sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Exportação de carne bovina do Brasil deve crescer 10% em 2018 em volume e receita.




As exportações de carne bovina do Brasil, considerando-se in natura e processados, devem crescer cerca de 10 por cento em 2018, tanto em volume quanto em receita, projetou nesta quinta-feira a associação dos exportadores do país, que descreveu o setor como “sólido” após diversos problemas neste ano.

De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), o país deve embarcar no próximo ano 1,68 milhão de toneladas de carne bovina, alta de 9,8 por cento na comparação com 2017. A receita cambial com as vendas deve avançar 10,5 por cento, para 6,9 bilhões de dólares.

A expansão deve dar sequência aos ganhos da cadeia produtiva nacional, que neste ano já registrou números considerados “satisfatórios” pela Abiec.

Em um 2017 marcado por operação Carne Fraca, delações da JBS e embargos de Estados Unidos e Rússia, as exportações de carne bovina do Brasil devem totalizar 1,53 milhão de toneladas, alta de 9 por cento ante 2016, com receita de 6,2 bilhões de dólares, avanço de 13 por cento na mesma base de comparação.

Segundo a Abiec, as projeções para 2018 levam em conta a retomada das exportações de carne bovina in natura para os EUA, o incremento de plantas habilitadas a vender à China, início de embarques para Indonésia e Tailândia e retomada do fluxo de negócios com as Filipinas.

Também devem ajudar a liberação de Cingapura para exportação de carne com osso e miúdos e a ampliação da cota permitida pela União Europeia para vendas do Mercosul.

COMPRADORES

Conforme a Abiec, Hong Kong, China e Rússia são, nessa ordem, os maiores importadores de carne bovina do Brasil em 2017 –os dados informados vão até novembro.

No acumulado deste ano até novembro, esses países elevaram as compras em 20,6, 26,1 e 16 por cento, respectivamente, ajudando no desempenho do setor.

A carne in natura domina as exportações brasileiras até o momento, com quase 80 por cento das vendas.

Ainda segundo a Abiec, agosto foi o mês com o melhor resultado para o setor em 2017. Na ocasião, foram exportadas 150 mil toneladas e faturados 622 milhões de dólares.

Em contrapartida, abril, logo após a deflagração da Operação Carne Fraca, registrou vendas de apenas 93,1 mil toneladas, com receita de 378,45 milhões de dólares.

Fonte: G1

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Exportações pelo Porto do Pecém cresceram 97% em novembro.



O Porto entra na reta final do ano mantendo o crescimento e superando os resultados conquistados em 2016. A movimentação acumulada de 2017 (14.329.188 toneladas) do Terminal Portuário do Pecém foi 45% acima do mesmo período do ano anterior. 

As exportações subiram 97%, atingindo a marca de 3.560.420 t no período de janeiro a novembro deste ano. Os destaques da movimentação ficaram por conta das movimentações de placas de aço (2.340.538 t), frutas (168.136 t) e gás natural (121.511 t). 

Enquanto as importações cresceram 33%. Resultado puxado pelo carvão mineral (4.619.756 t), gás natural (634.829 t) e produtos siderúrgicos (204.803 t). 

“Vivemos um ótimo momento no cenário internacional, estamos tendo visibilidade e potencializando isso para os negócios, com a exportação de produtos de excelente qualidade produzidos no Ceará e em estados vizinhos. Ao mesmo tempo em que somos porta de entrada para as importações que têm outros destinos a partir do Pecém. Tudo isso se reflete em desenvolvimento para o nosso Estado”, afirma Danilo Serpa, presidente do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP). 

Navegação Nacional 

A navegação entre portos brasileiros (cabotagem) cresceu 64%, se comparado ao mesmo período do ano anterior, esse crescimento se deu, principalmente, por conta dos desembarques de minério de ferro (3.785.941 t), produtos siderúrgicos (295.999 t) e arroz (185.558 t). Destacaram-se também os embarques de farinha de trigo (113.551 t), sal (112.164 t), cimentos (59.629 t) e placas de aço (41.359 t).

Volume 

O granel sólido foi a carga mais relevante em toneladas, participou com 59% do total movimentado pelo Porto (8.527.123 t), seguido da carga geral solta 2.818.780 t (20%), carga conteinerizada com 2.188.953 t (15%) e do granel líquido com 794.332 t (6%).

A movimentação de contêineres foi de 110.162 unidades. Essa quantidade representou um crescimento de 16% em relação ao mesmo período de 2016.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Após seis dias, termina embarque de gado no Porto de Santos.



O primeiro embarque de “cargas vivas” do Porto de Santos nos últimos 17 anos terminou na tarde desta segunda-feira (4). Às 15h35, o último dos 26.895 garrotes (boi jovem, pesando cerca de 250 quilos) foi embarcado no navio Nada, atracado no ponto dois do Cais do Saboó, na Margem Direita do complexo marítimo.

A operação, iniciada na noite da última quarta-feira (29), foi realizada pelo terminal Ecoporto Santos, que tem sua instalação portuária na região e integra o grupo EcoRodovias.

Os bois, de propriedade da Minerva Foods, um dos principais exportadores de carne bovina e gado vivo do Brasil, chegaram ao cais santista em caminhões adaptados para este tipo de transporte. Cada veículo carregava 90 cabeças de gado. 

Os animais, vendidos para criadores da Turquia, seguem para o Porto de Iskenderum, localizado às margens do Mar Mediterrâneo e um dos principais do país. A viagem deverá levar 15 dias e meio, dependendo das condições de navegação.

O Nada (palavra árabe que significa Orvalho) zarpou de Santos às 17h30, passando pela região da Ponta da Praia por volta das 18 horas.

Fonte: A Tribuna

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Sistema portuário do país movimenta 17,3 milhões de toneladas a mais neste 3º trimestre.




Desempenho representa crescimento de 6,6% na movimentação de cargas nos portos em comparação com o mesmo período de 2016, de acordo Boletim Informativo Aquaviário produzido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ

Os portos brasileiros, que inclui os portos organizados e os terminais de uso privado (TUP) do país, movimentaram 279,3 milhões de toneladas no terceiro trimestre de 2017. O resultado representa aumento de 6,6% em relação a igual período de 2016, quando foram movimentadas 262,1 milhões de toneladas. Os números são do Boletim Informativo Aquaviário do terceiro trimestre de 2017, produzido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).

De julho a setembro, os TUPs foram responsáveis por movimentar 182,5 milhões de toneladas. Em 2016, foram movimentados 172,3 milhões de toneladas pelos terminais de uso privado. A diferença entre os dois resultados foi de 6% a mais em cargas movimentadas, em 2017.

O desempenho dos terminais de uso privado foi bastante significativo, segundo o gerente de Estatística e Avaliação de Desempenho da ANTAQ, Fernando Serra. “Trata-se, sem dúvida, de um avanço significativo, demonstrando respostas positivas às demandas por movimentação de cargas, principalmente no minério de ferro que responde por 49% da participação de mercado desses portos”, observou.

O resultado também foi expressivo nos portos organizados do país que registraram crescimento na sua movimentação. No trimestre, eles foram responsáveis pela movimentação de 96,8 milhões de toneladas, aumento de 7,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Os portos organizados que se destacaram na movimentação de cargas nesse trimestre, na comparação com igual período de 2016, foram Paranaguá (38,3%), Santos (11,7%), Santarém (147,4%) e São Francisco do Sul (39,4%).

Entre os principais portos que movimentaram contêineres no período, destaque para Santos (+11,0%), Rio Grande (+30,8%) e Paranaguá (+4,7%). Juntos, os seis principais portos representaram 87,2% de toda a movimentação de contêineres em portos organizados, em termos de tonelagem de carga bruta.

Já com relação aos terminais de uso privado (TUPs), Ponta da Madeira, localizado no Maranhão, foi um dos destaques. Na comparação com o terceiro trimestre de 2016, registrou alta de 13,1%, apresentando incremento de cerca de 5 milhões de toneladas, sendo 99% minério de ferro. Outro destaque entre os TUPs foi o Terminal Portuário do Pecém, que obteve 38,3% de aumento na sua movimentação em comparação ao terceiro trimestre de 2016.

