quarta-feira, 25 de abril de 2018

Santos Brasil diz desconhecer negociação envolvendo venda de controle.



A operadora de terminais portuários Santos Brasil informa que não tem conhecimento de qualquer negociação ou transação envolvendo a aquisição do seu controle, conforme comunicado divulgado na noite de ontem, segunda-feira (23).

O documento foi uma resposta a notícias veiculadas na imprensa de que Daniel Dantas estaria sendo assediado para vender sua participação na empresa.

"Igualmente, a companhia esclarece que não recebeu nenhuma informação ou notificação de qualquer acionista sobre eventual venda de participação acionária na companhia, como mencionado na referida notícia", reiterou a Santos Brasil.

As ações da Santos Brasil fecharam em alta de 6,60% ontem, a R$ 3,39.

Fonte: Valor

Em carta ao Senado, servidores de agências reguladoras rejeitam recondução de Tokarski à Antaq.

A Associação Nacional dos Servidores Efetivos das Agências Reguladoras Federais (ANER) manifestou "repúdio e grande preocupação" em relação à recente indicação de Adalberto Torkarski para ser reconduzido à diretoria da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Em carta a ser encaminhada a todos os senadores federais nesta quarta-feira (25) obtida pela Portos e Navios, a associação alegou que Tokarski promoveu, em sua gestão, um verdadeiro ataque à Antaq e ao seu corpo de pessoal, denegrindo a imagem da agência e levantando suspeitas infundadas acerca da conduta dos seus servidores, acusando-os sem provas de formação de cartel e conluio com as empresas do setor regulado.

A ANER ressaltou que as acusações foram objeto de sindicância no Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (MTPA), que inocentou os servidores acusados. A associação acrescentou que o ex-dirigente nomeou como sua assessora direta Auxiliadora Borges do Rego que, até março deste ano, assumiu na Antaq o cargo de gerente de autorização de navegação.

De acordo com a carta, Auxiliadora está em quarentena e apresenta-se na Antaq como consultora das empresas de afretamento Zemax e Posidonia. A ANER aponta que essas empresas pertencem ao setor regulado, ressaltando que ambas não atendem às resoluções que regulam os serviços de afretamento e permanecem operando por meio de liminares. No caso da Posidoia, a ANER entende que a empresa acusou os servidores da Antaq de formação de cartel, em tentativa de enfraquecer a regulação promovida pela agência.

A ANER afirma na carta que Torkaski dedicou-se a acusar e perseguir os servidores de carreira da Antaq que, comprometidos com o exercício de suas atribuições funcionais em consonância com o princípio da legalidade e da probidade administrativa, não atendiam aos anseios de empresas do setor regulado que buscam operar sem respeito às normas reguladoras. A associação destacou ainda que o ex-diretor geral não teve comprometimento e deixou sem solução mais de 100 processos.

"A ANER denuncia e repudia as condutas do ex-diretor, ao levar à Antaq e seus servidores às páginas policiais, com denúncias falsas e infundadas (...) Não cabe premiar com recondução à gerência da Antaq o Sr. Adalberto Torkarski, tendo em vista que, durante a sua gestão anterior, ao invés de trabalhar para elevar o nível da Antaq e promover resultados positivos, pautou sua conduta na adoção de procedimentos temerários e contrários ao interesse público", diz a carta.




Por Danilo Oliveira
(Da Redação)

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Crescem os embarques de soja nos portos do Norte.



Os portos do Arco Norte continuam a ampliar sua participação no escoamento de grãos do país, num movimento que afeta tradicionais portas de saída localizadas nas regiões Sudeste e Sul. Dados da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) mostram que nos embarques de soja, carro-chefe do agronegócio brasileiro, o grande destaque do primeiro trimestre foi o forte aumento da movimentação em Barcarena e Santarém, no Pará, e em Itaqui e São Luís do Maranhão.

Os números mostram que, apesar de uma estrada ainda ruim - a BR 163 -, a soja começou a "subir" o território brasileiro com mais força. No porto de Vila do Conde, em Barcarena, as exportações de janeiro a março totalizaram 1,26 milhão de toneladas. No mesmo período do ano passado, foram 995,5 mil toneladas. Já operam no porto Bunge, Amaggi , Hidrovias do Brasil, ADM e Glencore, cada uma com terminal com capacidade para 5 milhões de toneladas de grãos por ano.

