África, porque há demanda para isso."=====================
Fonte: Valor Econômico/Por Marta Watanabe | De São Paulo

PROMOTORIA PEDE FECHAMENTO DO PORTO PARAENSE ONDE NAVIO NA.UFRAGOU COM 5 MIL BOIS VIVOS

O Ministério Público Federal, o Ministério Público do Pará e a Defensoria Pública do estado entraram com ação judicial pedindo a paralisação total das atividades no Porto de Vila do Conde, em Barcarena (PA), até que sejam removidos as carcaças e o óleo do navio que naufragou no dia 6 com uma carga de 5 mil bois vivos.
Segundo a Defensoria, 4 mil animais mortos e litros de óleo diesel continuam dentro do casco do navio. Centenas de bois mortos foram levados pelas águas do Rio Pará para as margens da praia e ficaram encalhados na areia, provocando mau cheiro e risco para a saúde.
A ação pede ainda que seja assegurado o fornecimento de máscaras contra odor, água potável e ajuda financeira para os moradores atingidos e que seja aprovado um cronograma para retirada do óleo e das carcaças que ainda estão no navio.
“A cidade está um caos. Pedimos o fechamento do porto porque a atividade inviabiliza a retirada da carcaça. Os navios em operação estariam espalhando o óleo no rio”, disse a defensora Aline Rodrigues. “O odor é insuportavel. Os olhos ardem. Moradores estão com dor de cabeça desde o primeiro dia. Sem exagero, a situação é caótica."
Morador da Vila do Conde, o comerciante Paulo Damasceno informou que os as pessoas usam máscaras para suportar o mau cheiro dos animais. “Todo mundo foi atingido. Muita gente está trancada em casa. Crianças e idosos passaram mal com o forte cheiro. Para piorar, muitas famílias não têm mais o sustento da pesca. Ninguém quer mais vir no meu comércio.”
Ainda não se sabe a quantidade de óleo que vazou, mas, segundo o Ministério Público Federal, a mancha se espalhou por alguns quilômetros. A carga de bois mortos no interior do navio é estimada em 3,8 mil toneladas.
A empresa responsável pelo porto é a Companhia Docas do Pará, que ainda não revelou como vai retirar as carcaças do navio. Uma das soluções apresentadas foi enterrar os restos mortais em um terreno da cidade, mas a população protestou contra a medida.
“A população está desesperada. Quem conseguiu ir para outros lugares, foi. As pessoas andam de máscara e dificilmente saem de casa. O problema está só começando”, afirmou a defensora.
Em nota, a Companhia Docas do Pará informou que está se esforçando para restabelecer as condições operacionais, ambientais e de segurança da área atingida. Entre outras medidas, acrescentou que colocou barreiras de contenção para evitar a dispersão do óleo vazado da embarcação.
Fonte: A Crítica (Manaus)/AGÊNCIA BRASIL

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

MPF DO PARÁ ENTRA COM AÇÃO PARA INTERDIÇÃO DO PORTO DE BARCARENA.

