terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Antaq realizará fiscalização nos portos do Pará.




A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) realizará uma fiscalização nos próximos seis meses nos portos do Pará. De acordo com a agência fiscalizadora, os portos precisarão se adequar as exigências da entidade.

Segundo o Diretor-Geral da Antaq, Adalberto Tokarski, o órgão realizará uma campanha educativa para incentivar a regularização dos portos paraenses.
"Nós vamos fazer uma campanha educativa. Agora nós temos 180 dias para buscar essa regularização, e ainda uma regularização um pouco mais leve. Ou a Antaq, se colocar a mão pesada, todos os terminais seriam interditados praticamente", afirmou Tokarski.

No porto de Tucuruí, no sudeste do Pará, os passageiros precisam descer uma escada muito íngreme e andar sobre uma tábua para conseguir embarcar e desembarcar das embarcações. Idosos, crianças e mães com recém-nascidos fazem parte do grupo que mais sofre para ter acesso os barcos.

"Eu já sofri acidente. Semana retrasada eu fui eu caí da escada, porque não tem um porto adequado, uma estrutura adequada" relatou Carla Daibes, zootecnista.
Em dois portos de Belém a situação não é diferente. No Porto Santa Efigênia, que fica no bairro da Cidade Velha, e recebe passageiros de Cametá e do estado do Amapá, logo na entrada, as pessoas que chegam precisam enfrentar lama e muitos buracos. Para chegar à embarcação, tem que se equilibrar entre tábuas soltas de um trapiche quebrado.

Bem próximo fica o Porto Brilhante. No portão tem uma placa dizendo que o estabelecimento “está interditado pela administração para embarque e desembarque de passageiros e cargas”. Porém passageiros continuam embarcando e desembarcando do porto interditado, vindo de Cachoeira do Arari, na Ilha do Marajó.

"A gente pede que as autoridades tomem providência para que não deixe acontecer como acontecera com a lancha que naufragou. E certamente que aqui também há esse perigo. Então é preciso de melhorias e providências por parte das autoridades" cobrou o autônomo Gleidson Portal.

Foi do Porto Brilhante que no último dia 7 de dezembro saiu a lancha com destino à Ponta de Pedras, na Ilha do Marajó. A embarcação, que não tinha autorização para transportar passageiros, naufragou. Segundo o Corpo de Bombeiros, 44 pessoas foram resgatadas com vida, 4 morreram e 5 continuam desaparecidas. A lancha também não foi localizada. Depois de 10 dias de buscas aos corpos e a lancha, o trabalho encerrou.

Fonte:G1 PA

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