Em Santarém, onde a Cargill e a Louis Dreyfus atuam, os embarques de soja somaram 994,5 mil toneladas nos três primeiros meses deste ano, ante 782,7 mil em 2017. Já em Itaqui o embarque cresceu de 867,2 mil para 921,4 mil toneladas. O porto público escoa grãos pela VLI e pelo Tegram, consórcio formado pelas tradings Amaggi, Louis Dreyfus Company, Zeh-noh, CGG, Glencore e NovaAgri.

Em contrapartida, os portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR), que historicamente lideram os embarques de grãos no Brasil, registraram quedas. Em Santos, o volume saiu de 6,88 milhões para 6,84 milhões de toneladas, enquanto em Paranaguá passou de 3,3 milhões para 2,81 milhões de toneladas. Segundo Lucas Brito, assistente-executivo da Anec, o escoamento maior pelo Norte está associado às condições ligeiramente melhores neste ano da BR-163, que liga o Mato Grosso e o Pará.

"Os períodos de atoleiro foram menores que no ano passado", disse ele sobre uma rota vista como inevitável dada a distância menor. "Barcarena é mais viável do ponto de vista logístico, então há uma tendência de crescimento dos embarques por lá se as condições de tráfego permitirem". Segundo Brito, Paranaguá encara uma tendência de estabilização - de adequação da logística, já que não receberá mais parte dos grãos da região central do país. Cada vez mais, afirmou, se tornará um porto de vocação forte para o farelo de soja e de soja produzida no Paraná e em Mato Grosso do Sul.

Fonte: Valor

Governo indica recondução de Tokarski à diretoria da Antaq.


O governo optou pela recondução de Adalberto Tokarski à diretoria da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O nome escolhido pelo Planalto foi publicado nesta quarta-feira (18) no Diário Oficial, junto com indicações para outras agências reguladoras. O próximo passo para Tokarski confirmar seu retorno à agência é obter aprovação em sabatina no Senado. De acordo com informações do setor, a indicação foi do senador Eduardo Braga (MDB-AM). Atualmente, a diretoria da Antaq é composta por Mario Povia, diretor-geral substituto, e Francisval Mendes. Tokarski exerceu cargo de diretor-geral da Antaq até o final de fevereiro quando terminou seu mandato, para o qual foi nomeado em julho de 2016. 

O paranaense Adalberto Tokarski, que é engenheiro civil, chegou à diretoria da Antaq em maio de 2014. Antes, exerceu o cargo de gerente de desenvolvimento e regulação da navegação interior da Antaq (2006) e ocupou o cargo de superintendente de navegação interior da agência (2011). Também presidiu o conselho de autoridade portuária dos portos paraenses de Vila do Conde, Belém, Santarém, Outeiro e Miramar, entre 2007 e 2008. 

Em 2017, durante depoimento ao Ministério Público Federal em Brasília (MPF-DF) que apura denúncias de abuso de poder de servidores da Antaq e de uma suposta formação de cartel na cabotagem, Tokarski sugeriu a existência de perseguição por parte de alguns membros do comando da agência à empresa de navegação Posidonia Shipping. O então diretor-geral, que não é alvo da denúncia, indicou que membros da gerência e da diretoria da Antaq tiveram atitudes que podem ser interpretadas como abusivas e prejudiciais à empresa de navegação.

Nota da Redação: Matéria atualizada às 10:55 para acréscimo de informações.


Por Danilo Oliveira
(Da Redação)

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Hidrovias do Brasil apresenta novos investimentos em seu portfólio de serviços durante a Intermodal 2018.



A Hidrovias do Brasil inicia o ano de 2018 com duas novidades. Visando a expansão operacional rumo ao desenvolvimento de soluções logísticas multimodais, a companhia passa a disponibilizar em seu portfólio de serviços também a operação rodoviária, que fará o transporte de grãos no Mato Grosso, tornando-se, assim, um Operador de Transporte Multimodal – OTM.

A nova operação contará, em um primeiro momento, com uma frota de veículos terceirizada que coletará os grãos em sua origem, nas regiões mato-grossenses de Sorriso, Matupá e Sinop, e transportará a carga até a estação de transbordo da empresa em Miritituba, no Pará. A cidade de Sorriso também abrigará uma nova filial para coordenar a atividade. 

Fertilizantes no Arco Norte

Outro destaque é ampliação da operação logística de fertilizantes no Arco Norte. Com um investimento de aproximadamente R$ 90 milhões, a companhia irá construir um armazém e píer em Miritituba para atuar como complemento à operação que hoje já acontece no porto público da região, e terá capacidade para movimentar um milhão de toneladas do produto anualmente.

Com inauguração prevista para 2019, a expansão visa atender a crescente demanda do mercado de fertilizantes, que ano após ano vem aumentando à medida que o corredor norte amplia sua participação nas exportações de grãos brasileiros.

