quinta-feira, 22 de setembro de 2016

China tende a importar menos soja até outubro.



As importações chinesas de soja tendem a perder força e alcançar entre 5,8 milhões e 6 milhões de toneladas por mês em setembro e em outubro, os primeiros dois meses do ano-safra internacional 2016/17, projeta estudo divulgado ontem pelo Rabobank. Em toda a temporada, que terminará em agosto do ano que vem, o banco de origem holandesa prevê que as compras do país asiático no exterior devem somar 85 milhões de toneladas, 3% a mais que o volume estimado para o ciclo 2015/16 (82,5 milhões). A China lidera as importações globais de soja em grão, e tem no Brasil, que encabeça as exportações, um de seus principais fornecedores

Essa esperada perda de ritmo neste mês e no próximo é sazonal. É um período de demanda doméstica normalmente mais baixa, usado pelas empresas processadoras que atuam no país para reduzir seus estoques. Atualmente, as reservas estatais superam 5 milhões de toneladas da matéria-prima, de acordo com o Rabobank. Ao longo da temporada 2016/17, o banco projeta que o esmagamento da oleaginosa na China atingirá 83,5 milhões de toneladas, 5,3% mais que em 2015/16. Na mesma comparação, a instituição estima que o consumo total de soja em grão do país aumentará 5,5%, para 99,7 milhões de toneladas.

Se o Rabobank estiver correto, as importações representarão 85,3% do consumo total em 2016/17, ante 87,3% em 2015/16. Elevados, esses percentuais poderão cair nos próximos ciclos caso os objetivos traçados por Pequim para os próximos anos de fato se concretizem. O estudo do Rabobank destaca que, no fim de agosto, o governo chinês divulgou projeções de médio prazo que indicaram que a produção chinesa de soja atingirá 18,9 milhões de toneladas em 2020. Em 2016/17, a colheita no país, conforme o Rabobank, será de 10,5 milhões de toneladas, 12,5% menor que a da safra 2015/16.

Fonte: Valor

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