quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Criada a Comissão de Portos e Hidrovias da OAB/PA

A criação da mais nova comissão temática da Ordem no Pará foi aprovada por aclamação pelos conselheiros seccionais da instituição, que estiveram reunidos hoje à tarde, no plenário Aldebaro Klautau. A relatoria do processo administrativo ficou por conta do conselheiro Carlos Jeha Kayath. O presidente da comissão de trabalho será o advogado Marcelo Leonam Corrêa de Barros.

Ao expor detalhes relevantes da atividade portuária em nosso estado, o presidente do Sindicato dos Operadores Portuários do Pará (SINDOPAR), Alexandre Carvalho, afirmou que a criação da comissão é muito importante para o setor. “Nós precisamos de meios republicamos para alcançar nossos objetivos”.
De acordo com Carvalho, em 2014, foram movimentadas cerca 972 milhões de cargas no Brasil. Desse total, apenas 19 milhões de cargas foram operadas no Pará, o que representa em torno de 1,5% ou 1,6%. “Para os portos mais bem localizados do país, esse número é um verdadeiro absurdo. E a comissão vai nos ajudar a alavancar isso”, acredita Alexandre.
Nomeado como presidente da nova comissão temática, o advogado Marcelo Leonam Corrêa de Barros vislumbra que a OAB servirá de “elo de agregação na articulação entre os atores buscam melhorias nos portos e na logística deste estado. Uma das principais funções da nossa comissão será estimular a discussão de medidas necessárias para desenvolver ainda mais o setor portuário no Pará”, explicou.

Antes da aprovação da criação da comissão, autoridades portuárias do estado fizeram algumas considerações, dentre elas, Olívio Gomes, diretor administrativo financeiro da Companhia de Docas do Pará, Miguel Fortunato, da Administração das Hidrovias da Amazônia Oriental (AHIMOR). Representantes da Hydro e da OGMO também estiveram presentes. 
Fotos: Yan Fernandes

PORTO PRECISA DE NOVAS ÁREAS DE APOIO LOGÍSTICO, PREVÊ PLANO.

O porto de Santos deverá enfrentar um novo gargalo nos próximos cinco anos. Desta vez, o problema estará na baixa oferta de espaço na retroárea do complexo marítimo, o que afetará as operações de contêineres na região. A saída é a implantação de áreas de apoio logístico no entorno do maior porto da América Latina.
Esta é uma das conclusões da nova versão do Plano Mestre – ou Masterplan – do cais santista, que está sendo feita pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) em parceria com a Secretaria de Portos (SEP). Ela servirá de base para o novo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do complexo, que será elaborado neste ano pela estatal
Com o Masterplan, a ideia é estabelecer novos critérios para acompanhar o desempenho dos terminais arrendados no cais santista. A Docas poderá definir índices mínimos de produtividade que as instalações precisarão alcançar.
O estudo está em fase de conclusão. Mas já tem definidos alguns resultados, como a projeção do surgimento de um gargalo na retroárea do complexo, conforme o diretor de Planejamento Estratégico e Controle da Codesp, Luis Claudio Santana Montenegro, adiantou para A Tribuna.
Plano mestre do cais santista aponta que operações de contêineres vão demandar mais espaço na retroárea
“É um dos indicativos do plano mestre. E a expectativa é de que, a partir de 2020, para vários terminais, a restrição já não é mais a capacidade de operação de carga e descarga de navios, é a de espaço de retroárea. A gente tem retroárea, terminais retroportuários, Redex e outros portos secos e a gente já identificou que, para os terminais, isso é um gargalo”, explicou.
Segundo o diretor, o problema pode ser minimizado com a implantação de uma Área de Apoio Logístico para as atividades com contêineres. Há cerca de três anos, a SEP contratou um estudo que indicou a necessidade de implantação de uma plataforma logística, inicialmente chamada de Zona de Atividades Logísticas (ZAL).
Hoje, a pasta passou a utilizar o termo Área de Apoio Logístico. “A ZAL tem uma definição mundial, em que o terminal é aduaneiro e tem uma série de classificações. Então, o pessoal achou melhor batizar de Área de Apoio Logístico e, em alguns lugares, é só um estacionamento de caminhões, dependendo da necessidade. Em Santos, é o mais complexo possível. Exige área de armazenagem, a área que a gente chama de truck center, que é a área de estacionamento de caminhões, áreas alfandegadas integradas com o Porto. E a gente precisa desenvolver isso melhor, essas áreas de apoio”, explicou Montenegro.
Intermodalidade
Na região, não são muitas as áreas destinadas à expansão retroportuária. Mas, de acordo com o diretor de Planejamento da Codesp, existem opções e é preciso que o assunto seja debatido logo, tendo em vista as projeções de aumento de movimentação de cargas, principalmente contêineres, no cais santista,
“Áreas dentro de Santos não tem, mas o Guarujá tem um projeto muito interessante, que foi apresentado para o ministro (dos Portos, Edinho Araújo), de uma retroárea gigantesca. A prefeita (de Guarujá, Maria Antonieta de Brito) está anunciando como espaço para o desenvolvimento da retroárea. Agora essas coisas vão ficar cada vez mais importantes e eu vejo que vai ter muito debate e muito investimento nisso. É possível que tenha áreas em Cubatão e na Área Continental em Santos. A gente vai chegar a 180, 190 milhões de toneladas em 2030 e precisamos dessa preparação”, afirmou Montenegro.
O ideal é que a Área de Apoio Logístico a ser implantada no Porto esteja em um local que garanta um novo tipo de acesso ao Porto, de preferência intermodal. “Pensaríamos em uma opção que pudesse ter acesso por rio, por dutos, por trens e uma rodovia meio que exclusiva de caminhões. Essa discussão vai ficar cada vez mais importante e 2020 tá logo ali”, destacou o diretor da Codesp.
Fonte: A Tribuna