Mercadorias/cargas

Entre os grupos de mercadorias com maiores movimentações no terceiro trimestre de 2017, os destaques foram minério de ferro (101,3 milhões de toneladas, acréscimo de 1,3%), e Petróleo, com 49,5 milhões de toneladas e decréscimo de 0,4%. Os contêineres foram a terceira carga mais movimentada, com 28,3 milhões de toneladas e crescimento de 8,2% no período.

Considerando-se o perfil das cargas, os granéis sólidos foram responsáveis por 64,9% da tonelagem de cargas movimentadas no Brasil nesse terceiro trimestre, representando 181,4 milhões de toneladas e crescimento de 9% em comparação a igual período de 2016. Foram movimentados ainda nesse trimestre 57 milhões de toneladas de granéis líquidos, número 0,5% superior ao montante movimentado em igual período do ano passado, e 12,6 milhões de toneladas de carga geral, correspondendo a queda de 1,1% em relação ao terceiro trimestre de 2016.

Segundo o Boletim da ANTAQ, esse pequeno recuo no terceiro trimestre se deveu, sobretudo, à movimentação de celulose (-14,1%) e de madeira (-17,2%). “Contudo, indica ainda o Boletim Aquaviário, é possível observar tendência de aumento de volume movimentado desse perfil no período 2015 a 2017, com a taxa de crescimento médio de +1,13% por trimestre”.

Nesse terceiro trimestre foram movimentados ainda cerca de 2,5 milhões de TEUs, ou 28,3 milhões de toneladas de cargas conteinerizadas, representando, respectivamente, crescimento de 6,4% e de 8,3% em relação ao terceiro trimestre de 2016. Houve crescimento nas importações (7,9%) e nas exportações (5,1%) desse tipo de carga, demonstrando que a corrente de comércio voltou a crescer nos dois sentidos, especialmente quando no trimestre anterior evidenciava-se uma queda de 8,1% nas exportações.

Navegações

As navegações de Longo Curso e interior apresentaram elevações nas quantidades de cargas movimentadas, respectivamente, de 6,3% e 52,9%, enquanto a Cabotagem ficou estável, com leve queda de 0,2%.

O crescimento nas movimentações de mercadorias importadas (4,7%) e exportadas (6,7%), correspondente à navegação de Longo Curso, demonstra claramente o reflexo da tendência de retomada do mercado interno e externo no Brasil, aponta o Boletim da ANTAQ.

Considerando-se o total acumulado no ano de 2017 (janº/setº), tem-se que a navegação de longo curso é a mais representativa dos tipos de navegação, com 74% do total de cargas movimentadas. Em seguida, vem a cabotagem, com 20% das cargas movimentadas, e a navegação interior, com 6%.

Fonte: Portos e Navios

APP paraense facilita gerenciamento de eventos corporativos.




Descomplicar a dura tarefa de organizar eventos. Essa é a principal funcionalidade do Agenda Aí, aplicativo genuinamente paraense criado por empresários locais movidos pelo interesse de facilitar o gerenciamento e a divulgação de eventos corporativos. A plataforma pioneira na área ganha o mundo a partir do lançamento em primeira mão no dia 30 de novembro, na abertura da Feira Pará Negócios, no Hangar Centro de Convenções.
O local do lançamento não poderia ser mais simbólico. A startup foi pensada após a experiência de um empresário local ter agendado, na edição do ano anterior, uma solenidade importante no dia da abertura da Pará Negócios. O problema foi contornado. Porém, a coincidência infeliz fez com que ele fosse buscar um aplicativo com essa funcionalidade. Sem encontrar a alterativa, o empresário decidiu investir na criação de uma ferramenta que evitasse que erros como esses se repetissem.
O intuito fundamental é de ajudar a reduzir a zero os ricos de que algo saia fora do programado num evento corporativo, desde a escolha da data, ao convite entregue aos convidados e o gerenciamento de tudo numa plataforma automatizada. O Agenda Aí nasceu com essa visão, de facilitar que o empresário alcance seus objetivos.
Em um ano, o Agenda Aí ganhou forma. Partindo de dois recursos muito utilizados atualmente pelas grandes start ups mundo afora, os operadores apostaram no georeferenciamento e a aplicação de Business Inteligence (BI) de dados. Além da empresa responsável pelo sistema operacional, o aplicativo leva a assinatura do designer Rodrigo Beckman Genu, que pertenceu aos estúdios Hanna Barbera, e que desenvolveu o layout da ferramenta.
Com o aplicativo, será possível acessar datas e horários programados, criar e compartilhar eventos, enviar convites para os contatos do telefone. O empresário ganha tempo e dinheiro, melhorando o potencial de alcançar os objetivos, seja em relacionamento ou em negócios.
Disponível em sistemas IOS e Android, o Agenda Aí poderá ser baixado em pacotes de assinaturas mensais. Em Belém, o APP inicia a jornada com grandes clientes, que optaram pela ferramenta em busca de facilidades e de trabalhar de forma automatizada: Simineral, Sindopar, ADVB, ACP, Fiepa, Cip e Faciapa. 
Serviço: Lançamento do Agenda Aí dia 30 de novembro na Pará Negócios. Apresentação ao público continuará até o dia 2 de dezembro no quiosque localizado no stand da ACP.

Fonte: SINDOPAR

TRANS 2018 será o maior evento de logística da Região Pan-Amazônica.



Setor responsável pela movimentação de U$ 100 bi ano no país, a logística a cada ano direciona seus investimentos no Estado do Pará. Seja pela localização privilegiada - próxima dos principais mercados consumidores internacionais – ou pela riqueza hidrográfica, o Estado se comporta como a nova solução do comércio exterior nacional. Neste cenário, a Trans 2018 - VII Congresso e Feira Internacional de Transporte e Logística da Amazônia será apresentada a autoridades, imprensa e líderes do setor produtivo no próximo dia 22 de novembro, às 17h, em coquetel na Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), apoiadora do lançamento.

Com o slogan: “Pará – Plataforma Logística Internacional”, a programação promete ser a maior janela de negócios do setor em toda a Pan-Amazônica, unindo no mesmo espaço congresso com palestras e painéis com especialistas respeitados na área, uma feira de equipamentos ultramodernos utilizados na movimentação portuária e no transporte multimodal e rodada de negócios internacional, programada para ocorrer de 20 a 22 de Junho de 2018, no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia.

O evento promovido pelo Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial e Lacustre e das Agências de Navegação do Estado do Pará – SINDARPA e Movimento Pró-Logística Pará (MPL-Pa) tem como principais objetivos a melhoria do ambiente de negócios para o setor logístico e da infraestrutura de Transportes do Pará, através dos corredores hidroviários e pela defesa de projetos estruturantes indispensáveis para a consolidação da Operação Arco Norte: Derrocamento do Pedral do Lourenço; Ferrovia Paraense; Porto de Águas Profundas e Polo Tecnológico Naval..

Para Eduardo Carvalho, presidente do SINDARPA e MPL PA, o TRANS pretende alavancar uma série de novos investimentos ao Estado e, diante da janela de oportunidades e crescimento econômico, consolidar um novo cenário de oportunidades. “O Pará pode promover impactos globais na logística interacional, pois sua localização permite maior competitividade para produtos da América Latina, além da diminuição do custo Brasil para a produção das commodities, como produtos agrícolas e a própria mineração”, explica o presidente.

Talento natural

Aproveitando o talento natural do Pará para a navegação, a organização espera estimular o aquecimento do setor portuário paraense, com projetos que alcem o Estado a um patamar de desenvolvimento e de qualidade operacional internacional, como, por exemplo, a proposta de transformar o Pará em um Polo Tecnológico Naval, referendado pela Faculdade de Engenharia Naval da UFPA.

De acordo com Alexandre Araújo, diretor-executivo do MPL-Pa, o projeto é importante para a sustentabilidade da “Operação Arco Norte” e, sobretudo, frente as inúmeras oportunidades para a atração de novos players e de novos negócios para a economia paraense. A ideia é uma das principais bandeiras da entidade, que defende o Para como a solução Logística mais competitiva para o Brasil e para o mercado marítimo internacional.