Ibama multa Log-In em R$ 49,9 milhões por queda de contêineres.




O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) multou a armadora Log-In em R$ 49,95 milhões, nesta sexta-feira (13), em decorrência da queda de 46 contêineres do navio Log-In Pantanal, em agosto do ano passado. 

A multa foi aplicada à empresa após os trabalhos de retirada dos contêineres, que foram concluídos em março passado. A remoção de apenas apenas 18 das 46 caixas metálicas que caíram no mar, contribuiu para definir o valor da punição, haja visto que o Ibama se baseia na poluição ambiental causada pelo acidente para fazer o cálculo.

A maior parte dos contêineres resgatados pela armadora estavam localizados na região próxima ao local do acidente, na Barra de Santos. Mas alguns trabalhos também se concentraram na Baía de São Vicente, nas proximidades da Garganta do Diabo.


Acidente

Na madrugada de 11 de agosto, após concluir uma operação no cais santista, o Log-In Pantanal aguardava na Barra de Santos, a quatro quilômetros da costa, por uma nova janela de atracação. O navio retornaria ao complexo para outro carregamento. Mas a queda dos 46 contêineres atrasou seus planos.

Aparelhos de ar-condicionado, mochilas e pneus estavam entre as cargas armazenadas nos contêineres e apareceram flutuando na região. Alguns compartimentos se romperam e parte dos produtos se espalhou. A Log-In apontou “o forte mau tempo, com ondas de 3,5 a 4,5 metros de altura”, como a causa do acidente.

No entanto, o inquérito da Capitania dos Portos de São Paulo apontou que houve negligência por parte da tripulação. Agora, o caso será encaminhado ao Tribunal Marítimo, que deverá julgar a questão.

Fonte: A Tribuna

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Porto do Pecém apresenta recorde de movimentação em um único mês.




Março apresentou o maior montante de carga movimentadas em um único mês através do Porto do Pecém desde o inicio de seu funcionamento, acumulando o total de 1.663.435 toneladas. Quando comparado o mesmo mês de 2017, o crescimento foi de 32% nos embarques e 12% no desembarque de mercadorias. 

A movimentação acumulada no primeiro trimestre também cresceu. Ao todo, foram exportadas e importadas através do Porto do Pecém, 4.227.532 toneladas de mercadorias, enquanto em 2017, 4.176.903 toneladas foram movimentadas. De acordo com o presidente do Porto do Pecém, Danilo Serpa, a expectativa é de que o total de mercadorias movimentadas através de Pecém este ano seja cerca de 10% a mais que ano passado.

As importações apresentaram um incremento de 3% (3.240.125 t). Entre as cargas mais movimentadas estão o carvão mineral (1.521.545 t), produtos siderúrgicos (103.368 t), adubos ou fertilizantes (12.975 t), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (7.764 t). No que se refere a exportações, o total de cargas que saíram do Pecém foi de 987.407 toneladas, os destaques são: placas de aço (611.091 t), frutas (22.594 t), água de coco (8.857 t), magnésio (3.927 t), calçados (2.938 t).

Na navegação de cabotagem (movimentação de mercadorias entre portos brasileiros) também houve crescimento (13%), quando comparado aos três primeiros meses de 2017, totalizando 1.707.986 toneladas. 

Movimentação de placas de aço 

Em relação às placas de aço, produzidas pela siderúrgica instalada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) e um dos principais produtos movimentados através do Pecém, ao todo foram movimentadas 681.644 toneladas. Esses produtos são enviados para vários lugares do mundo, dentre eles estão: Turquia, Estados Unidos, México, Alemanha, Brasil, Coreia do Sul, Polônia, Reino Unido.

Movimentação de contêineres

Outro segmento em destaque é a carga conteinerizada, que apresentou o incremento de 34%, passando de 42.915 TEUs, em 2017, para 57.374 TEUs, em 2018, ou seja, 33.241 unidades foram movimentadas. “Com o advento dos novos serviços anunciados, esperamos alcançar a marca de até 300 mil TEUs movimentados até o final do ano”, declara o Presidente.

No começo deste ano foi anunciado um novo serviço, a linha AC5 da Maersk Line e Hamburg Süd, para a Ásia. O Porto do Pecém será a única parada no Brasil, funcionando como um hub de cargas para o continente asiático. As cargas deverão levar em média 29 dias entre o Brasil e Singapura. A expectativa com a nova linha é uma movimentação adicional de mais de 31 mil contêineres em negócios por ano.

Setor marítimo pode decepcionar nas negociações climáticas.