terça-feira, 18 de agosto de 2015

MINISTRO VAI AO TCU PARA ACELERAR LICITAÇÃO DE ÁREAS PORTUÁRIAS

O ministro dos Portos, Edinho Araújo, visitará esta semana ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) num esforço para conseguir a liberação do primeiro bloco de licitações de áreas portuárias. Araújo deverá se encontrar com o presidente do TCU, Aroldo Cedraz, e com ministros Raimundo Carreiro e Bruno Dantas para tratar dos estudos, em revisão na Corte. Ele já esteve com os outros seis ministros do tribunal.

O primeiro bloco prevê licitações de 29 áreas nos portos de Santos e em 5 portos do Pará. "Estou esperançoso que possamos avançar para fazer a licitação no segundo semestre de 2015", disse Araújo, durante evento na Associação Comercial de São Paulo.

Além de analisar o cumprimento de recomendações feitas aos estudos, o TCU avalia o pedido feito pelo governo, em junho, de incluir o maior valor de outorga como critério das licitações do primeiro lote, o que está atrasando o processo. Originalmente, os estudos só previam a garantia de maior movimentação de cargas ou menor preço como regra para o licitante levar o ativo no leilão.

A ideia do governo era aumentar a eficiência e reduzir custos, mas os interessados em disputar as licitações convenceram Brasília a incluir o critério de outorga, argumentando que o menor preço era uma tentativa de limitar o lucro dos operadores e que os preços portuários são reduzidos pela livre concorrência entre os terminais. Os estudos voltaram ao TCU depois de ficar um ano e meio no órgão, frustrando a expectativa do Planalto de deslanchar as primeiras licitações ainda em 2014.

Questionado se o atraso afastou interessados em investir no setor, Araújo disse não ter essa percepção e afirmou que recebe visitas de empresas estrangeiras que demonstram interesse no país. Disse que o melhor "termômetro" é a atração gerada pela confecção de estudos de viabilidade para o arrendamento de seis áreas do segundo bloco. de licitações do Programa de Investimento em Logística (PIL), divulgado em junho. "Acredito que o Brasil é maior do que as crises e que os momentos de dificuldade são também de oportunidades", afirmou o ministro.