Evento comemora 20 anos

A TRANS 2018 além de comemorar vinte anos de sua primeira edição, terá como principal objetivo a reunião e a integração logística da Região Pan-Amazônica junto ao Brasil e à comunidade logística internacional, através de uma plataforma de debates e de negócios multisetorial, abordando temas relevantes para o desenvolvimento de uma Infraestrutura logística funcional e competitiva para o Brasil através dos Portos do Pará.

Fonte: FIEPA

Rumo diz ter R$ 6 bi para alongar Ferronorte.




Num aceno ao governo para que antecipe a renovação de suas concessões, a Rumo Logística, uma das maiores empresas do ramo no Brasil, garante que já levantou os R$ 6 bilhões - sem apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - para viabilizar, em quatro anos, uma extensão de 650 quilômetros da controlada Ferronorte, ligando Rondonópolis a Sorriso, no Mato Grosso.

O dinheiro viria do caixa próprio da companhia e de investidores estrangeiros, que já demonstraram interesse em entrar no negócio, disse o presidente-executivo da Rumo, Júlio Fontana Neto, no "Fórum Ferrovias e a Integração dos Modais", em Nova Mutum (MT), região médio-norte do Estado. "Não vai ter um centavo de dinheiro público", disse ele.

Com esses investimentos, a concessionária teria a oportunidade de avançar justamente até o médio-norte do Mato Grosso, região que mais produz soja e milho no Estado, que é o líder na produção brasileira de grãos. Hoje, a Ferronorte parte de Rondonópolis (MT) e se conecta à Malha Paulista - outra concessão da companhia, que corta São Paulo - até o Porto de Santos (SP), onde a empresa detém 50% da movimentação de cargas.

"Pela lei, eu posso pedir ao BNDES, mas queremos fazer com investimentos próprios", afirma Fontana Neto. "Mas já fizemos estudo do traçado, localização dos terminais de transbordo. O futuro da companhia é chegar mais perto do centro de produção", lembrou o executivo.

Por outro lado, Fontana observou que, antes da extensão da Ferronorte sair do papel, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) precisa renovar por 30 anos a concessão na Malha Paulista. A ANTT, no entanto, até chegou a estimar para outubro a assinatura dessa renovação, mas ainda avalia o pedido.

Em vigor desde maio, a MP das Concessões, que permitiu a prorrogação de várias concessões de infraestrutura do país, flexibilizou as regras para as concessionárias de ferrovias pedirem a renovação antecipada de seus contratos. Justamente o que defende a Rumo. A concessão da Malha Paulista vence em 2028, enquanto a da Ferronorte vence em 2079, por exemplo - as duas malhas se conectam.

Fontana Neto também voltou a estimar que, somente por conta da prorrogação da Malha Paulista, a capacidade total de transporte de grãos pela Rumo deve mais que dobrar a capacidade de transporte, para 75 milhões de toneladas, dentro de cinco anos. Hoje, a companhia movimenta 35 milhões de toneladas ao longo de 12,9 mil km de trilhos suas quatro ferrovias.

Além das malhas Paulista e da Ferronorte, a concessionária opera as malhas Oeste e Sul. "Já estamos na fase final dos investimentos na Malha Paulista, que começaram nos últimos anos e vão totalizar R$ 4,7 bilhões", disse.

Ao mesmo tempo em que se estusiasma com as oportunidades geradas pela possível ampliação da Ferronorte, porém, a Rumo descarta qualquer interesse na Ferrogrão, concessão desenhada pelo governo que só deve ser licitada em 2018 e que ligaria Sinop (MT) a Miritituba (PA). "Hoje, a Ferrogrão não é interessante para a Rumo. Meu negócio é mais ir para baixo, do que para cima [Arco Norte]", concluiu Fontana.

Fonte: Valor

Queda da agropecuária explica PIB menor no terceiro trimestre.




A queda do setor agropecuário foi o principal motivo para que, no terceiro trimestre, a alta do PIB brasileiro viesse abaixo das expectativas.

Segundo divulgou o IBGE nesta sexta-feira (1º), o PIB do terceiro trimestre teve alta de 0,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior. O dado veio abaixo do que previam os analistas, que esperavam alta de 0,3% no PIB.

A agropecuária foi o principal destaque negativo, embora fosse esperado que houvesse queda em razão do fenômeno da super safra no primeiro trimestre do ano, com colheitas recordes de milho e soja.

No terceiro trimestre, o setor da agropecuária teve queda de 3% frente ao segundo trimestre, quando já havia recuado 2,3%. As duas quedas consecutivas, contudo, não superam o resultado fora da curva dos três primeiros meses do ano, quando o setor teve alta 12,9%.

Impulsionado pela supersafra e pela alta do dólar, que beneficiou exportadores de alimentos, o setor foi um dos salvadores do PIB no primeiro semestre. A entressafra e expectativas menores de colheitas, por exemplo, de cana de açúcar, derrubaram o indicador da agropecuária para o terceiro trimestre.

Na ponta da produção, a indústria (0,8%) e serviços (0,6%) ajudaram a puxar o PIB para cima. Na comparação anual, contudo, a agropecuária mantém sua importância na atividade econômica. O setor teve alta de 9,1% em relação ao terceiro trimestre de 2016.

A coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, diz que, apesar de esperada, a queda da agropecuária impediu alta maior do PIB. Ela afirmou, no entanto, que o percentual baixo de crescimento (0,1% no terceiro trimestre) não significa uma reversão da tendência vista nos dois primeiros trimestres deste ano.

"O desempenho do PIB tem mais a ver com a queda da agropecuária do que uma reversão do ritmo da economia como um todo", explicou. "Excluindo o setor, a alta do PIB estaria entre 0,6% e 0,8%", disse.

Fonte: Folha SP

Hamburg Süd continua Hamburg Süd.




Com o fechamento da compra no dia 1º de dezembro, o grupo Hamburg Süd agora faz parte da empresa dinamarquesa Maersk Line e, portanto, é uma subsidiária da líder mundial do mercado no transporte de contêineres. "Sob este novo guarda-chuva, podemos fortalecer a posição da Hamburg Süd em todo o mundo em um ambiente de mercado desafiador, melhorar nossa posição no mercado e oferecer vantagens a nossos clientes", disse Arnt Vespermann, novo CEO da Hamburg Süd.

Ele trabalha na Hamburg Süd há 18 anos e integra a diretoria executiva desde 2009. Com a venda para Maersk Line, sucede como CEO o longevo "chairman" do Board Executivo Ottmar Gast, que continuará como presidente do Conselho Consultivo.

A Hamburg Süd continua a ser uma empresa comercialmente independente com suas próprias áreas de vendas e marketing, atendimento ao cliente e departamentos auxiliares como TI, Recursos Humanos, Finanças e Contabilidade. "Nossos clientes continuam a ser o nosso foco. Para eles, não haverá mudança no serviço que estão acostumados a receber de nós", disse Arnt Vespermann.

A gama de produtos da brasileira Aliança Navegação e Logística, com foco na cabotagem, continuará inalterada, e as subsidiárias que operam em rotas não-regulares (tramp) - Rudolf A. Oetker (RAO), Aliança Bulk (Aliabulk) e Furness Withy Chartering – assim, como a agência de viagens Hamburg Süd, também continuarão suas atividades comerciais como antes.




Fonte: Assessoria de Imprensa da Hamburg Süd

Cargill avalia projeto ferroviário de R$ 14 bi em parceria com rivais ADM e Bunge.


A unidade brasileira da multinacional do agronegócio Cargill está considerando participação com parceiros no projeto ferroviário Ferrogrão, disse o CEO da empresa no país, Luiz Pretti, durante evento em São Paulo.
Os parceiros no projeto de R$ 14 bilhões incluem as rivais ADM, Bunge e a brasileira Amaggi, disse Pretti.
Com cerca de 1,1 mil quilômetros de extensão, a Ferrogrão deverá ligar regiões produtoras de grãos do Centro-Oeste ao porto fluvial de Miritituba, no Pará, de onde as cargas seguem em barcaças até terminais no Norte do país, para depois serem exportadas.
A Cargill está aguardando a conclusão da modelagem do projeto antes de começar discussões com possíveis parceiros, disse Pretti, durante o evento.
O governo pretende realizar no ano que vem o leilão da concessão da Ferrogrão.
O vencedor do certame será aquele que oferecer ao governo federal o maior valor de outorga para a ferrovia.
Investimentos
A Cargill, que vende 36 bilhões de reais por ano no Brasil, já investiu US$ 1,2 bilhão no país ao longo dos últimos seis anos, disse o executivo.
No próximo ano, a Cargill planeja um investimento de R$ 500 milhões no Brasil, com 70% direcionado a projetos de infraestrutura, disse Pretti.
Fonte: G1

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Comércio exterior se recupera e Maersk projeta crescimento.