SÃO PAULO - O Ministério Público Federal (MPF) do Pará, o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) e a Defensoria Pública do Estado entraram com uma ação hoje na Justiça Federal em Belém pedindo a interdição do porto de Vila do Conde, em Barcarena. A medida visa paralisar totalmente as operações portuárias até que seja apresentada uma solução para a remoção das carcaças de animais e do combustível do navio Haidar, de bandeira libanesa, que afundou no dia 6 com de 5 mil bois vivos.
Segundo as entidades, o porto não tinha plano de contingências para esse tipo de ocorrência e a demora em tomar providências aumentou o potencial de catástrofe ambiental. Por esse motivo, são réus na ação a Companhia Docas do Pará (CDP), administradora do porto, a Global Norte Trade, responsável pela operação portuária, e o frigorífico Minerva Foods, corresponsável por ter vendido a carga.
Para as três entidades, as medidas tomadas até agora não surtiram efeito, seja quanto ao óleo já derramado, ao óleo ainda existente na embarcação ou quanto aos animais. Após o acidente, as autoridades portuárias fizeram uma barragem de contenção na tentativa de evitar que fossem liberados nas águas cerca de 4,5 mil animais mortos presos dentro do navio, assim como 700 mil litros de óleo diesel. A barreira, no entanto, se rompeu e uma pequena parte da carga, já em avançado estado de putrefação e contaminada por óleo, foi parar nas praias do município de Barcarena e nas de Abaetetuba, no município vizinho.
“O licenciamento ambiental para a movimentação de carga viva foi aprovado sem um plano de contingenciamento”, disse o procurador do MPF Bruno Valente.
Para o presidente da CDP, Parsifal Pontes, ex-deputado pelo PMDB que assumiu recentemente o posto, trata-se de um erro que deve ser cobrado da Secretaria de Meio Ambiente do Pará. “O que estamos fazendo agora é esse contigenciamento, que deveria estar no licenciamento, mas parar um porto agora não resolve nada nem acelera a remoção dos animais”.
Conforme Pontes, a eventual paralisação afetaria de forma significativa o caixa da CDP, já que Vila do Conde representa 80% da receita mensal de R$ 20 milhões. “Temos uma empresa trabalhando para a remoção dos animais e da embarcação, mas isso é algo para quatro meses até a finalização. Há terminais de empresas como a Hydro e a Santos Brasil que serão também muito afetadas se o porto parar”.
O escoamento de milho, realizado pelas tradings ADM e Bunge, não será afetado. As empresas têm terminais privados fora da área do porto organizado. Em comunicado enviado hoje à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Minerva informou que “não há expectativa de alteração do curso normal dos negócios”. As exportações de boi vivo representam cerca de 8,5% da receita líquida da companhia. Vila do Conde é a principal porta de saída desse tipo da carga.
No comunicado, Minerva também reafirmou que não é responsável pelo acidente, mas “parte prejudicada”. “A companhia entende que após a entrega da carga ao armador, toda a responsabilidade pela mesma passa a ser da empresa contratada para transporte fluvial e marítimo”, argumentou.
Além da interdição do porto, o MPF também pede que seja fornecido máscaras contra odor — cerca de 300 carcaças chegaram à praia —, água potável à população e ajuda financeira para moradores impactados. Segundo locais, o consumo de carne caiu devido à associação com os animais do navio libanês. Os poucos bois que conseguiram sair da água eram esperados por alguns munícipes com facas em punho, que fizeram o corte no local para a futura venda do produto à população.
(Fonte: Valor Econômico/Bettina Barros/Colaborou Luiz Henrique Mendes, de São Paulo)

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

LOG-IN PODE RECEBER APORTE DE FUNDO OU TER ATIVOS CINDIDOS.

A Log-In, empresa brasileira especializada na navegação costeira, deverá definir nas próximas semanas o formato de um processo interno de reestruturação em curso na companhia, disseram fontes consultadas pelo Valor. Há pelo menos dois cenários sendo considerados. O primeiro prevê a entrada de um fundo de private equity estrangeiro no capital da empresa, mantendo inalterado o negócio da Log-In. Outra possibilidade é a divisão dos ativos portuário e de navegação da empresa, segundo fontes envolvidas nas negociações.
Há interessados em ficar somente com o Terminal de Vila Velha (TVV), um porto especializado em contêineres da Log-In no Espírito Santo. No mercado, há informações de que a Maersk, um dos principais armadores de contêineres do mundo, é um dos candidatos a ficar com o TVV, mas não o único. Há outros investidores estrangeiros de olho no ativo. A Maersk afirmou que "não comenta sobre especulação de mercado".
O TVV movimentou 113,2 mil TEUs (contêineres equivalentes a 20 pés) de janeiro a junho, queda de 1,3% sobre igual período do ano passado. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) do terminal no período foi de R$ 26,6 milhões, queda de quase 41% sobre o primeiro semestre do ano passado. Outro ativo da Log-In são os navios que atuam na navegação costeira. Ao fim do primeiro semestre, a empresa contabilizava uma frota de nove navios em operação, sendo parte própria e parte afretada. A Log-In conta ainda com terminais intermodais.