A segunda fase do PIL prevê R$ 37,4 bilhões para os portos, sendo R$ 11,9 bilhões em 50 novos arrendamentos, R$ 14,7 bilhões em 66 autorizações de terminais de uso privado e R$ 10,8 bilhões em 24 renovações antecipadas de arrendamentos.

Fonte: Valor Econômico/Fernanda Pires | De São Paulo

BRASIL REALIZARÁ NOVA LICITAÇÃO NO PRÉ-SAL ATÉ 2017, DIZ SECRETÁRIO

O governo brasileiro já tem áreas mapeadas para realizar uma nova rodada de licitação de blocos no pré-sal até 2017, dentro do regime de partilha, disse ontem, segunda-feira (17), o secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Marco Antonio Almeida.

“Já temos vários prospectos mapeados que podem ser colocados, ou não, na medida da necessidade. Vamos ter que ver a capacidade da indústria de atender as demandas da capacidade de produção, quanto a gente quer produzir, quanto a gente quer exportar”, disse o secretário a jornalistas, durante um evento do setor de energia no Rio de Janeiro.

A única licitação de área do pré-sal feita até o momento envolveu a jazida gigante de Libra, na Bacia de Santos, em 2013. Um consórcio liderado pela Petrobras, junto com empresas estrangeiras, levou a área, uma vez que não houve outros lances.

Segundo Almeida, os próximos leilões não deverão ter uma única área sendo ofertada. A ideia seria leiloar mais de um bloco, mas com menor potencial que Libra, cujos volumes recuperáveis estimados variam entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris, sendo uma das maiores reservas do Brasil.

Mapeamento

Ele disse ainda que o governo já identificou áreas no pré-sal que teriam semelhanças geológicas com Libra, embora ainda não seja possível dimensionar os volumes das reservas, até porque poços não foram perfurados. “Eu tenho, talvez, mais uma ou duas ‘Libras’ já mapeadas”, disse, acrescentando que as áreas identificadas também estão na Bacia de Santos, mas sem dar outros detalhes.

Ele negou, durante apresentação no evento, que os problemas da Petrobras estejam por trás de uma decisão do governo de não realizar um novo leilão do pré-sal em um prazo mais curto.

A plataforma do Teste de Longa Duração (TLD) de Libra deverá entrar em operação apenas no primeiro trimestre de 2017, segundo declarações recentes de um executivo da joint venture que vai operar a embarcação.

Fonte: Gazeta do Povo (PR)

MANAUS IMPLANTA SISTEMA DIGITAL DE FISCALIZAÇÃO DE CARGAS NOS PORTOS

MANAUS - Com o objetivo de dar agilidade no recebimento, envio e fiscalização das mercadorias importadas e exportadas pelos portos, a capital do Amazonas vai implantar o Sistema de Informações Gerenciais do Trânsito Internacional de Produtos e Insumos Agropecuários (Sigvig). O Sistema reúne em um cadastro único os estabelecimentos, representantes autorizados e de requerimento de importação e exportação com seus respectivos termos. A operação será realizada nos dois portos, Chibatão e Super Terminais.

A coordenadora-geral da Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), Edilene Cambraia Soares, e o chefe do Serviço de Vigilância e Controle Aduaneiro do Porto de Santos (Sevig), Daniel Rocha, do Ministério da Agricultura, apresentaram na Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) o sistema digital que já funciona no porto de Santos.

O vice-presidente da Fieam, Nelson Azevedo, aprovou o Sigvig. “Quanto mais rápida for a liberação da carga, menos onerosidade e burocracia, maior o impacto na competitividade, menos corrupção e menos custo às empresas”, afirmou Azevedo. 