Importações e exportações se recuperaram mais rápido do que o previsto nos portos brasileiros e a Maersk Line, armadora líder mundial no transporte de contêineres, já prevê um aumento de volumes para o Natal. Com o otimismo de varejistas, além da recuperação de estoques, há a previsão do reaquecimento das vendas pelas fábricas de eletroeletrônicos, que já pensam na preparação para a Copa do Mundo do ano que vem.

As informações integram o relatório de comércio da armadora referente às atividades dos portos brasileiros no último trimestre, englobando também o primeiro semestre deste ano. Os dados são fornecidos pela consultoria Datamar para a Maersk Line (parte do grupo logístico e de energia A.P. Moller-Maersk) e envolvem toda a operação marítima de contêi-neres no Brasil. 

Segundo o balanço, as importações tiveram uma retomada um pouco mais rápida do que era esperado no segundo trimestre. No período, o crescimento foi de 16,6%, em relação ao mesmo período do ano passado. Mas, segundo o diretor de Trade Marketing da Maersk Line para a Costa Leste da América do Sul, João Momesso, o volume ainda está distante do verificado em 2015.

“As importações estão se consolidando, mas em um volume aquém de 2015, mas melhor que o de 2016 e cerca de 14% abaixo de 2014”, afirmou o executivo, explicando que as quantidades não devem voltar ao patamar de três anos atrás por conta de um novo cenário econômico, com a redução do consumo no País.

Momesso destacou ainda o aumento do volume de importação no Porto de Manaus (AM), local onde são produzidos produtos eletroeletrônicos vendidos para todo o País. Nesta região, o crescimento verificado é de 40% ano a ano.

Segundo o executivo, esta retomada pode ser um sinal importante de aumento da produção, principalmente diante dos baixos estoques verificados no pico da crise, no ano passado. “É o início de um fluxo. Faltam ainda 10 meses para a Copa do Mundo, mas há conversas de volumes já fechados para isso”. 

Exportações

Já as exportações foram mais modestas no segundo trimestre, caindo 2,2% após um desempenho mais fraco na Ásia e Europa em carga seca. No primeiro trimestre, as exportações aumentaram apenas 0,1%. Assim, importações mais exportações terminaram o segundo trimestre com crescimento de 5,4% versus 5,9% no primeiro. 

A carga refrigerada está liderando o declínio das exportações. Foi 5,3% menor no segundo trimestre contra as exportações não-refrigeradas, que caíram 1,5% durante o mesmo período. 

“O resultado refrigerado mais fraco implicaria a uma primeira vista uma queda na demanda por exportações brasileiras de carne bovina e aves durante o trimestre, mas a carga de carnes refrigeradas provou ser uma história de crescimento durante o resto do segundo trimestre”, destacou o diretor Comercial da Maersk Line para a Costa Oeste da América do Sul, Nestor Amador. 

Segundo o executivo, no início do ano, a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, e a falta de contêineres refrigerados impactaram as exportações de proteínas no Brasil e em alguns países da América Latina. Mas as perspectivas são melhores para o fim do ano. 

Muito disso se deve à safra de frutas na região Nordeste. A colheita de melão, por exemplo, começou na semana passada e segue até janeiro. O algodão também é outra carga bastante exportada em contêineres, segundo Amador. Neste caso, o pico da safra está previsto para o final do ano. 

Fonte: A Tribuna

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

SINDOPAR parabeniza à Companhia Docas Do Pará, pelos seus 50 anos de atuação.


Parceria é a base do trabalho feito na navegação paraense.
A Companhia Docas do Pará – CDP é exemplo da unidade do setor, sempre disponível e atenta às demandas dos portuários em nome do desenvolvimento do Pará.
Este é o nosso combustível para continuarmos o trabalho nos portos públicos paraenses.
Por isso, queremos parabenizar a Companhia pelos seus 50 anos de atuação, pelo trabalho desenvolvido e que hoje tornou o Estado numa das grandes promessas da logística brasileira.

 Parabéns à diretoria e todos os servidores que fazem esta instituição ser o que é.

Fonte: SINDOPAR

CONVITE - LANÇAMENTO DA ORDEM DE SERVIÇO DA HIDROVIA GUAMÁ CAPIM



SINDARPA e do Movimento Pró-Logística do Pará.
Sr. Eduardo Carvalho, transmiti honroso convite recebido do DNIT e AHIMOR para que os empresário do setor logístico se façam presente ao Lançamento da Ordem de Serviço de EVTEA da HIDROVIA GUAMÁ CAPIM a se realizar nesta quinta-feira, 31 de agosto de 2017, às 18:30hs no auditório da FIEPA (Trav: Quintino Bocaiuva, 1588 – 9º andar).

Ibama veta exploração de petróleo em área de corais amazônicos.



Pela terceira vez, o Ibama rejeitou nesta segunda-feira (28) os estudos de licenciamento ambiental para a exploração de petróleo na foz do rio Amazonas, em área próxima a um recém-descoberto sistema de corais. A petroleira francesa Total terá apenas mais uma oportunidade para complementar as informações.

Em despacho baseado em parecer técnico, a presidente do Ibama, Suely Araújo, listou dez pendências não cumpridas pela empresa francesa, entre as quais esclarecimentos sobre a modelagem de dispersão de óleo em caso de vazamento e um projeto de monitoramento adequado.

"A modelagem de dispersão de óleo, por exemplo, não pode deixar qualquer dúvida sobre os possíveis impactos no banco de corais e na biodiversidade marinha de forma mais ampla", escreveu Araújo.

Outra ressalva do Ibama contra o licenciamento é a falta de "tratativas tratativas internacionais relacionadas aos potenciais riscos transfronteiriços no licenciamento" para Guiana Francesa, Suriname, Guiana e Venezuela, além de alguns arquipélagos caribenhos".

Ao final do parecer, Araújo afirma que é terceira e última vez que o Ibama solicita informações complementares sobre o impacto ambiental: " Caso o empreendedor não atenda os pontos demandados pela equipe técnica mais uma vez, o processo de licenciamento será arquivado".

"Esse processo é tao insano que já deveria ter sido arquivado", diz Nilo D'Ávila, coordenador de campanhas do Greenpeace no Brasil."Toda a prudência mandaria estudar mais os corais. Além disso, o mundo não precisa mais de petróleo, mas de uma revolução energética."

Descoberto em abril do ano passado, o coral se estende do Maranhão ao Amapá, com área total de 9.500 km², equivalente a seis cidades de São Paulo. É único no mundo por estar em águas profundas de pouca luminosidade.

Ao todo, a foz do rio Amazonas tem sete blocos. O mais próximo do recife pertence à Total, concessionária de cinco blocos. Em fevereiro, a empresa francesa informou que, no máximo, haveria perfuração a 35 km dos corais. 

Fonte: Folha SP

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

10º Seminário Internacional de Transporte Hidroviário Interior.



Entre 12 e 14 de Setembro, a Estação das Docas em Belém irá receber o mais importante seminário técnico sobre navegação fluvial da América Latina. Será o 10° Seminário Internacional de Transporte Hidroviário Interior, promovido pela Sociedade Brasileira de Engenharia Naval (Sobena). 

O evento é ponto de encontro de autoridades e especialistas que têm como objetivo promover o desenvolvimento técnico da navegação fluvial nas hidrovias do Brasil e da América Latina.

