terça-feira, 19 de janeiro de 2016

AMAZON EXPANDE ATUAÇÃO LOGÍSTICA PARA O FRETE MARÍTIMO.

O braço chinês da Amazon conseguiu o registro de promotor de frete marítimo, demonstram documentos da Comissão Marítima Federal dos EUA. Dessa forma, a gigante do varejo terá mais controle no envio de produtos das fábricas chinesas para o mercado consumidor americano. A medida é mais um indicador dos planos da companhia de expandir sua logística para para reduzir custos do negócio de varejo e, potencialmente, fornecer serviços para outras indústrias.
Com o novo status de promotor de frete marítimo, a Amazon coloca os pés num mercado que movimenta US$ 350 bilhões por ano. A licença não permite à companhia operar os navios, mas subcontratá-los. A empresa também negocia um acordo para a aquisição de 20 aviões para iniciar um serviço de entregas aéreas nos EUA, além de ter comprado caminhões para aumentar a capacidade de entregas.
— Com mais e mais controle sobre a cadeia de fornecedores do seu negócio, ela tem a possibilidade de reduzir os custos ainda mais — disse Satish Jindel, consultor de logística e presidente da SJ Consulting Group, em entrevista à Reuters.
De acordo com o especialista, a medida dá à Amazon ainda mais vantagem em relação aos varejistas tradicionais nos EUA na negociação por menores preços de produtos.
Na quinta-feira, a Comissão Marítima Federal dos EUA, agência do governo que regula o sistema oceânico de transporte internacional do país, informou que a empresa Beijing Century Joyo Courier Service, sob o nome comercial de Amazon China, Amazon.CN e Amazon Global Logistics China, foi registrada em seu banco de dados para fornecer serviços de frete.
“Os serviços de transporte oceânico da Amazon serão mais atrativos para vendedores chineses que para compradores americanos. Fornecedores chineses vão adorar ter acesso direto à vasta base de consumidores americanos da Amazon”, avaliou Ryan Petersen, diretor executivo da Flexport, no blog da companhia.
Segundo o executivo, é provável que vendedores que usam a plataforma de vendas on-line da Amazon não usem o serviço de frete, porque dessa forma mostrariam seus dados de precificação para a companhia. A Amazon não comentou o assunto.
Fonte: O Globo

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