Fonte: Portal Amazônia

MANAUS IMPLANTA SISTEMA DIGITAL DE FISCALIZAÇÃO DE CARGAS NOS PORTOS

MANAUS - Com o objetivo de dar agilidade no recebimento, envio e fiscalização das mercadorias importadas e exportadas pelos portos, a capital do Amazonas vai implantar o Sistema de Informações Gerenciais do Trânsito Internacional de Produtos e Insumos Agropecuários (Sigvig). O Sistema reúne em um cadastro único os estabelecimentos, representantes autorizados e de requerimento de importação e exportação com seus respectivos termos. A operação será realizada nos dois portos, Chibatão e Super Terminais.

A coordenadora-geral da Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), Edilene Cambraia Soares, e o chefe do Serviço de Vigilância e Controle Aduaneiro do Porto de Santos (Sevig), Daniel Rocha, do Ministério da Agricultura, apresentaram na Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) o sistema digital que já funciona no porto de Santos.

O vice-presidente da Fieam, Nelson Azevedo, aprovou o Sigvig. “Quanto mais rápida for a liberação da carga, menos onerosidade e burocracia, maior o impacto na competitividade, menos corrupção e menos custo às empresas”, afirmou Azevedo. 

Fonte: Portal Amazônia

BARCOS DA BRASIL SUPPLY SÃO LANÇADOS

Com o lançamento da BS Jericoacoara e a entrada em operação da BS Iporanga, oitava e nona embarcações de um total de 17 que estão sendo concluídas para entrar nas operações de apoio marítimo à indústria de petróleo e gás, a Brasil Supply mantém seus investimentos, em meio ao cenário de dificuldades do setor.

A BS Jericoacoara, segundo barco do tipo PSV (Platform Supply Vessel) da Brasil Supply, será lançada no dia 18 de agosto, às 15 horas, no Estaleiro EISA, localizado na Ilha do Governador, Rio de Janeiro. Essa embarcação foi concebida com 4.500 deadweight tonnage (DWT), o que significa que poderá transportar até 4,5 mil toneladas de cargas, combustível, água potável, provisionamentos e tripulação. Sua principal utilização será no transporte de fluidos de completação e perfuração para poços de petróleo, atividades nas quais a companhia já possui expertise.

A outra embarcação com as mesmas características é a BS Itamaracá, lançada em 2014 no mesmo estaleiro EISA, que entrará em operação no final deste ano. A BS Jericoacoara deverá entrar em operação a partir de meados de 2016. Ambas terão como base Macaé e atuarão na Bacia de Santos. Esses barcos são importantes para a distribuição de fluidos e granéis líquidos, contribuindo para o desenvolvimento da exploração e produção petrolífera na Bacia de Santos. Com tripulação de 16 marítimos, têm capacidade extra para seis passageiros cada.

O presidente da Brasil Supply, José Ricardo Roriz Coelho, salienta que o diferencial desses dois barcos, considerados o estado da arte no que se refere à tecnologia e sistemas de navegação e comunicação, é sua capacidade de transportar grandes volumes de carga líquida, com quatro tipos de segregação: lama sintética; lama à base de óleo; lama à base de água; e salmoura.

Fonte: Monitor Mercantil

BUROCRACIA "EMPERRA" A ESTAÇÃO DE TRANSBORDO DA AMAGGI NO MADEIRA

Considerada inovadora no tráfego de commodities agrícolas no país, a estação de transbordo flutuante construída pela Amaggi no rio Madeira, no Amazonas, está parada por falta de um entendimento no governo federal sobre como licenciá-la. O empreendimento, idealizado para elevar a capacidade de escoamento de grãos do Centro-Oeste, deveria ter entrado em operação em maio deste ano.

Segundo Jorge Zanatta, diretor da Amaggi Navegação, a estação aguarda o aval de operação da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), responsável pela regulamentação do uso do espelho d'água - o uso das águas superficiais brasileiras. Sem isso, a companhia também não pode ter liberado o alfandegamento por parte da Receita Federal. "Estávamos otimistas com a celeridade da obra, mas o otimismo foi tomado pela burocracia", disse o executivo.