Para apoio e desenvolvimento da programação técnica e institucional, o 10° Seminário Internacional de Transporte Hidroviário Interior da Sobena conta com o apoio dos sindicatos de Construção Naval do Pará (Sinconapa), dos Armadores do Pará (Sindarpa) e dos Operadores Portuários do Pará (Sindopar). O apoio técnico ficou a cargo da Coppe/UFRJ, da Faculdade de Engenharia Naval (Fenav) da UFPA e do CNPQ, garantindo excelência no conteúdo técnico que vai ser apresentado durante os três dias de evento. 

O evento tem ainda a chancela do Movimento Pró Logística Pará (MPL Pará) e da Associação dos Profissionais de Logística da Amazônia (ASPLAM), ressaltando a relevância do debate técnico para o desenvolvimento hidroviário como diferencial logístico para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.

Programação do evento

Após a sessão de abertura com autoridades da Antaq, Ministério de Transportes, Secretaria de Portos, Marinha do Brasil e do Governo do Pará, haverá duas palestras de abertura, sendo a primeira de Adalberto Tokarki, diretor geral da Antaq, e a segunda da Azhar Jaimurzina, chefe do departamento de infraestrutura para América Latina da ONU, apresentando um panorama das hidrovias na América do Sul e no Brasil.

Um painel sobre construção naval debaterá oportunidades e o mercado para os estaleiros, tecnologias de construção naval, bem como o efeito positivo multiplicador da construção naval sobre as economias locais. Ao final do primeiro, um painel de logística hidroviária será realizado, debatendo a expansão do transporte de agrograneis pelo Arco Norte, além de projetos importantes de dragagem, projetos portuários e transporte de carga geral por hidrovias.

No segundo dia de evento os painéis irão debater o desenvolvimento de hidrovias na Amazônia, incluindo apresentações de projetos no Equador, Peru e Colômbia. Em seguida um painel irá debater a aplicação de inovações tecnológicas à embarcações fluviais, com destaques para sistemas de informação e segurança, e eficiência energética de propulsão para comboios. 

O segundo dia será fechado com uma mesa redonda de debate sobre o papel dos engenheiros e tecnólogos navais no mercado de projeto, construção naval e navegação interior.

O último dia de evento contará com a apresentação de projetos com energia solar e propulsão elétrica para embarcações fluviais, seguido da apresentação de navegação pela barra Norte do Amazonas. Para finalizar o evento, a Sobena irá promover o tradicional painel de Segurança da Navegação em Hidrovias, com debates entre Capitania dos Portos, armadores, praticagem e arbitragem de avarias.

O evento conta com patrocínio ouro da Wartsila, Estaleiro Rio Maguari e da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP). A Yanmar e Sotreq são patrocinadores prata do evento, que conta ainda com Schottel, Easa Estaleiros Amazônia S.A., Interocean Engenharia, American Bureau of Shipping, Unipilot, Blommaert e o Terminal de Grãos Ponta da Montanha como patrocinadores bronze. 

Uma exposição de “TableTop Displays” acontecerá no ambiente de coffee breaks e coquetéis, proporcionando aos participantes, patrocinadores e expositores um ambiente inovador para apresentação de soluções técnicas para a navegação fluvial.

Serviço

Para mais informações sobre a exposição, entre em contato com a secretaria da SOBENA através do e-mail sobena@sobena.org.br, ou pelo telefone (21) 2262 9079.

Inscrição e informações

As inscrições são limitadas, e devem ser realizadas através do site www.sobena2017.galoa.com.br/

Maiores informações sobre outros eventos da SOBENA, ou para contato com a secretaria acesse o site www.sobena.org.br

terça-feira, 22 de agosto de 2017

CE: exportação de frutas deve saltar 16% com nova rota.



As exportações de frutas frescas do Ceará, por meio do Porto do Pecém, deverão crescer 16% neste ano, atingindo 10 mil contêineres. Em 2016, esse número fechou em 8,6 mil unidades. O aumento também será influenciado pela nova rota para a Europa, inaugurada na sexta-feira (18) pela empresa MSC durante evento realizado no terminal portuário.

O navio "MSC Margarita" tem como principal destino o porto de Antuérpia, na Bélgica, com chegada estimada em dez dias. A embarcação também passará pelos terminais de Roterdã/Holanda (12 dias), Hamburgo/Alemanha (14 dias), Bremerhaven/Alemanha (16 dias) e Le Havre/França (18 dias).

A rota vai operar de agosto deste ano até o mês de fevereiro de 2018, período que marca a safra de frutas no Estado. A carga segue para a Europa em contêineres refrigerados. O Ceará e o Rio Grande do Norte são os principais exportadores de melão, melancia e banana. Já as uvas e mangas vêm, principalmente, da Bahia.

A expectativa é que, no pico da operação, o "MSC Margarita" movimente em torno de 1,3 mil contêineres por semana. Atualmente, a região norte da Europa, que será contemplada com o novo serviço, já é atendida com uma linha da Maersk, enquanto a Hamburg Süd atende ao mercado norte-americano.

Volume

Os 10 mil contêineres de frutas frescas previstos para serem movimentados no Porto do Pecém neste ano equivalem a cerca de 220 mil toneladas. Isso porque cada unidade pesa 22 toneladas, de acordo com a diretora de desenvolvimento comercial da Cearáportos, Rebeca Oliveira.

"A inauguração dessa rota representa uma grande conquista para a Cearáportos, que administra o porto, além de ser uma ótima opção para alavancar os negócios dos empresários cearenses e nordestinos que exportam frutas", afirma.

Ela lembra que a MSC é parceira da Cearáportos há 15 anos, mas havia suspendido as operações há três. "Estamos muito felizes com o retorno da MSC, vendo esse grande navio atracado no porto, contribuindo com o desenvolvimento da economia do Ceará", acrescenta.

Segundo o gerente da filial da MSC em Fortaleza, Daniel Soares, a partir da nova rota, a empresa deverá ser responsável pela exportação de 20% do volume total de frutas frescas.

Para ele, a inauguração da rota é motivo de orgulho para a empresa e reforça o compromisso da MSC em contribuir com o crescimento do Brasil e, especialmente, do Ceará. "Essa nova escala proporciona aos nossos produtos mais credibilidade e aceitação, junto aos atuais e futuros mercados", destaca.

Movimentação total

Quanto à movimentação total prevista para o Porto do Pecém em 2017, Rebeca diz que são estimados 14 milhões de toneladas, o que representa um avanço de 25% em relação ao volume do ano passado, quando foram contabilizados 11,2 milhões de toneladas. Se alcançado, o resultado estimado para 2017 será o sexto recorde consecutivo na movimentação de cargas no terminal portuário cearense.

"Em 2018, queremos atingir 16 milhões de toneladas. Estamos trabalhando para isso", adianta.

Fiscalização

Sobre a suspensão do trabalho dos fiscais agropecuários em regime de plantão (sábados e domingos), problema que já foi noticiado pelo Diário do Nordeste e que poderia prejudicar as exportações de frutas no Ceará, a diretora de desenvolvimento comercial da Cearáportos informa que o impasse no Porto do Pecém foi, em parte, solucionado.

Conforme Rebeca Oliveira, depois de muito diálogo, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) permitiu que os dois fiscais que atuam no Porto do Pecém trabalhem na liberação das cargas aos sábados, no período da manhã.

A suspensão do trabalho dos fiscais agropecuários em regime de plantão ocorreu em todo o Brasil e está ligada ao corte no Orçamento de 2017 do governo federal no valor de R$ 41,2 bilhões. O Mapa, cujo bloqueio das despesas alcançou 45,6% neste ano, foi uma das pastas mais atingidas. O valor para a Agricultura foi reduzido de R$ 2,21 bilhões para R$ 1,2 bilhão.

Fonte: Diário do Nordeste

Estaleiro Rio Maguari entrega empurrador 1.200 HP para Louis Dreyfus.




O Estaleiro Rio Maguari (ERM) entregou no último dia 30 o empurrador fluvial LDC Guamá para a Louis Dreyfus Company (LDC). Trata-se do primeiro de uma série de quatro empurradores, entre 1.200 e 1.800HP, com projeto elaborado pela canadense Robert Allan Ltd. Após aprovação em todos os testes, a embarcação recebeu os certificados de classe do ABS e foi recebida pelo armador. 