Em maio deste ano, a Log-In publicou fato relevante afirmando que estava avaliando "alternativas estratégicas junto a potenciais investidores". A BR Partners já havia sido contratada, no segundo semestre do ano passado, para atuar como assessora financeira da Log-In na operação. Procurada para falar sobre a reestruturação, a Log-In disse que não iria se pronunciar. Em entrevista publicada este ano pelo Valor, o presidente da Log-In, Vital Lopes, reconheceu que a empresa buscava capital para investimento, mas afirmou na ocasião que a companhia não estava à venda. Na mesma entrevista deixou no ar uma interrogação ao dizer que a empresa "está à venda todos os dias" por ser de capital aberto e estar nos pregões da BM&F Bovespa.
Em 2007, quando ainda tinha a Vale como um de seus acionistas, a Log-In abriu o capital em bolsa, operação na qual captou R$ 848 milhões, e aderiu ao Novo Mercado. A Vale vendeu sua fatia na empresa no fim de 2013. Na estrutura acionária atual da Log-In, estão presentes a gestora Fama, a Petros, o fundo de pensão da Petrobras, e o Fator, além de outros investidores, entre os quais Arbela e Lapb.
Fontes do mercado dizem que a MSC e a CMA CGM, segundo e terceiro maiores armadores de longo curso do mundo, também estudam a Log-In como forma de entrar na navegação de cabotagem brasileira, onde já atuam seus concorrentes, os grupos Maersk e Hamburg Süd, por meio da Mercosul Line e Aliança, respectivamente. Oficialmente a MSC e a CMA CGM preferiram não se pronunciar. Recentemente, a CMA CGM e a Log-In firmaram um acordo de longo prazo no serviço Log-In Atlântico Sul, por meio do qual a companhia de origem francesa compra espaço no serviço da brasileira que escala diversos portos. O armador alemão Hapag Lloyd é outro interessado na Log-In, segundo fontes de mercado. Mas a empresa preferiu não comentar.
Nos últimos anos, a Log-In vem tentando consolidar sua operação e seus resultados. A companhia fechou o primeiro semestre de 2015 com prejuízo de R$ 130,7 milhões. O endividamento em 30 de junho era de R$ 1,6 bilhão, sendo mais de R$ 1 bilhão referente à construção de navios. No ano passado, a Log-In enfrentou dificuldades e precisou renegociar condições contratuais com o Estaleiro Ilha S.A (Eisa), do Rio, para levar adiante a construção de parte dos navios que havia encomendado e ainda não foram entregues. No começo deste mês, a Log-In divulgou comunicado informando que alongou prazos de dívida com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) relativa à construção de quatro navios.
Fonte: Valor

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

DESAFIO DO SETOR PORTUÁRIO É IMPULSIONAR A ECONOMIA BRASILEIRA, DESTACA HELDER.

Brasília – O ministro dos Portos, Helder Barbalho, afirmou  ontem, terça-feira (6), que a pasta é estratégica para impulsionar a atividade produtiva, aumentar a eficiência do escoamento e facilitar as exportações. “Hoje, a via marítima representa mais de 80% do fluxo de comércio em dólares e cerca de 95% das toneladas exportadas. Somos um país que tem no seu agronegócio uma grande força para o equilíbrio da sua balança comercial e da sua economia”, destacou em seu discurso durante a cerimônia de transmissão de cargo, ocorrida em Brasília.

Helder destacou que o desafio é se dedicar a abrir caminhos para que nossas empresas cresçam, com um mínimo de perda por problemas de transporte, dentro de prazos e custos razoáveis. “E é o que vamos fazer”, garantiu. O ministro destacou ainda o trabalho do seu antecessor, o agora deputado federal Edinho Araújo à frente da pasta. “Temos recursos para investir e temos uma parte importante do caminho andado. Então, esta é a hora da realização, em que nada pode ficar para depois”, afirmou.

O ministro lembrou que boa parte das ações estão em planos e programas da Secretaria de Portos. “Temos que dar continuidade ao trabalho realizado. Fazer mais com o que temos, como lembrou nossa presidenta”, disse, acrescentando que outro desafio é melhorar as condições de trabalho dos profissionais empregados na cadeia produtiva. “Aqui estaremos sempre de portas abertas para todos do setor”, ressaltou.

Balanço – Estavam presentes na cerimônia, os ministros do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), Nelson Barbosa, e o do Turismo, Henrique Eduardo Alves. O ex-ministro dos Portos, Edinho Araújo, fez um levantamento do período em que esteve à frente a pasta. Segundo ele, houve alteração de seis poligonais de portos públicos: Vila do Conde, no Pará; Barra do Riacho, no Espírito Santo, Salvador e Aratu, na Bahia, Porto Alegre e Pelotas, no Rio Grande do Sul. O novo desenho abre espaço para novos investimentos em terminais.

“Renovamos de forma antecipada cinco contratos de arrendamentos portuários, agregando investimentos privados de R$ 5,1 bilhões. Entregamos o Porto do Futuro, no Rio de Janeiro, o Terminal de Grãos do Maranhão e um novo terminal de celulose em Santos. Autorizamos a nova sinalização do Porto de Cabedelo e entregamos equipamentos portuários em Porto Velho, Rondônia”, acrescentou.

Edinho Araújo destacou a recente decisão do Tribunal de Contas da União, admitindo a possibilidade de outorga, que libera para licitação as primeiras oito áreas no Pará e em Santos, com previsão de investimentos de R$ 2,1 bilhões. “Isso abre a possibilidade de o governo federal arrecadar até R$ 1 bilhão com as outorgas”.

O ministro do MPOG, Nelson Barbosa, ressaltou que o trabalho realizado por Helder Barbalho no Ministério da Pesca e Aquicultura o credenciou para assumir os Portos. Ele anunciou ainda que o governo federal pretende fazer o primeiro leilão de portos ainda em 2015. “Estamos juntos na construção de um País forte”, finalizou Barbosa.

Fonte:Ascom/Secretaria de Portos - SEP/PR