Conforme Zanatta, a entrada com a documentação no órgão ocorreu em março de 2014. Desde então, já foram feitos 12 protocolos com informações adicionais. "Por ser um empreendimento novo, ainda há dúvidas entre os técnicos sobre como atuar", afirmou. Procurada, a SPU disse não ter porta-voz disponível na semana passada.

O que estaria causando a demora seria a forma adequada de regulamentar um porto que, ao contrário dos terminais tradicionais, não está fincado em terra. Por ser flutuante, a nova estação de transbordo da Amaggi está fundeada em pleno rio. De um lado atracam as barcaças, e do outro os navios exportadores. Um guindaste acoplado à estação irá fazer a transferência direta dos grãos, sem a necessidade de armazenamento da carga.

O atraso já provocou prejuízos. "Deixamos de embarcar três navios, cada um carregado com 55 mil toneladas de soja", disse Zanatta. A companhia afirma também estar perdendo a janela de nível mais baixo do Madeira - iniciada este mês - para realizar ajustes operacionais e treinamentos, preparando-se para a próxima safra.

O terminal flutuante está em Itacoatiara (AM), onde a Amaggi já está posicionada com outro terminal portuário. O empreendimento faz parte de um pacote de R$ 1 bilhão em aportes em logística, aquisição de terras, estrutura para originação e beneficiamento de grãos - boa parte destinado ao corredor Madeira.

A construção do terminal flutuante foi a opção da Amaggi para ganhar capacidade de escoamento de forma rápida e sem gastar grandes somas. Um terminal convencional, construído à margem do rio ao custo de R$ 150 milhões a R$ 200 milhões, levaria no mínimo quatro anos para entrar em operação, entre construção e liberação de licenças estaduais e federais. Já o flutuante custa R$ 50 milhões e fica pronto em 18 meses. "Seria mais rápido justamente porque não envolver questões como desmatamento, titularidade da terra e outros processos", lamentou Zanatta.

Fonte: Valor Econômico/Bettina Barros | De São Paulo

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

PREÇO DO PETRÓLEO É O MENOR EM SEIS ANOS POR EXCESSO DE PRODUÇÃO

O preço do petróleo caiu para o menor valor em seis anos, depois que um aumento da produção e sinais de que a economia chinesa está esfriando fez crescer a preocupação com aumento ainda maior dos excedentes. Os valores dos contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI) caíram 2,5% diante da deterioração das perspectivas de crescimento chinês e da produção em julho, a maior em três anos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). O acordo nuclear do Irã com as potências mundiais, no mês passado, alimentou especulações de que o país vai bombear mais petróleo, o que aumentará o excedente de oferta.

Os preços do petróleo entraram em tendência declinante, em julho, e os maiores produtores estão se preparando para uma recessão prolongada. A oferta de petróleo nos EUA ficou quase 100 milhões de barris acima da média sazonal de cinco anos, pois a produção tem demorado a cair, mesmo com a queda superior a 50% nos preços.

"É muito difícil manter otimismo quanto ao petróleo", disse Stephen Schork, presidente da Schork Group Inc, em Villanova, Pensilvânia, por telefone. "Depois que os preços romperem o piso visto durante seis anos, os traders vão começar a brigar por US$ 39".

O petróleo tipo WTI para entrega em setembro caiu 2,5%, fechando a US$ 42,98 o barril Nova York. Durante o dia, o WTI chegou a US$ 41,91, menor valor desde março de 2009. Os preços acumulam queda de 21% neste ano. Os contratos envolvendo o petróleo tipo Brent para liquidação em setembro, que expiram hoje, caíram 0,9%, terminando a US$ 49,63 o barril em Londres. O petróleo de referência europeu fechou a um prêmio de US$ 6,99 em relação ao WTI, o maior desde 15 de maio.

A desvalorização do yuan nesta semana puxou os preços do petróleo e de metais para baixo, em meio a especulações de que uma moeda chinesa mais fraca prejudicará a demanda, por tornar as importações para a China mais caras, em dólares. O Bloomberg Commodity Index, que engloba 22 matérias-primas, caiu 0,4%.