Mais de 170 países da Organização Marítima Internacional (IMO) passaram a última semana debatendo uma série de caminhos para descarbonizar o transporte marítimo internacional, que atualmente responde por estimados 2% do dióxido de carbono na atmosfera, mas que poderá gerar 20% do CO2 global até 2050. Até o momento, o que está na mesa decepciona: a proposta de cortar em apenas 50% suas emissões de CO2 (em relação aos níveis de 2008) até 2050. Motivo: um avanço tão pequeno pode colocar as metas do Acordo de Paris em risco. As negociações têm prazo para se encerrar nesta sexta, 13 de abril.

O texto atual em negociação estabelece: “Pico das emissões de GEE [gases de efeito estufa] do transporte marítimo internacional o mais cedo possível e reduzir as emissões anuais totais de GEE em pelo menos 50% até 2050 em comparação com 2008, enquanto perseguimos esforços para eliminá-los conforme exigido como trajetória contínua de redução de emissões de CO2 consistente com as metas de temperatura do Acordo de Paris.”

Por si só, esse compromisso é insuficiente para cumprir as metas do Acordo de Paris de 2015, que visa um limite ao aquecimento médio do planeta de 1,5 ° C em relação a níveis pré-industriais. Estados membros da União Européia, ilhas do Pacífico e nações caribenhas aliadas a alguns governos latino-americanos pedem que a IMO estabeleça uma estratégia de acordo com 1,5 ° C, a qual teria como meta cortes de 70% a 100% até 2050. Na terça-feira, David Paul, ministro de Meio Ambiente do país insular Ilhas Marshall, disse que seu país sairia das negociações se o acordo não fosse forte o suficiente.

Ele declarou: “Para os países em desenvolvimento que estão preocupados com o impacto que a ação climática terá sobre o transporte, digo isto: duvido que haja muitos — ou nenhum — países nesta sala que tenham um interesse econômico maior no resultado desse MEPC do que as Ilhas Marshall, considerando-se a importância do setor de navegação como uma porcentagem do nosso PIB e nossa dependência quase total da navegação para o comércio. Por isso, falo com considerável credibilidade quando digo que o argumento apresentado por alguns de que a ação climática significa um impacto negativo no transporte e no comércio é completamente e totalmente falso ”.

Para o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, “dada a crescente vulnerabilidade de todas as nações, economias e comunidades aos impactos da mudança climática, os sinais de política e mercado precisam se alinhar rapidamente para encorajar a indústria marítima a fazer a transição necessária para emissões líquidas zero de gases de efeito estufa”. O secretário-geral pediu que as nações adotem uma estratégia Inicial ambiciosa na IMO que apoie a modernização do setor de transporte marítimo de maneira consistente com as ambições do Acordo de Paris .

Dado que os navios são construídos para durar pelo menos 20 anos, os analistas de navegação que estão acompanhando as negociações no âmbito da IMO esta semana, em Londres, acreditam que isso estenderia a construção de embarcações movidas a combustíveis fósseis até 2040 — o que seria uma loucura, do ponto de vista dos investidores, que veriam seus ativos se depreciarem rapidamente, já que "uma redução de 50% nas emissões diretas de gases do efeito estufa significa que a maioria dos novos navios construídos na década de 20 terá que ter emissão zero", explica Faig Abbasov, especialista em políticas marítimas da ONG Transport & Environment, com sede em Bruxelas.

HMM vai encomendar 20 mega porta-contêineres.



A maior companhia marítima da Coréia do Sul, a Hyundai Merchant Marine (HMM), anunciou que encomendará 20 novos navios porta-contêineres, incluindo oito navios de 14 mil TEUs e 12 navios acima de 20 mil TEUs.

O anúncio acontece menos de uma semana depois que o governo sul-coreano divulgou seu Plano Quinquenal de Reconstrução do Transporte da Coreia.

A HMM disse que enviou uma solicitação de proposta (RFP) para os estaleiros navais elegíveis. Uma vez que um construtor for selecionado, a HMM decidirá entre se utiliza tecnologia de gás natural liquefeito (GNL), a fim de cumprir com os regulamentos ambientais que deverão entrar em vigor em 2020.





As embarcações de maior porte serão implantadas nas rotas Ásia- Norte da Europa, enquanto os navios de 14 mil TEUs atenderão ao comércio da costa leste dos EUA .

“Através desta nova construção naval, a HMM poderá assegurar uma maior competitividade da frota, com benefícios de economias de escala. Além disso, ajudará a companhia a formar uma base estável para obter lucros num mercado intensamente competitivo ”, disse a empresa em um comunicado à imprensa.