terça-feira, 28 de março de 2017

Ferrovia Paraense é tema de reunião de trabalho.

Um empreendimento que vai ligar o Pará de Norte a Sul e deve gerar pelo menos 38 mil empregos diretos e indiretos. Essa é a Ferrovia Paraense, projeto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Pará (Sedeme), que conta com a parceria do Sistema FIEPA. A ferrovia foi tema de uma reunião de trabalho, realizada dia 27 de março, na sede da FIEPA, com a participação de 26 empresas que possuem projetos no trajeto, além de 12 prefeituras de municípios que também serão beneficiados.



Orçado em R$ 14 bilhões e com extensão de 1.312 quilômetros, o empreendimento vai de Barcarena, onde fica o Porto de Vila do Conde, a Santana do Araguaia, ligando assim o Pará de Norte a Sul. Ele será muito importante para o agronegócio, com o transporte de soja, e também para a mineração, pois deverá propiciar a redução dos custos de logística de duas atividades produtivas fundamentais para as exportações paraenses e para o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. “Grande parte dos minérios está de fato no Sul e Sudeste do Estado, então você tem que integrar o Estado de Norte a Sul para o escoamento dessa produção. O Estado tem um potencial enorme, mas não há uma via de integração. Em outros países, como os europeus, a malha viária propicia o desenvolvimento e no Brasil praticamente não há ferrovias”, destacou Maurício Girardello Filho, da consultoria Pavan Infraestrutura.


O Vice-Presidente da FIEPA e Presidente do Centro das Indústrias do Pará (CIP), José Maria Mendonça, também destacou a importância do projeto para o Pará e para a região Norte. “Sempre pensamos na Amazônia com o transporte multimodal. Nós precisamos das nossas rodovias, precisamos das nossas hidrovias, mas também precisamos de ferrovias. Esta começou como um sonho, nós participamos junto com a Sedeme do Pará 2030 e achamos que essa ferrovia, feita nesses moldes, deverá mudar o contexto do nosso estado”, frisou.


O titular da Sedeme, Adnan Demachki informou que ainda este ano deverão ser aprovados os Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) da ferrovia. Além disso, a partir de maio a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS) deverá realizar as audiências públicas em municípios por onde passa a ferrovia, pois o licenciamento ambiental solicita a permissão desses municípios. “A gente quer convidar a todos a sonhar conosco para que a gente possa tornar esse projeto realidade. A Ferrovia Paraense é muito importante para o Pará, porque ela integra o Estado, une o Norte ao Sul, para a escoação do produto paraense pelo próprio Pará”, finalizou.


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