O Goldman Sachs estima que o excedente de oferta mundial de petróleo bruto é de 2 milhões de barris por dia (b/d) e que no outono (no Hemisfério Norte) as unidades de armazenamento poderão estar repletas, forçando o mercado a se ajustar, disseram analistas em um relatório datado de 6 de agosto.

"O mercado petrolífero permanecerá sob muita pressão durante os próximos dois ou três meses", disse por telefone Bill O'Grady, estrategista-chefe de mercado na Confluence Investment Management, em St Louis, que administra US$ 3,4 bilhões. "Não vejo como isso possa ter fim antes que a demanda sazonal cresça".

Cerca de 170 milhões de barris de petróleo e combustível foram adicionados aos tanques de armazenamento e 50 milhões foram estocados em armazenamento flutuante em todo o mundo desde janeiro, de acordo com o relatório do Goldman.

O excedente mundial de petróleo perdurará até 2016, disse a Agência Internacional de Energia (AIE) em um relatório na quarta-feira. Os estoques recordes vão crescer, mesmo com o consumo duas vezes maior em 2015 e uma contração da oferta de fora da Opep no próximo ano, pela primeira vez desde 2008, prevê a AIE. Os estoques não diminuirão antes do quarto trimestre do ano que vem, ou ainda mais tarde, se forem suspensas as sanções à comercialização do petróleo iraniano, disse.

A inesperada paralisação da operação de unidades de refinarias em Nova Jersey e Indiana criou a perspectiva de menor oferta de combustíveis em Nova York e Chicago e menor demanda por petróleo nas próximas semanas. O volume de insumos para a produção de destilados de petróleo permaneceu em um recorde de 17,3 milhões de barris por dia nas duas semanas findas em 7 de agosto, de acordo com a Administração de Informação de Energia. As refinarias reduziram suas taxas operacionais no mês de setembro em nove dos últimos 10 anos.

"As recentes perturbações nas operações de refinarias reduzem um pouco do consumo de petróleo e também evidenciam a próxima queda sazonal", disse Tim Evans, analista de energia na Citi Futures Perspective, em Nova York. "O processamento de mais de 17 milhões de b/d vai cair para entre 15,6 e 15,8 milhões de b/d até o fim de outubro devido a paradas programadas para manutenção. A ampliação do prêmio do WTI em relação ao Brent faz sentido."

Fonte: Valor Econômico/Mark Shenk | Bloomberg, de Nova York

MINISTRO DIZ QUE PORTOS PODEM DAR RESPOSTA QUE O BRASIL PRECISA

Em palestra na Associação Comercial de São Paulo, na manhã desta última sexta-feira (14), o ministro de Portos, Edinho Araújo, disse que o setor portuário pode dar as respostas que a economia brasileira precisa para voltar a crescer, gerando novos empregos e renda.

O ministro atendeu a convite do presidente da entidade, Alencar Burti, e de sua diretoria, e falou a uma platéia formada por empresários.

“A demanda no setor portuário está aquecida e uma prova disso é o grande interesse das empresas em realizar estudos que viabilizarão licitações de novas áreas portuárias. Lançamos PMIs (Procedimento de Manifestação de Interesse) para seis áreas e recebemos 35 propostas”, afirmou o ministro.

Edinho Araújo fez um balanço do cenário atual e das perspectivas do setor portuário, lembrando que após a lei dos portos, de 2013, já foram concretizados investimentos privados de R$ 11,6 bilhões, em terminais privados, novos arrendamentos e prorrogações antecipadas de contratos.

O ministro também destacou as oportunidades contidas no PIL (Programa de Investimentos em Logística), que deverá atrair investimentos privados para o setor portuário da ordem de R$ 37,4 bilhões nos próximos anos.

Os investimentos públicos na dragagem dos canais de acesso, para manter profundidade e calado nos portos públicos, foram destacados pelo ministro. “Este ano a Secretaria de Portos realizou investimentos de R$ 1,5 bilhão na dragagem dos principais portos brasileiros. E estamos dando a esse trabalho um caráter permanente para garantir as operações”.

