quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Vale mantém em 2014 posto de maior exportadora do Brasil; JBS salta a 4ª.

A Vale manteve em 2014 o posto de principal empresa exportadora do Brasil, apesar de uma forte queda no faturamento, seguida por Petrobras e Bunge, enquanto a JBS saltou do nono para o quarto lugar no ranking, mostraram dados do Ministério do Desenvolvimento (Mdic).

A Vale exportou o equivalente a US$ 20,48 bilhões no ano passado, queda anual de 22,7%, em meio a uma forte retração dos preços internacionais do minério de ferro.

A principal mudança no ranking foi a JBS, maior produtora global de carnes, que saltou para a quarta posição na lista, com faturamento de US$ 4,67 bilhões, alta de 27,7% na comparação com 2013.

Em 2014, a JBS conseguiu sentir os resultados da aquisição da Seara, comprada da Marfrig, em negócio concluído em outubro de 2013. Além disso, a JBS se beneficiou de um real desvalorizado e de uma forte demanda externa por proteína animal.

PETROBRAS

A Petrobras manteve a segunda posição no ranking de exportadoras brasileiras, com faturamento de US$ 13,02 bilhões, queda de quase 6% ante 2013, após um forte recuo nos preços internacionais do petróleo no segundo semestre do ano passado.

A terceira maior exportadora do Brasil em 2014 ainda foi a gigante do agronegócio Bunge, que embarcou o equivalente a US$ 6,16 bilhões, queda de 15% na comparação anual, em meio a um recuo nos preços internacionais de soja e milho.

A BRF caiu da quarta para a quinta posição, com faturamento de US$ 4,26 bilhões em 2014, queda de 16,5% ante o ano anterior.

OUTRAS POSIÇÕES

O ranking de exportadores é completado por Cargill em sexto, Embraer em sétimo, Louis Dreyfus em oitavo, ADM em nono e Samarco (joint venture entre Vale e BHP Billiton) em décimo lugar.

Entre as dez primeiras empresas da lista do Mdic, todas reduziram seu faturamento com exportações, com exceção da JBS.

Fonte: Folha de São Paulo/DA REUTERS

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Cresce demanda da indústria naval brasileira para 2015

Com meta de entregar oito navios até o final de 2015 e outros 15 petroleiros em construção, a indústria naval brasileira prevê um cenário positivo para este ano. As ações fazem parte da revitalização do setor através do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) da Transpetro.

O Promef investe R$ 11,2 bilhões encomenda de 49 navios e 20 comboios hidroviários a estaleiros nacionais.

O programa tem três metas inciais: construir navios no Brasil, manter um índice mínimo de 65% de conteúdo nacional e atingir competitividade internacional. De acordo com mensagem o site do programa, os dois primeiros estão consolidados e o foco atual é buscar a competitividade mundial.

"Países que têm hoje importantes indústrias navais levaram décadas para consolidá-las - 63 anos no Japão, 53 anos na Coreia do Sul e 23 anos na China. A brasileira tem menos de 10 anos", diz a mensagem.

Entre os navios construídos por meio do Promef estão os do tipo Suezmax, com capacidade para 1 milhão de barris de petróleo (quase a metade da atual produção diária brasileira). Em dezembro o país ganhou o oitavo navio desse tipo, o Henrique Dias. O Brasil tem atualmente oito petroleiros em operação, dos quais quatro são do tipo Suezmax.

Os oito navios que deverão ser entregues em 2015 são dois Suezmax, dois Panamax e quatro gaseiros. Desses, seis se encontram em fase de acabamento.

Atualmente o setor gera mais de 80 mil empregos diretos. O Promef viabilizou ainda a construção de três novos estaleiros – Atlântico Sul e Vard Promar, em Pernambuco e Rio Tietê, em São Paulo, além da revitalização do Estaleiro Mauá, no Rio de Janeiro. Segundo o portal do PAC o Brasil tem hoje a terceira maior carteira mundial de encomendas de petroleiros.

O Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal e é responsável por renovar a frota da Transpetro. A encomenda de 49 novos petroleiros e um investimento de R$ 11,2 bilhões representam uma guinada na indústria naval brasileira.

Fonte: O POVO Online

Porto do Recife fará operação inédita de transatlânticos

O Porto do Recife receberá, hoje, segunda-feira (19), três navios transatlânticos simultaneamente, em uma operação inédita em seu terminal de passageiros. As três embarcações deverão trazer cerca de 7 mil turistas, dois mil deles tripulantes, à capital pernambucana. Cerca de 50 mil visitantes desembarcaram no Porto do Recife na última temporada. Para este ano, a expectativa é que o número se mantenha estável.

De acordo com o Porto do Recife, os navios Costa Deliziosa e Aurora, que zarparam da ilha de Cabo Verde, em Portugal, e o transatlânticos Artania, que partiu de Las Palmas, na Espanha, deverá chegar a pernambuco no início da manhã da próxima segunda-feira.

O novo terminal de passageiros do Porto do Recife foi inaugurado em agosto de 2013. Os investimentos no equipamento chegaram a R$ 26 milhões, sendo R$ 21,8 milhões do PAC da Copa, através de convênio assinado com a Secretaria Especial de Portos (SEP). O restante dos recursos foi aplicado com dinheiro do Tesouro Estadual.

