segunda-feira, 11 de abril de 2016

EXPORTAÇÕES DESAFIAM A CRISE ECONÔMICA.

No primeiro trimestre de 2016, o Brasil dobrou o embarque de soja e milho em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 22,67 milhões de toneladas neste ano contra 11,52 milhões de toneladas em 2015. A soja saltou de 6,54 milhões para 10,81 milhões. Com um desempenho inédito e histórico, o milho saiu de 4,97 milhões de toneladas para 11,86 milhões de toneladas. Esse é o Brasil tipo exportação, de uma balança comercial puxada por grãos e também por carnes.
Entres os dez produtos mais embarcados pelo país no trimestre, de todos os setores, liderança absoluta do agronegócio. Destaque para soja e milho, na ponta de cima da pauta, que tem ainda carne de frango e de boi, café e açúcar.
Do lado da proteína animal, o grande exemplo vem do frango. No mês passado as exportações brasileiras de carne de frango in natura totalizaram 368,6 mil toneladas, incremento de 28% sobre fevereiro e 16,3% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Monetariamente, os embarques do setor de certa forma ignoram a crise política econômica para desafiar os números. Foram US$ 20 bilhões no trimestre, 8,7% acima do mesmo período de 2015. De outro lado, os demais produtos da pauta de exportações brasileiras levaram um tombo de 15,6%, o que fez aumentar a participação do agronegócio nas vendas internacionais do Brasil de 43,1% para 49,4% no período. Isso porque os preços internacionais não estão lá essas coisas.
Porém, não tanto quanto no final do ano passado, o câmbio ajudou no resultado do trimestre. A conclusão maior, no entanto, é que mesmo num cenário adverso o campo brasileiro está mais competitivo. Estamos vendendo mais barato, mas ainda assim vendendo bem. E o que é mais importante, para um número maior de países. Embora a maior concentração ainda seja na Ásia. Entre os maiores compradores está a China, com 22% e a União Europeia, com 20% de participação nas compras do agronegócio do Brasil.
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), no período analisado as cooperativas do Paraná foram responsáveis por 33% das exportações do sistema no Brasil. Do total de US$ 1,36 bilhão embarcados, as cooperativas paranaenses fizeram US$ 447,3 milhões. No primeiro trimestre do ano passado a participação era de 31,7%.
O Porto de Paranaguá
No Paraná, quem deu sustentação às exportações recordes do país e das cooperativas foi o Porto de Paranaguá. O corredor de exportação de escoamento de granéis terminou o trimestre com movimentação de 4,66 milhões de toneladas de grãos. A alta foi de 19% em relação ao período de janeiro a março 2014 quando foi registrado o último recorde. Na semana passada o porto ainda superou outra marca, a de movimentação diária, com 115,4 mil de toneladas na terça-feira. Até então, o maior volume foi embarcado foi em agosto de 2014, quando 112,9 mil toneladas foram embarcadas em um único dia.
Paranaguá também é o principal porto utilizado elas cooperativas brasileiras. De acordo com dados da Secex, o terminal embarcou US$ 672 milhões, o equivalente a 46% do total do sistema.
Fonte: Gazeta do Povo (PR)/Giovani Ferreira

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