RECORDES
Os recordes de movimentação de cargas registrados no Porto de Santos foram comemorados pelo ministro: “no primeiro semestre do ano foram movimentadas 55,2 milhões de toneladas de cargas diversas, com destaque para os contêineres, que movimentaram quase 20 milhões de toneladas de cargas”.

O ministro reconheceu que ainda existem gargalos rodoviários, ferroviários e aquaviários, mas disse acreditar que os investimentos previstos no PIL se efetivarão, melhorando esses acessos.

“A expansão da atividade portuária é essencial para a retomada do crescimento econômico, neste cenário de ajustes’, disse. E encerrou demonstrando otimismo: “acredito que o Brasil é maior do que as crises e que os momentos de dificuldades são também de oportunidades”.

Fonte: Ascom/Secretaria de Portos - SEP/PR

NOVO CONTEINEIRO DA MSC ATRACA NO PORTO DE SANTOS.

O navio conteineiro MSC Naomi fez na tarde do último sábado, sua primeira escala no Porto de Santos. Esta também foi sua estreia na costa brasileira. Ele atracou por volta das 13 horas na Brasil Terminal Portuário (BTP), na região da Alemoa, Margem Direita do complexo marítimo, onde carregará 3,8 mil contêineres.

No local, antes do início das operações, houve uma recepção com homenagem a autoridades da região.

O nome do cargueiro é uma homenagem ao diretor-presidente da MSC no Brasil, o santista Elber Alves Justo. Naomi é o nome da filha do executivo. Ele será um dos homenageados no evento.

A embarcação foi construída pelo estaleiro chinês New Times Shipbuilding (NTS) e lançada no início do mês passado. Tem 300 metros de comprimento e 48 de largura, o equivalente a três campos de futebol combinados.

A capacidade de transporte do navio é de 8.800 TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés). Quando totalmente carregado, o calado da embarcação (distância vertical da parte que permanece submersa) é de 13,5 metros. Como o limite máximo do calado em Santos é de 13, 2 metros, ele não poderá utilizar toda sua capacidade de transporte em suas escalas na região.

O MSC Naomi iniciou suas operações logo após o batismo, em julho, na China. 

A BTP será a única instalação do complexo santista a receber o novo navio da MSC – que, junto com a armadora Maersk Line, controlam o terminal. Após o carregamento, a embarcação seguirá para o Porto de Paranaguá (PR).

O MSC Naomi opera na linha Extremo Oriente, ligando essa região com a costa leste da América do Sul (onde está o Porto de Santos). Outras 12 embarcações fazem o mesmo serviço, escalando em Busan (Coreia do Sul), Xangai, Ningbo, Chiwan, Yantian, Hong Kong (esses cinco, na China), Cingapura (Cingapura), Santos, Paranaguá, Buenos Aires (Argentina), Montevidéu (Uruguai) e Rio Grande (RS). 
O cargueiro atracou no início da tarde deste sábado (15), no Brasil Terminal Portuário (BTP)

Meio ambiente

No ano passado, a MSC investiu cerca de US$ 250 milhões em um programa de  readequação de navios. O objetivo foi modernizar embarcações mais antigas, de modo a atingir uma economia de até 80 mil toneladas no consumo de combustível e, consequentemente, deixar de emitir 15 mil toneladas de CO2 por ano em cada um desses cargueiros.

De acordo com a armadora, o grande desafio é construir uma nova proa arredondada, utilizada em navios

mais modernos, o que reduzo consumo de combustível e a emissão de CO2. Os projetos têm como premissa a proteção ao meio ambiente.

As embarcações novas são equipadas com motores modernos de baixo consumo de diesel e essa proa bulbosa. O casco é pintado com uma solução anti-incrustação, que reduz a  resistência durante viagens em alto mar. Esta é uma outra medida que diminui o consumo de combustível a longo prazo.

Fonte: A Tribuna online