sexta-feira, 31 de maio de 2013

Capacitação chega às mais diversas áreas profissionais.

Empresários da indústria e equipes de produção não têm mais desculpas para adiar cursos de capacitação e qualificação profissional. Há opções em áreas de crescimento no mercado, como petróleo e gás, e modalidades de ensino on-line que usam vídeos de 60 segundos sobre temas como gestão e empreendedorismo. As alternativas no setor técnico custam a partir de R$ 320 mensais. As indústrias também investem em programas internos para os funcionários, com o objetivo de minimizar o retrabalho e o desperdício nas linhas de produção. A paranaense Pormade, que entrega 500 mil portas ao ano, vai investir R$ 300 mil em cursos para as equipes - R$ 60 mil a mais que no ano passado.Na Petrocenter, escola criada em 2008, a proposta é oferecer formação profissional para a indústria nas áreas técnica e operacional. Com cinco unidades no Rio de Janeiro e em São Paulo, tem cursos de 900 horas a 1,2 mil horas, em setores como petróleo e gás, segurança do trabalho, meio ambiente e logística. As mensalidades variam de R$ 320 a R$ 480, com novas turmas a partir de agosto, afirma o diretor Samuel Pinheiro. A escola forma 120 alunos por semestre. No site MBA 60, a ideia é oferecer vídeos de 60 segundos sobre temas como gestão, desenvolvimento pessoal, marketing e empreendedorismo. Há um acervo aberto de 600 mensagens para os internautas, segundo o gerente de marketing Leandro Ziotto. Mas as indústrias também podem encomendar filmetes exclusivos para o treinamento dos quadros. "Recentemente atendemos uma indústria que precisava treinar técnicos instaladores em todo o Brasil", diz. O projeto incluiu 25 vídeos. Em 2013, a MBA60 vai criar cursos nas áreas de alimentação e tecnologia. Em Fortaleza, a Inni Soluções Empresariais oferece, a partir de 15 de junho, um curso de desenvolvimento de habilidades gerenciais. Tem seis horas/aula e custa R$ 510. Segundo a diretora Ana Célia Rolim, o programa é voltado para alunos que assumiram ou pretendem ganhar cargos de liderança. A Inni oferece 14 cursos na área da indústria e já treinou 118 alunos no setor, desde 2010. Há estudantes da construção civil, da cadeia da cera de carnaúba, química e alimentos. "A demanda vem de fábricas que precisam diminuir custos e aumentar lucros".Nos postos de decisão, os empresários preferem estudar gestão e empreendedorismo. Stefan Stegmann, diretor-presidente da Ellan, que fabrica mobiliário para ambientes de data centers e telecomunicações, resolveu se aperfeiçoar em governança corporativa no B.I. International, de educação executiva, em São Paulo. "Temos de preparar a empresa para um novo ciclo de crescimento, visando investimentos estrangeiros", diz. Com 100 funcionários e sede em Boituva (SP), a Ellan faturou R$ 25 milhões em 2012 e espera crescer R$ 1 milhão em 2013. "Há contratos relacionados à Copa do Mundo, de segurança e infraestrutura", afirma Stegmann, que já frequentou cursos na área de gestão, como um MBA executivo na Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA/USP). "Passei a aplicar na empresa o que aprendi nas aulas". Um dos próximos projetos é aplicar para o curso Owners and Presidents Management (OPM), em Harvard.Segundo Alexander Damasceno, diretor da B.I. International, criada em 2008, uma das ofertas da grade para o setor industrial é o MBA Trade Marketing, com 432 horas/aula ou duração de 18 meses. "O estudante está em busca de especialização e quer desenvolver competências de mercado, para o dia a dia de trabalho". A maior parte dos alunos que vêm da indústria pertence ao nicho de bens de consumo.Cláudio Antonio Zina, diretor-presidente da Pormade, de União da Vitória (PR), preferiu investir R$ 240 mil em cursos internos para os funcionários, no ano passado. "As aulas são baseadas em problemas reais da empresa". A programação inclui cursos de capacitação técnica, liderança, processos de produção e gestão da qualidade. "Garantimos formação continuada de janeiro a dezembro, dia e noite". Em 2013, o investimento em capacitação para as equipes deve chegar a R$ 300 mil. A empresa tem 500 funcionários e faturou R$ 60 milhões em 2012, ante R$ 53 milhões em 2011. Segundo Zina, os cursos são ministrados por funcionários, professores e palestrantes contratados. "Conseguimos melhorar competências", diz.

Fonte: Valor

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