O empurrador é equipado com dois motores principais de 600 HP cada, grupos geradores da Caterpillar e sistema de propulsão azimutal Schottel. O LDC Guamátem 19,50 metros de comprimento e 9,00 metros de boca. Todo detalhamento construtivo com modelagem 3D do casco, tubulação e outfitting foi elaborado pela equipe técnica do estaleiro, que conta com 10 engenheiros navais.

"As acomodações comportam até 10 tripulantes e o empurrador é equipado com modernos equipamentos de comunicação e navegação para vencer os desafios do interior da amazônia", destaca o diretor comercial do ERM, Fabio Vasconcellos. Ele acrescenta que as embarcações vão operar na manobra e transporte de barcaças graneleiras, que também estão sendo construídas no ERM, em um ritmo de seis barcaças por mês, com 3.200 TPB cada. O financiamento é do Fundo da Marinha Mercante (FMM).



(Da Redação)

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Descarga de grãos via ferrovia quase dobra em Paranaguá.



A descarga de soja e farelo de soja utilizando o meio ferroviário para transporte aumentou 182% no corredor de exportação do Porto de Paranaguá entre os meses de janeiro a agosto deste ano, se comparado com o mesmo período de 2016. Ao todo, foram descarregadas 206.635 toneladas de grãos por trem, contra 73.260 toneladas trazidas no ano passado.

Para que se tenha ideia, apenas no mês de julho, chegaram ao corredor de exportação 1.760 vagões, contendo 55 toneladas cada um, o que totaliza 96,8 mil toneladas. Os números de julho representam um aumento de 6.940% no comparativo com o mês de julho de 2016, quando foram descarregados apenas 20 vagões pelo modal ferroviário, contendo 1,1 mil toneladas.

“As ferrovias são estratégicas para o escoamento da produção agrícola do Paraná e de outros estados que exportam grãos pelo terminal portuário paranaense”, afirma o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.

Já o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) recebeu, entre os meses de janeiro e julho de 2017, 24.334 TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) por ferrovia.

O diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, conta que o aumento se deve a uma nova dinâmica na programação de descarga no Corredor de Exportação e no TCP, que passou a priorizar a ferrovia.

“Investimentos que totalizam mais de R$600 milhões e incluem a compra de equipamentos como os novos tombadores de caminhões, nos permitiram mudar a dinâmica de recebimento de cargas pelo modal ferroviário, apostando cada vez mais na intermodalidade”, afirmou Dividino.

DESCARGA - O corredor de exportação do Porto de Paranaguá e o silo público contam com duas moegas para descarga via ferrovia. Uma delas é exclusiva para vagões e a outra atua de maneira alternada entre a descarga via modal ferroviário e rodoviário.

No entanto, com a aquisição dos novos tombadores - o que ampliou a descarga de caminhões de 400 para 700 por dia no silo público do porto - a diretoria da Appa passou a priorizar uma das moegas para a descarga de vagões.

Com isso, atualmente, o Porto de Paranaguá - com capacidade para descarga de 32 milhões de toneladas/ano, o que equivale a 1785 vagões por dia ou 89.250 toneladas/dia - encontra-se preparado para uma nova alternativa ferroviária.

Atualmente Paranaguá conta com 70 quilômetros de linhas férreas, sendo 7,5 quilômetros instalados no Corredor de Exportação do Porto.

NOVO PROJETO - Para o presidente da Ferroeste, João Vicente Bresolin Araujo, o aumento da capacidade de recebimento de vagões demonstra que o Porto de Paranaguá está preparado para receber carga do projeto de expansão da ferrovia entre Cascavel e Dourados, no Mato Grosso do Sul, assim como a construção do novo trecho entre Guarapuava e Paranaguá.

Segundo ele, chegam anualmente a Paranaguá 9 milhões de toneladas de grãos pelas ferrovias, mas que a capacidade de recebimento do Porto é muito maior.

“O Porto de Paranaguá movimenta anualmente 45 milhões de toneladas de produtos por ano, sendo que apenas 20% deste total chega por ferrovia. O Porto de Santos, por exemplo, recebe 40% da sua carga por vagões”, explica Araujo. Segundo ele, este índice de 20% de cargas transportadas por vagões tem se mantido nos últimos anos e comprova o limite das ferrovias no Paraná.

Dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) apontam a capacidade ociosa e ocupada por trecho em cada ferrovia do país. No caso do Paraná, os dois maiores gargalos logísticos ferroviários estão entre Curitiba e Paranaguá e Guarapuava e Ponta Grossa.

“Vendo a necessidade de aumento do transporte ferroviário, a Secretaria de Infraestrutura e Logística, por meio da Ferroeste, está buscando estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental para superar estes dois maiores gargalos logísticos do Paraná”, enfatiza.

Dividino destaca que, enquanto a produção agrícola faz uso de tecnologias de ponta e o Porto de Paranaguá investiu pesado em novos equipamentos e infraestrutura, a ferrovia que não foi modernizada. “A ferrovia que conecta a produção com o Porto de Paranaguá foi construída de 1885, por D. Pedro II. Precisamos de uma ferrovia com engenharia do século 21, produtiva e competitiva e com o modelo ambiental necessário”, defende Dividino.

Fonte: Agência de Notícias do Paraná

Produtores brasileiros ficam sem espaço em silos com acúmulo de safras recordes.



Em um armazém na principal região agrícola do Brasil, o produtor Rafael Bilibio observa caminhões se enfileirando para descarregar milho no chão, a céu aberto, ao lado de enormes silos de armazenagem.

Seu próprio milho, pronto para ser despejado de um caminhão de 50 toneladas que acabou de chegar, está destinado a se unir ao monte, que já alcança cerca de 20 metros de altura, uma vez que os silos continuam cheios da soja colhida este ano no Estado do Mato Grosso.

"Pela primeira vez na história, produtores aqui vão empilhar uma colheita em cima da outra", disse Bilibio, de 33 anos, que cultiva cerca de 4.700 hectares de soja e milho perto de Vera, no médio-norte do Estado.

Do Iowa à China, anos de safras recordes e baixos preços têm sobrecarregado armazéns de milho, trigo e outros alimentos básicos. A situação está pressionando a renda dos produtores e tornando mais difícil para tradings como a Archer Daniels Midland e Bunge obterem lucros.

Mas o Brasil, maior exportador mundial de soja e o segundo em milho, atrás dos Estados Unidos, vê os grãos se amontorarem por causa da segunda safra do cereal, que historicamente é uma cultura de rotação.

A segunda safra de milho, ou "safrinha", foi tão grande neste ano, e os preços estão tão baixos, que os produtores não tiveram outra opção senão deixá-la exposta ao tempo.

No Mato Grosso, a grande colheita tornou as opções para armazenagem permanente ainda mais limitadas, uma vez que parte da produção recorde de soja ainda está nos silos enquanto produtores aguardam uma recuperação dos preços.

O acúmulo demonstra os problemas de infraestrutura na maior economia da América Latina, onde os crônicos gargalos logísticos foram piorados pela recusa de produtores a vender sua produção em meio à queda nos preços, com efeitos diversos.

Os estoques do Brasil foram ainda aumentados pela safra extra de milho que seu clima permite, e que deverá alcançar 66,6 milhões de toneladas neste ano, de um total de 97,2 milhões de toneladas.

Produtores dizem que os estoques de grãos podem ainda estar lá quando a próxima colheita de soja acontecer em janeiro, enquanto os volumes de passagem para as duas commodities terminarão a temporada em máximas recordes, segundo estimativas do governo e setor privado.

A decisão de reter a soja ocorre em outros lugares do País, com os preços locais da soja cerca de 23 por cento mais baixos, a 69 reais por saca, em relação a agosto de 2016, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

A relutância dos produtores em vender enxugou as margens de empresas como ADM e Bunge no último trimestre, uma vez que as tradings de grãos tiveram que pagar mais que o esperado pela soja para honrar compromissos.

"Eu venderia minha soja se os preços alcançassem 62 reais por saca", disse Cayron Giacomelli, outro produtor do Mato Grosso. Houve ofertas de 55 reais na sua região, e ele ainda guarda de 15 a 20 por cento da soja colhida na safra atual.