Fonte: Pernambuco 247

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Hamburg Süd investe R$ 700 mi para incrementar transporte de cabotagem

Pouco otimista com o comércio exterior em 2015, a multinacional alemã Hamburg Süd vai apostar na cabotagem (transporte marítimo feito apenas na costa nacional) para incrementar a receita no Brasil. A empresa, que é uma das líderes mundiais no transporte marítimo, acaba de investir R$ 700 milhões na renovação da frota de sua subsidiária Aliança.

Foram comprados seis navios porta contêineres - quatro deles com capacidade de 3.800 teus (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) e dois de 4.800 teus. Com a aquisição, a companhia passa a contar com 11 embarcações na costa brasileira - metade do total de navios que fazem a movimentação de contêineres no País.

A explicação para o aumento da frota está nos números vigorosos dos últimos anos, explica o presidente da Hamburg Süd, Julian Thomas. Enquanto a cabotagem cresceu 35% no ano passado e representou 20% da movimentação da empresa, o transporte de cargas importadas avançou apenas 2% e o de exportadas, 5%. Para este ano, a expectativa é que o transporte entre portos nacionais aumente mais 15%, prevê o executivo.

"Ainda não é um mercado maduro, mas esse modal de transporte está ganhando o seu lugar na cadeia de logística dos clientes." Hoje, a cabotagem representa cerca de 10% de toda movimentação de cargas feitas no Brasil - na China essa fatia é de 48%, segundo o Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos). O modal rodoviário é o campeão com 65% de participação da matriz de transporte.

Com a necessidade de reduzir custos, o serviço de cabotagem se torna atrativo diante do transporte rodoviário, que tem ficado ainda mais caro, com o reajuste dos combustíveis e a nova lei dos caminhoneiros. "Para distâncias acima de 1.000 quilômetros e raio de 200 quilômetros do porto (da fábrica ao porto e do porto ao cliente), a cabotagem é mais competitiva. Pode ser 15% mais barata que o transporte via caminhões", diz Thomas.

Porta a porta

Mas ele destaca que o transporte de cabotagem é um pouco mais complexo para o cliente, pois exige mais organização entre a chegada do caminhão no porto e a chegada do navio. Para ampliar o serviço, a própria Hamburg Süd tem feito o "porta a porta", que significa retirar a mercadoria na fábrica e entregar no cliente.

No início, diz Thomas, a captura de clientes era mais fácil, pois envolvia cargas simples, como o arroz que saía de Pelotas (RS) e precisava ir para o Nordeste ou o eletroeletrônico de Manaus para o Sudeste. "Aos poucos fomos conquistando a confiança dos clientes. Hoje já temos três serviços semanais saindo de Manaus, por exemplo." Além dessa rota, as 11 embarcações da Hamburg Süd na costa brasileira também fazem Santos - Bahia, Santos - Pecém e Santos - Vitória.

Para Thomas, com o aumento do custo rodoviário, as chances de a cabotagem ganhar mais espaço na logística nacional aumentam. Ainda assim, o trabalho de convencimento dos clientes não é fácil. "Apesar de ser mais barato, ter menor índice de avaria e ser mais seguro do ponto de vista de roubo, trabalhamos até três meses para convencer um cliente a mudar para o transporte marítimo", diz o executivo, destacando que hoje há mais navios fazendo a costa brasileira do que a rota Brasil - EUA (são 14 navios contra 22).

Além da cabotagem na área de contêiner, a Hamburg Süd tem apostado no chamado transporte de carga de projeto. Desde maio do ano passado, a empresa tem transportado em navios as pás para usinas eólicas do Nordeste. "Na época, houve uma demanda por parte dos fabricantes e geradores por uma solução mais rápida e que representasse menos risco de avarias para as peças. Trouxemos um navio para fazer apenas esse tipo de serviço", diz Thomas.

Segundo ele, pela rodovia, as pás demoravam até 60 dias para chegar ao destino final. "No navio, que comporta até 37 pás, a carga chega em 5 dias." Segundo dados da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq), no primeiro semestre do ano passado comparado ao mesmo período de 2013, o transporte marítimo de carga de projeto cresceu 1.060%.

O presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP), Wilen Manteli, avalia que, apesar do avanço, a velocidade de crescimento deveria ser maior. Ele critica a burocracia no desembaraço da carga, que segue a mesma regra de uma carga do exterior, mas diz que a Receita tem trabalhado para resolver essa questão. Outro ponto é que a maioria dos portos ainda não tem espaço dedicado especialmente para a cabotagem. 

Fonte: Estadao Conteudo/O Estado de S. Paulo/Renée Pereira - AE

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Dilma anuncia terceiro PAC e investimento em logística

São Paulo - A presidente Dilma Rousseff aproveitou o discurso de posse para anunciar o lançamento do terceiro Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o segundo programa de investimento em logística.

Ela afirmou que, desde 2007, foram duas edições do PAC que totalizaram R$ 1,6 trilhão em investimentos.

Dilma afirmou que vai aprimorar os modelos de regulação e garantir que o mercado privado de crédito de longo prazo se expanda.

A presidente reafirmou o compromisso de apoiar os estados e municípios na infraestrutura de transportes. Disse que está em andamento uma carteira de R$ 143 bilhões em obras de mobilidade urbana em todo país.
Fonte: Agência Estado