SOLUÇÃO RÁPIDA?

Em dois armazéns próximos das cidades de Sorriso e Lucas do Rio Verde, o milho empilhado à ceu aberto daria para alimentar algo como 108 mil porcos por um ano.

Cerca de 3 por cento do milho deixado fora pode ser perdido, segundo o presidente da associação de produtores Aprosoja, Endrigo Dalcin, mas o atual clima seco reduz as chances de o produto estragar.

As montanhas de grãos são um testemunho da falta de silos em Mato Grosso, onde o déficit de armazenagem é estimado em 39 milhões de toneladas, disse a Aprosoja.

Sendo assim, alguns produtores estão recorrendo a uma solução rápida e comum na Argentina: os chamados "silos-bag", que consistem de longos revestimentos de plástico para estocar produtos no campo e protegê-los da chuva e do vento.

Maria Amélia Tirloni, que cultiva 5.500 hectares de milho e soja em Tapurah, disse que os problemas de infraestrutura do Estado coloca os produtores no Brasil em desvantagem.

Além da distância entre fazendas e mercados consumidores, ela diz que as estradas são ruins e insuficientes.

"A questão de armazenagem também torna produtores reféns de taxas de frete abusivas durante a colheita", disse Tirloni.

Tapurah, que fica longe da ferrovia, depende de caminhões, os quais frequentemente rodam mais de 2.100 quilômetros até o porto. Seja como for, os produtores terão que arranjar espaço para sua próxima safra de soja, plantada em setembro e colhida em janeiro, quando fortes chuvas poderiam colocar sua grande produção em risco.

Com o milho da segunda safra, o Brasil aumentou exportações entre esses meses, mas restam dúvidas sobre se os produtores serão capazes de mover toda sua produção agora.

"Essa situação pode afetar a próxima safra de soja se o milho não for vendido", disse Dalcin. "Estamos preocupados com a falta de espaço."

Fonte: Reuters

Crescem os embarques de grãos no 'Arco Norte'.




A Cofco International é uma das tradings de grãos que têm alimentado a expansão das exportações pelos portos do chamado Arco Norte, que recebeu investimentos bilionários dessas empresas em logística nos últimos anos. Como não conta com estrutura própria na região, a empresa é cliente do terminal da Hidrovias do Brasil em Barcarena, no Pará, e por lá movimenta volumes de soja e milho menores apenas que em Santos (SP) e Paranaguá (PR).

Segundo informações do Ministério da Agricultura, no total os portos localizados no Arco Norte - Itacoatiara e Itaqui, no Maranhão, Santarém e Barcarena, no Pará, e Salvador, na Bahia - foram responsáveis pelo escoamento de 15,3 milhões de toneladas de soja e milho ao exterior entre janeiro e julho deste ano e já respondem por 24% dos embarques nacionais totais desses produtos.

No período, a liderança das exportações brasileira desses grãos permaneceu com Santos. Segundo o ministério, pelo porto do litoral paulista foram escoadas 21,4 milhões de toneladas, e o volume anual deverá chegar a 37 milhões de toneladas. No porto de Paranaguá, o volume de soja e milho destinado ao exterior atingiu 11,8 milhões de toneladas, e no porto gaúcho de Rio Grande o total foi de 8,6 milhões de toneladas.

Fonte: Valor

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Grandes armadores devem concentrar 90% do mercado em 2026, aponta consultor.



Os 10 principais armadores globais, que na década de 1990 representavam 48% do mercado de transporte marítimo no mundo, alcançaram 83% de participação em 2016. A expectativa é que em 2026 esse percentual seja de 90%. O consultor Robert Grantham, sócio da Solve Shipping Intelligence Specialists, acredita que a corrida dos grandes armadores para incorporar a suas frotas navios da ordem de 20 mil TEUs fez com que a oferta rapidamente se descolasse da demanda. Ele explicou que essa tendência ocasionou fusões, aquisições e formação de consórcios de grandes grupos mundiais de navegação. O excesso de oferta e demanda fraca fez o frete cair até 80% am algumas rotas. 

O consultor projeta que novos sistemas e tecnologias também estreitarão as relações entre embarcadores e armadores levando agentes intermediários (freight forwaders/NVOCCs) a perderem mercado. Grantham cita declaração recente do presidente da Maersk que disse que o tráfego mundial deve ser reduzido a cinco ou seis grandes armadores. "Se espera mais transparência do processo, pois as informações estarão online. Haverá novo desenho das rotas em fusão de fusões e incorporações", enxerga Grantham, que participou da 14ª edição da Marintec South America, no Rio de Janeiro.

Com esse cenário, o número de diferentes serviços de longo curso nos portos brasileiros, que era de 39 em dezembro de 2010, já caiu para 21 serviços em abril de 2017 — uma queda de 46%. A movimentação nesse período variou de 115 mil TEUs para 105 mil TEUs, uma redução de 8,5%. Nesse período, os maiores navios recebidos nos portos nacionais aumentaram capacidade de 7 mil TEUs para 9.600 TEUs.

Grantham entende que terminais no mundo todo enfrentam dificuldade pelo tamanho dos maiores navios em operação nas grandes rotas. A profundidade em alguns dos grandes portos mundiais está entre 17 e 20 metros, porém alguns têm desafios na bacia de evolução. No Brasil, os portos costumam ter mais problemas com a manutenção dos calados devido à demora na contratação dos serviços de dragagem. "Precisamos buscar solução de equilíbrio entre armadores, terminais e usuários", resume o consultor.


Por Danilo Oliveira
(Da Redação)

Pecém inaugura nova rota de frutas para a Europa nesta sexta-feira, 18.




Com o início da safra de frutas, todas as sextas-feiras, a partir de 18 agosto deste ano, o Porto do Pecém passa a ter mais uma rota com destino a Europa. O novo serviço pertencente a MSC tem como destino os portos da Antuérpia, chegando em 10 dias, Roterdã (12 dias), Hamburgo (14 dias), Bremerhaven (16 dias) e Le Havre (18 dias).

As frutas seguem em contêineres refrigerados, o Ceará e o Rio Grande do Norte são os principais exportadores de melão, melancia e banana. As uvas e mangas escoadas pelo Porto do Pecém provêm, principalmente, de Petrolina na Bahia. Até junho deste ano o aumento foi de 26%, espera-se que o resultado seja ainda maior após o início da operação da nova linha.

Em 2016, o Porto do Pecém finalizou o ano em primeiro lugar no ranking nacional de exportação de frutas frescas com 213 mil toneladas movimentadas. O presidente da Cearáportos, Danilo Serpa, mostra-se confiante e acredita que este será um ano de muitas conquistas.

"Esperamos que com esse novo serviço, 2017 apresente um crescimento significativo neste setor. Vamos continuar trabalhando para que Pecém continue crescendo e conquistando mais clientes", declarou Serpa.

Segundo Elber Justo, diretor presidente da MSC Brasil, a escolha pelo Porto do Pecém foi estratégica pela localização e infraestrutura para a operação com frutas.

“Entendemos que o Porto do Pecém integra elementos importantes no modal marítimo e rodoviário para assistir nossos clientes. Estamos no momento em que o mercado demanda investimentos e melhor estrutura para receber navios maiores, além de melhor qualidade no serviço de contêineres refrigerados. O Porto oferece um serviço com tempo de trânsito importante para atender mercados europeus – afinal, estamos tratando de fruta, uma mercadoria sensível ao tempo de entrega, ou seja, a demanda exige uma combinação de fatores logísticos para que o serviço seja bem sucedido”, afirma Justo.

Para a diretora de desenvolvimento comercial do Porto, Rebeca Oliveira, é um orgulho para o estado fornecer mais este serviço para seus clientes. "Esperamos alcançar, no pico das operações, cerca de 1300 unidades de contêineres embarcados por semana", destaca.

Atualmente, o Norte da Europa, que será contemplado com o novo serviço, já é atendido com uma linha da Maersk, enquanto a Hamburg Sud atende ao mercado americano.

Fonte: CearáPortos

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Exportações de grãos rumo a novos recordes.




O volume das exportações brasileiras de soja e milho continuam a confirmar as expectativas e a caminhar para novos recordes neste ano. Embalados por colheitas recorde no país na safra 2016/17, os embarques da oleaginosa vão superar com folga a marca de 60 milhões de toneladas, ao passo que os do cereal tendem a somar, na pior das hipóteses, 30 milhões.

Levantamento da Associação Nacional dos Exportadores (Anec) baseado nas cargas que efetivamente já partiram dos portos apontou que, em julho, os envios de soja ao exterior atingiram 6,4 milhões de toneladas, 1,5 milhão a mais que no mesmo mês de 2017, e já alcançaram 51,9 milhões de toneladas nos primeiros sete meses do ano, aumento de 17% sobre igual intervalo de 2016.

A entidade estima que os embarques vão chegar a entre 61 milhões e 62 milhões de toneladas neste ano, mas o volume poderá ser até maior. A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), que representa grandes tradings, elevou sua projeção para 64 milhões de toneladas em relatório divulgado na sexta-feira, 1 milhão a mais que o previsto no fim de junho e volume 24% superior ao do ano passado.



Nos cálculos da Abiove, as exportações do grão vão render US$ 23,4 bilhões em 2017, um incremento de 22,8% em relação a 2016. Somando-se farelo e óleo, os embarques do chamado "complexo soja" deverão chegar a US$ 29,7 bilhões neste ano, 16,9% acima do ano passado.

Enquanto os volumes das exportações de soja começam a diminuir, dado o forte ritmo dos últimos meses, os de milho colhido na segunda safra já apresentam aumento expressivo. Segundo a Anec, somaram 3,3 milhões de toneladas em julho, ante mesmo de 1 milhão em junho e 2,3 milhões em julho de 2016. Segundo a entidade, foi o maior volume de milho já embarcado em um mês de julho, e as exportações totais tendem a chegar a 30 milhões de toneladas no ano. Algumas consultorias, porém, já preveem 34 milhões.

Fonte: Valor

Suape registra recorde na movimentação de contêineres em julho.




Julho foi um excelente mês para a movimentação de contêineres no Porto de Suape. Pela primeira vez, desde outubro de 2011, o atracadouro ultrapassou os 40 mil TEUs em um único mês. Com isso, Suape segue firme no caminho para bater o recorde anual na movimentação de contêineres, registrado naquele mesmo ano (434 mil TEUs). Os produtos são movimentados no Tecon Suape, terminal privado instalado no atracadouro pernambucano.

O crescimento foi puxado pelas operações de cabotagem, que contabilizaram aproximadamente 27,7 mil TEUs, seguido pelas importações, com aproximadamente 8,8 mil TEUs. As exportações chegaram a 3,6 mil TEUs. Em peso bruto, a movimentação alcançou 469.349 toneladas e em unidades, 24.734 contêineres.

Em julho de 2016, o registro da movimentação foi de 33.247 TEUs.



“Comemoramos a notícia e estamos otimistas com os dados registrados. Temos a movimentação de graneis líquidos como carro-chefe e, por isso, é importante que alcancemos resultados expressivos nas demais cargas. Esse dado mostra que podemos diversificar nossas operações e que estamos sendo bem avaliados por grandes empresas marítimas que escolhem atracar seus navios em nosso porto”, ponderou o presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape, Marcos Baptista. 

Semestre

Os números da movimentação de contêineres também foram expressivos no primeiro semestre. De janeiro a junho de 2017, o porto pernambucano cresceu 22,9% na movimentação deste tipo de carga, quando registrou 220.305 mil TEUs movimentados, ante 179.260 mil TEUs do mesmo período em 2016. A marca entra para os maiores recordes já registrados desde o início da operação do Tecon Suape em 2002.

No semestre, o incremento na movimentação se deveu, principalmente, às operações de cabotagem, que contabilizaram 154.438 mil TEUs. As importações também registraram números significativos, com 47.940 TEUs, seguido pelas operações de exportação com 17.927 TEUs. 

Entre as principais mercadorias movimentadas entre as cargas conteinerizadas estão os plásticos que lideram a lista com 451.995 mil toneladas; seguido pelos cereais com 240.998 mil toneladas; produtos químicos e orgânicos com 166.510 mil toneladas. Na sequência aparecem ferro fundido e aço com 119.166 mil toneladas; sal, enxofre, cal e cimento com 112.632 mil toneladas; bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres com 89.047 mil toneladas, entre outros. No total, o porto registrou a movimentação de 2.576.897 toneladas no primeiro semestre de 2017.

Portos públicos

No cenário nacional, Suape se manteve em 4º lugar entre os principais portos públicos na movimentação de contêineres nos seis primeiros meses do ano, com 220 mil TEUs. Em 1º lugar está o Porto de Santos com 1.391.101 TEUs movimentados, seguido pelo Porto de Paranaguá com 357 mil TEUs e, Rio Grande com 345 mil TEUs.

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Se não fizermos nada, setor de petróleo vai parar, diz ANP.




Embora demonstre otimismo com a procura pelos leilões de áreas petrolíferas que o governo vai realizar neste ano, o diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Décio Oddone, diz que uma das prioridades no momento é destravar investimentos de curto prazo.

"Se não fizermos nada, vamos contratar o declínio e a paralisia da indústria de petróleo no Brasil", afirmou, em entrevista à Folha.

Neste domingo (6), completam-se 20 anos da lei que pôs fim ao monopólio estatal no setor, atraindo novas empresas e melhorando a arrecadação com royalties cobrados sobre a produção.



Com a crise da Petrobras e a suspensão dos leilões de novas áreas entre 2008 e 2013, porém, o setor vive hoje um cenário de baixa atividade e alto desemprego.

Crise da Petrobras

Em 2017, só sete poços exploratórios foram perfurados no país –em 2011, foram 238. A situação tem fortes impactos econômicos e sociais nas cidades dependentes da indústria petrolífera, conforme mostrou reportagem da Folha publicada neste sábado (5).

O governo prevê três leilões de petróleo ainda em 2017 –dois deles do pré-sal e um do pós-sal. Oddone evita falar em números, mas diz que a procura por este último, o único com a fase de inscrições já aberta, é "muito boa".

Com as novas ofertas, a expectativa é atrair investimentos de R$ 260 bilhões na perfuração de 300 poços e na implantação de 17 novas unidades de produção de petróleo.

Esses recursos, porém, só começarão a movimentar a economia na próxima década, já que o período médio entre o leilão e a perfuração dos primeiros poços é de três anos.

"O foco é, dado o momento em que o país está passando, como é que a gente sobrevive no curto prazo."

Nesse sentido, ele defende medidas que a ANP vem anunciando para destravar o investimento em áreas já licitadas, como a redução do conteúdo local (exigências contratuais de compras no país), uma política de perdão para quem não cumprir as exigências e a redução dos royalties em algumas áreas.

Nas contas da ANP, há hoje R$ 250 bilhões em investimentos travados por questões regulatórias ou comerciais. Seriam 1.050 poços e 20 novas plataformas marítimas.

Os números, porém, consideram áreas concedidas à Petrobras, que enfrenta sua própria crise e tem postergado investimentos.

O mercado conta também com a venda de ativos da Petrobras para ajudar na retomada da atividade. Na semana passada, a empresa anunciou negociações para transferir 30 áreas em águas rasas, 13 delas na bacia de Campos.

A empresa também já anunciou o interesse em se desfazer de áreas terrestres, setor que ficou abandonado após o redirecionamento dos recursos para o pré-sal.

A expectativa é que empresas especializadas em recuperar reservatórios mais antigos se interessem em investir para reverter o declínio na curva de produção das áreas.

"Campos tem ainda perspectivas muito positivas", afirma o professor da PUC-Rio Alfredo Renault, que também vê possibilidade de sucesso nos próximos leilões após a implementação de medidas para atrair as petroleiras.

"Nossa expectativa é que em 2018 novos investidores efetivem seus negócios aqui. Essa retomada teria impacto imediato na geração de empregos", diz Luis Henrique Fragoso, que preside a Câmara de Diretores Lojistas de Macaé (Rio), uma das cidades mais atingidas pela crise. 

Fonte: Folha SP